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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

7.29.2014

A lição de Daniel


 

     Vladimir Safatle      A lição de Daniel

 

   Daniel Barenboim     não é apenas um dos músicos mais completos da atualidade;    

  pianista e maestro com interpretações maiores. Na verdade, Barenboim   é

   um homem de rara coragem e visão, capaz de atitudes políticas de forte significado.      

     Judeu argentino, o músico é atualmente    cidadão palestinoe israelense e,

   por atos políticos desta natureza, sua voz deveria ser mais ouvida no momento atual.

 

Há alguns dias, ele escreveu um impressionante artigo,    "Podemos viver juntos",

    no qual lembrava que

          nunca haverá solução militar    para   o conflito Israel-Palestina.

 

     Ações como as que vemos atualmente    não levarão   a aumento algum

      da segurança de Israel,    nem destruirão o Hamas.

        Por isto, diz Barenboim:

       "Não faz sentido que Israel se recuse a negociar com o Hamas    ou

          que se recuse   a reconhecer o governo de unidade;

      não,   Israel deve escutar     os palestinos

          que estão dispostos      a falar a uma só voz".

 

      Claro que alguns dirão: "Mas como negociar    com alguém que  

      não reconhece       seu direito de existência?".

        Se assim fosse,   não haveria razão alguma para os palestinos negociarem

          com um governo israelense    comandado pelo  Likud,

       partido do primeiro-ministro         Benjamin Netanyahu.

      Em seu programa,      o Likud     simplesmente  

       não reconhece        o direito     de existência de

         um Estado palestino       à oeste do rio Jordão.

          No entanto,    os palestinos    negociam  

         com representantes        de um partido

          que   nega          seu direito     de existência.

 

        Sim, mas como negociar com "terroristas"?

          Esta era, vejam vocês,       a mesma pergunta   feita pela

           administração colonial britânica na Palestina,

          referindo-se a grupos judaicos de luta armada atuantes nos anos 40,

          como  Irgun,   Stern e Haganá.

          Tanto foi assim que        

                os britânicos sequer votaram

                                a favor da criação do Estado de Israel.

 

       "Terrorista"       foi também a palavra usada por

          Albert Einstein   Hannah Arendt

        em carta ao "New York Times" (4/12/1948)  para

        se referir ao futuro    primeiro-ministro de Israel,  Menachen Begin,  

          líder do futuro   Likud.

          Mas, se há algo que a história das lutas de ocupação

          (Argélia, Vietnã, Irlanda etc.) .

          nos ensina, é:

        chega uma hora em que você terá que negociar com os "terroristas".

          Foi isso que a Inglaterra fez com o IRA (Exército Republicano Irlandês),

        e será isso que, um dia,             Israel terá que fazer com o Hamas.

 

        Não é o caso aqui de justificar o Hamas.

        Trata-se de um grupo que representa   o que há de pior no mundo árabe,

    com um projeto  autoritário,   destrutivo demente  de sociedade religiosa.         Mas seu destino será, provavelmente, o mesmo de grupos muçulmanos como  

       a Irmandade Muçulmanaou  o Nahda tunisiano:

       serão expulsos do poder     pelo próprio povo que eles julgam representar.

       Mas para tanto, o governo de Israel deveria começar por parar de dar

       a ocasião perfeita         para eles posarem de mártires.

 

VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna.

MG

7.23.2014

Crime de lesa Pátria

Por Economista Marcos Coimbra*

Em artigo publicado em 22.03.12 neste espaço, escrevemos um texto sobre este assunto, que se revela assustadoramente atual, feitas algumas adaptações.

Afirmamos que em reunião sobre a grave questão da demarcação de áreas indígenas, em especial sobre a denominada região Raposa/Serra do Sol, e seus desdobramentos sobre o futuro do país, enquanto Nação soberana, independente e autônoma, surgiu em paralelo uma discussão sobre quem figuraria na História do Brasil, como herói e como traidor da Pátria. Houve unanimidade quanto aos heróis. Afinal, não há como negar o exemplo de brasilidade de vultos como Tiradentes, Duque de Caixas, Barão do Rio Branco, Tamandaré, Brigadeiro Eduardo Gomes, Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Felipe Camarão, do anônimo soldado da FEB que lutou na Itália e outros.

No relativo aos traidores da Pátria houve dissenso. O ilustre brasileiro Jornalista Barbosa Lima Sobrinho já definia que no Brasil só existiam dois partidos políticos. O dos heróis, representados por Tiradentes e o dos seguidores do traidor Joaquim Silvério dos Reis. Mas, um participante argumentou, com propriedade, que Silvério teria sido um traidor sob a ótica de nós, brasileiros, mas não para os portugueses, a quem servia, sendo natural da nossa então matriz. Apenas houve consenso em Judas, como traidor universal.

Analisando a iminente perda de mais da metade do território nacional, representada, de início, pela demarcação irresponsável de vastas áreas do Brasil para indígenas (agora já criaram também os "quilombolas"), por "coincidência" justamente onde já estão mapeadas e conhecidas vastas riquezas e recursos naturais, que, no decorrer do tempo serão arrancadas do nosso país, sob qualquer pretexto, algumas reflexões se fazem necessárias.

Qual o país do mundo que, por "vontade própria", sem o disparo de um tiro sequer, abre mão de um milímetro do seu território sem resistência armada? Em que lugar se escondem as autoridades (ir)responsáveis, por omissão, covardia, cumplicidade, que não reagem contra o crime de lesa-pátria a ser perpetrado? Será que o Brasil não fabrica mais Homens como no passado, quando tivemos Plácido de Castro, Marcílio Dias e tantos outros?

A maioria de nosso povo não sabe o que está acontecendo de fato. Pensa apenas em sobreviver, com as "bolsas-esmolas" ou com os empregos de baixa remuneração existentes, ou talvez ocupados com o samba, o futebol e o carnaval. Porém, existe uma parcela do povo conhecedora do que está em jogo. E é justamente esta que decide. A disputa não é entre "arrozeiros" e índios desprotegidos da época de José de Alencar. Se o leitor quiser apurar o que está sendo escrito aqui, pode entrar nas páginas do Greenpeace, do WWF-Brasil, da FUNAI e outros menos votados. Vai encontrar uma perfeita sintonia, uma ação orquestrada entre eles, com o mesmo objetivo.

Não é por acaso que dirigentes de órgãos governamentais decidem, ignorando o Congresso, os locais a serem demarcados, tendo sido (ou virão a ser), integrantes de ONGs suspeitas. Inclusive, algumas financiadas por governos estrangeiros. O G-7 e até potências emergentes estão carentes de nióbio, petróleo, bauxita, urânio e outras riquezas encontradas em abundância exatamente nas áreas que estão sendo entregues. Por isto, eles querem estas áreas. O argumento falacioso de que a propriedade da terra (solo e subsolo) é da União, possuindo os indígenas apenas o usufruto não se sustenta, quando observamos a prática nas regiões já demarcadas.

Não existem coincidências. Há planejamento e ação decorrente. Por que autoridades brasileiras assinaram na ONU a famigerada declaração universal dos direitos indígenas, ao contrário de EUA, Austrália, Nova Zelândia etc? Por que as Forças Armadas brasileiras estão sendo deliberadamente sucateadas, retirando-lhes a capacidade de cumprir com sua destinação constitucional? Por que o cidadão brasileiro está sendo desarmado, através de campanhas financiadas do exterior, executadas por sicários estrategicamente posicionados, com ampla cobertura da mídia? Por que os órgãos de comunicação, com raras exceções, não divulgam a verdade sobre o assunto, ao invés de praticar o reducionismo de tentar iludir a opinião pública, desinformando por intermédio da falsa assertiva de que a luta é entre o fazendeiro branco mau e o índio desprotegido e nômade? Por que não esclarecem que estes índios falam inglês, usam celulares e Pcs?

Por que a pressão externa intimidatória de organismos internacionais e governos estrangeiros? Por que ignorar que a maioria dos índios que defendem a posição do G-7 é orientada por órgãos estrangeiros, sendo movimentados de lugar, por ordem externa, de acordo com a existência de riquezas nos territórios a serem ocupados? Por que ignorar os indígenas que são contra? Por que nossas autoridades não aprenderam com a dura lição da Iugoslávia, do Iraque, do Kosovo etc.? Nossos descendentes reverenciarão quais novos heróis e desprezarão que novos traidores da Pátria? Afinal, a administração petista terá a coragem de denunciar o artigo 169 da "Convenção" da OIT – Organização Internacional do Trabalho, nesta data?

*Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.

Endereço eletrônico:mcoimbra@antares.com.br


MG

7.22.2014

Remuneração dos Militares Federais

O PENSAMENTO DO CLUBE MILITAR

A REMUNERAÇÃO DOS MILITARES FEDERAIS

 A partir de 2004, os militares federais começaram a sofrer uma brutal contração relativa no poder aquisitivo dos seus salários, enquanto os demais detentores de cargos públicos federais, em virtude da política adotada, passaram a usufruir de  uma rápida expansão dos seus  poderes de compra:

       - em 2004, a remuneração média dos militares federais era 10% superior àquela da Administração Direta, categoria com a menor remuneração em todo o serviço público federal. Em 2013, a remuneração média dos militares federais passou a equivaler a 68% à da Administração Direta;

        - em 2004, a despesa com o pagamento do pessoal militar federal correspondia a 1,18% do PIB; em 2013 passou a equivaler a 0,89% do PIB; enquanto as despesas com o pagamento dos servidores civis, em relação ao PIB, se mantiveram estáveis ou ascendentes;

        - de 2004 a 2013, as despesas totais com a função Defesa Nacional permaneceram estabilizadas, em torno de 1,50% do PIB. Nesse mesmo período, os dispêndios com custeio e investimentos, em relação ao PIB, aumentaram fortemente, enquanto que os relativos ao pessoal militar decresceram .

Essa evolução perversa conduziu os militares federais a essa situação iníqua em que se encontram, sob o ponto de vista salarial, na qual 70% dos Segundos Sargentos da ativa do Exército têm uma remuneração líquida menor que R$3.300,00 ( dados de abril de 2014). Um Segundo Tenente percebe uma remuneração bruta menor que a de um Agente Penitenciário de Segunda Classe. Um General de Exército percebe menos que um Perito Criminal da Polícia Federal.

 Esses dados numéricos abstratos, divulgados por documentos oficiais inquestionáveis se objetivam, se realizam, nas frustrações e limitações da vida cotidiana da Família Militar, afetando a  dignidade e a autoestima de pessoas que constituem o bem mais precioso de qualquer organização. Pessoas submetidas a restrições na sua condição de cidadãos e que, necessariamente, têm de ser recompensadas e não aviltadas.

Durante a minha campanha à Presidência do Clube firmei o compromisso, caso eleito, de desenvolver uma ação continuada e permanente  para superar a iniquidade, sob o ponto de vista salarial, que se abate sobre os militares federais. Por isso, conclamo  os sócios do Clube e toda a Família Militar a participarem do "FÓRUM DE ESTUDOS E DEBATES SOBRE A REMUNERAÇÃO DOS MILITARES FEDERAIS" que faremos realizar proximamente.

Essa iniciativa se fundamenta na própria história do Clube Militar, nos seus estatutos e na obrigação que temos com o Exército Brasileiro .         


MG

7.21.2014


Vídeo do local do acidente na Ucrânia! 
Depoimento dos moradores e o que sobrou do avião e dos passageiros.


MG 

7.19.2014

Você sabia?

VOCÊ SABIA?
- Que no governo João Goulart algumas organizações de esquerda condenavam a luta pela reforma agrária, porque seu triunfo daria origem a um campesinato conservador e anti-socialista? Isso está escrito na página 40 do livro "Combate nas Trevas", de Jacob Gorender, que foi dirigente do PCB e um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, em 1967.
- Que no governo João Goulart já existiam campos de treinamento de guerrilha no Brasil? Em 4 de dezembro de 1962, o jornal "O Estado de São Paulo" noticiou a prisão de diversos membros das famosas Ligas Camponesas, fundadas por Francisco Julião, num campo de treinamento de guerrilhas, em Dianópolis, Goiás.
- Que afora o PCB, por seu apego ao ortodoxo "caminho pacífico" para a tomada do poder, os trotskistas foram o único segmento da esquerda brasileira que não pegou em armas nos anos 60 e 70?
- Que o primeiro grupo de 10 membros do Partido Comunista do Brasil - então partidário da chamada linha chinesa de "guerra popular prolongada" para a tomada do poder - viajou para a China ainda no governo João Goulart, em 29 de março de 1964, a fim de receber treinamento na Academia Militar de Pequim? E que até 1966 mais duas turmas foram a Pequim com o mesmo objetivo? (livro "Combate nas Trevas", de Jacob Gorender).
- Que no regresso da China, esses militantes, e outros, foram mandados, a partir de 1966, para a selva amazônica a fim de criar o embrião da "guerra popular prolongada" que resultou naquilo que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia, somente descoberto pelas Forças Armadas em abril de 1972, graças à prisão de um casal, no Ceará, que havia abandonado a área, desertando?
- Que mais da metade dos cerca de 60 jovens que morreram no Araguaia, para onde foram mandados pela direção do PC do B, eram estudantes universitários, secundaristas ou recém-formados, segundo as profissões descritas na Lei que, em 1995, constituiu a Comissão de Desaparecidos Políticos?
- Que a expressão "socialismo democrático" - hoje largamente utilizada por alguns partidos e candidatos - induz a um duplo erro: o de apontar no rumo de um hipotético socialismo que prescindirá do Estado da Ditadura do Proletariado, acontecimento nunca visto no mundo, e o de introduzir a idéia de que o Estado mais democrático que o mundo já conheceu, o Estado Proletário não é democrático? (livro "História da Ação Popular", página 63, de autoria dos atuais dirigentes do Partido Comunista do Brasil, Aldo Arantes e Haroldo Rodrigues Lima).
- Que no início de 1964, antes da Revolução de Março, Herbert José de Souza, o "Betinho" já pertencia à Coordenação Nacional da Ação Popular? (livro "No Fio da Navalha", do próprio "Betinho", páginas 41 e 42).
- Que em 31 de março de 1964, quando da Revolução, "Betinho" era o coordenador da assessoria do Ministro da Educação, Paulo de Tarso, em Brasília? (livro "No Fio da Navalha", páginas 46 e 47).
- Que pouco tempo antes da Revolução de Março de 1964, o coordenador nacional do "Grupo dos Onze", constituídos por Leonel Brizola, era "Betinho", designado pelo próprio Brizola? (livro "No Fio da Navalha", páginas 49 a 51).
- Que em março de 1964 o esquema armado de João Goulart "era uma piada"; e que "o comandante Aragão, comandante dos Fuzileiros Navais, era um alucinado e eu nunca vi figura como aquela"?(livro "No Fio da Navalha", página 51).
- Que já em 1935 Luiz Carlos Prestes, o "Cavaleiro da Esperança", era um assalariado do Komintern (3ª Internacional)? Isso está escrito e comprovado no livro "Camaradas", do jornalista William Waak, que teve acesso aos arquivos da 3ª Internacional, em Moscou, após o desmanche do comunismo.
- Que Luiz Carlos Prestes foi Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro por 37 anos, ou seja, até maio de 1980, uma vez que foi eleito em setembro de 1943, quando ainda cumpria pena por sua atuação na Intentona Comunista? (livro "Giocondo Dias, uma Vida na Clandestinidade", de Ivan Alves Filho, cujo pai, Ivan Alves, pertenceu ao partido).
- Que 4 ex-militares dirigiram o PCB desde antes de 1943 até 1992: Miranda, Prestes, Giocondo Dias e Salomão Malina? Ou seja, dirigiram - ou melhor, comandaram - o PCB por cerca de 50 anos?
- Que após o desmantelamento do socialismo real, que começou pela queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, foi considerado que "o marxismo-leninismo deixou de ser uma ferramenta de transformação da História para tornar-se uma espécie de religião secularizada, defendida em sua ortodoxia pelos sacerdotes das escolas do partido?" (livro "Nos Bastidores do Socialismo", de autoria de Frei Betto).
- Uma frase altamente edificante: "Quero deixar claro que admito a pena de morte em uma única exceção: no decorrer da guerra de guerrilhas". Seu autor? Frei Betto, em seu livro "Nos Bastidores do Socialismo", página 404.
- Que em fins de agosto de 1995 - 16 anos após a anistia - o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto, logo transformado em lei, dispondo sobre "o reconhecimento das pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agostode 1979"?
- Que esse projeto definiu que deveria ser criada uma Comissão Especial, composta por 7 membros, com a atribuição de proceder ao reconhecimento de pessoas que tenham falecido de causas não naturais "em dependências policiais ou assemelhadas"?
- Que da relação de pessoas desaparecidas que acompanhou o projeto constavam os nomes de 136 militantes da esquerda considerados desaparecidos políticos que, por opção própria, pegaram em armas para instalar em nosso país uma República Democrática Popular semelhante àquelas que o povo, nas ruas do Leste Europeu, derrubou, nos anos de 1989 e 1990?
- Que entre esses nomes, estavam os de 59 guerrilheiros desaparecidos no Araguaia, quando tentavam implantar o embrião do modelo chinês de "guerra popular prolongada"?
- Que as famílias de todos esses guerrilheiros do Araguaia já foram indenizados com quantias que variaram de 100 mil a 150 mil reais?
- Que, por conseguinte, à vista do que está escrito na lei, para que essa indenização fosse concedida, a área de selva de cerca de 7 mil quilômetros quadrados em que a guerrilha se instalou, foi considerada uma "dependência policial ou assemelhada"?
- Que duas senhoras, integrantes da Comissão que representam as famílias dos desaparecidos, Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger(ou Suzana Lisboa) foram militantes da ALN e receberam treinamento militar em Cuba?
- Que Iara Xavier Pereira participou de "diversas açõesarmadas", conforme ela própria revela, na página 297, do livro "Mulheres que Foram à Luta Armada", de autoria de Luiz Maklouf?
- Que essas senhoras ou suas famílias foram indenizadas pela morte de 4 pessoas? Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnaldo Cardoso Rocha (todos membros do Grupo Tático Armado da ALN, com treinamento militar em Cuba, mortos nas ruas de São Paulo em tiroteio com a polícia), irmãos e marido de Iara Xavier Pereira, que também recebeu treinamento militar em Cuba, e Luiz Eurico Tejera Lisboa (treinado em Cuba), marido de Suzana Lisboa, que com ele também recebeu treinamento na paradisíaca "ilha da liberdade"? Que, no total, 600.000 mil reais, foi quanto os contribuintes pagaram a essas duas senhoras?
- Que a mídia, a famosa mídia que faz a cabeça das pessoas, jovens e adultos, nunca registrou esse "pequeno trecho" altamente edificante da História recente de nosso país?
Mas, há mais, muito mais! VOCÊ SABIA que o guerrilheiro do Araguaia, Rosalino Cruz Souza, conhecido na guerrilha como "Mundico", incluído na relação de "desaparecidos políticos",sabidamente "justiçado", no Araguaia, pela também guerrilheira "Dina" (Dinalva Conceição Teixeira) - cujos familiares foram também indenizados - teve sua família indenizada? Não pelo Partido que o mandou para lá e o matou, mas por nós, contribuintes?
VOCÊ SABIA que a família do coronel aviador Alfeu Alcântara Monteiro, morto em 2 de abril de 1964 - cuja esposa, desde sua morte, recebe pensão militar - foi também aquinhoada com os tais 150 mil reais, com o voto favorável do general que, na Comissão, representava as Forças Armadas? Que, depois, esse mesmo general, em entrevista ao jornal "Folha de São Paulo", buscando justificar seu voto, disse que no processo organizado pela Comissão constava que o coronel havia sido morto com "19 tiros pelas costas"? E, diz o general: "depois vim a saber que ele foi morto com um único tiro".
Caso o ilustre general, que também é advogado, antes de dar seu voto, tivesse consultado o Inquérito Policial Militar instaurado na época, para apurar o fato, arquivado no STM, como todos os demais inquéritos, teria constatado a versão real: dia 2 de abril de 1964, o brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley deveria receber o comando da então Quinta Zona Aérea, em Porto Alegre, do mais antigo oficial presente que era o coronel Alfeu Alcântara Monteiro, reconhecidamente janguista. O coronel recusou-se a transmitir o comando e reagiu, atirando e ferindo o brigadeiro Wanderley, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo também coronel-aviador Roberto Hipólito da Costa, que acompanhava o brigadeiro. Ou seja, o coronel Hipólito matou em legítima defesa de outrém, conforme concluiu o Inquérito, sendo absolvido pela Justiça Militar.
- Que Carlos Marighela, morto nas ruas de São Paulo, delatado voluntária ou involuntariamente por seus companheiros do Convento dos Dominicanos, e Carlos Lamarca, morto no sertão da Bahia, tiveram seus familiares indenizados, embora a esposa de Carlos Lamarca já recebesse pensão militar? Ou seja, as ruas de São Paulo e o sertão baiano foram considerados, também, pela Comissão, "dependências policiais ou assemelhadas".
Mas não terminou; eles querem mais, muito mais. VOCÊ SABIAque membros da Comissão pensaram reivindicar a promoção de Lamarca a general?
VOCÊ SABIA que o então Ministro da Justiça do governo Lula também propôs a promoção de Apolônio de Carvalho (um ex-militar expulso do Exército em 1935 e posteriormente fundador e militante do PCBR e, posteriormente banido do país em troca de um embaixador seqüestrado) a general?
- Que amplos setores da mídia e toda a esquerda vêm difundindo por todos esses anos a versão de que "a resistência armada" à "ditadura" no Brasil dos anos 60, foi uma resposta ao Ato Institucional nº 5, que "fechou" o regime?
- Que isso não é verdade, pois o Ato Institucional nº 5, que teria "fechado" o regime, foi assinado em 13 de dezembro de 1968?
- Que, antes disso, a esquerda armada já havia atirado uma bomba no Aeroporto dos Guararapes, em 25 de julho de 1966, matando um jornalista e um Almirante e ferindo um General?
- Que já havia atirado um carro-bomba contra o Quartel-General do II Exército, em São Paulo, matando o soldado sentinela Mario Kosel Filho, em 26 de junho de 1968?
- Que já havia assassinado, ao sair de casa, na frente de seus filhos, o Capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, tachado nos panfletos deixados sobre seu corpo, de "agente da CIA" ?
- Que um dos assassinos - um sargento expulso da Polícia Militar de São Paulo pela Revolução de 1964 - várias vezes entrevistado, vive hoje, tranqüilamente, em São José dos Campos, após ter sido anistiado pela ditadura militar "fascista", indenizado, promovido a Sub-Tenente e reintegrado à PM, como reformado?
- Que em julho de 1968, antes, também, do Ato Institucional nº 5, o Major do Exército da Alemanha Edward Von Westernhagen, que cursava a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, foi morto na rua por um grupo do Comando de Libertação Nacional (COLINA), do qual participavam dois ex-sargentos, um da Aeronáutica (João Lucas Alves) e outro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sendo o crime, na época, atribuído a marginais?
- Que João Lucas Alves residiu durante certo tempo na mesma casa. Ou melhor, no mesmo "aparelho", em que vivia a então militante do COLINA, Dilma Roussef, em Belo Horizonte?
- Que o Major Von Westernhagen foi morto por ter sido confundido com o capitão do Exército boliviano Gary Prado, que participou da caçada a Che Guevara, no ano anterior, em seu país, e que, por isso, deveria ser "justiçado", que também cursava a Escola de Comando e Estado-Maior? (livros "A Esquerda Armada no Brasil", e "Memórias do Esquecimento", de Flávio Tavares).
- Que antes do Ato Institucional nº 5 (dezembro de 1968), guerrilheiros do PC do B chegados da China em 1966 já se encontravam no Brasil Central preparando a Guerrilha do Araguaia?
- Que era essa a tática utilizada pela esquerda armada para instalar no Brasil um pleonasmo (uma República Popular Democrática): matar, matar e matar?
- Que a alucinada esquerda armada não matava apenas seus "inimigos", mas também os amigos e companheiros?
Veja a relação dos companheiros assassinados, a título de "justiçamento", sob a alegação de que sabiam demais, demonstravam desejo de pensar com suas próprias cabeças e que, por isso, representavam um perigo em potencial. Não que tenham traído, mas porque poderiam (futuro do pretérito) trair:
- Márcio Leite Toledo (ALN) em 23 de março de 1971, em São Paulo;
- Carlos Alberto Maciel Cardoso (ALN) em 13 de novembro de 1971, no Rio de Janeiro;
- Francisco Jacques Alvarenga (RAN-Resistência Armada Nacionalista) em 28 de junho de 1973, no Rio de Janeiro;
- Salatiel Teixeira Rolins (PCBR) em 22 de julho de 1973, no Rio de Janeiro;
- Rosalino Cruz - "Mundico", na Guerrilha do Araguaia;
- Amaro Luiz de Carvalho – "Capivara" (PCR), em 22 de agosto de 1971, dentro de uma Penitenciária, em Pernambuco;
- Antonio Lourenço (Ação Popular), em fevereiro de 1971, em Pindaré-Mirim/MA;
- Geraldo Ferreira Damasceno (Dissidência da Var-Palmares) em 19 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;
- Ari da Rocha Miranda (ALN), em 11 de junho de 1970, em São Paulo.
- Que o militante da Resistência Armada Nacionalista, Francisco Jacques Alvarenga, "justiçado" dentro do Colégio em que era professor, no Rio de Janeiro, por um Comando da ALN, teve seus passos previamente levantados por Maria do Amparo Almeida Araújo, também militante da ALN?
- Que foi ela própria quem revelou esse detalhe no livro "Mulheres que Foram à Luta Armada", de Luiz Maklouf ?
- Que Maria do Amparo Almeida Araújo é atualmente a presidente do "Grupo Tortura Nunca Mais"de Pernambuco, entidade criada para denunciar as torturas e assassinatos da chamada "repressão"?
- Finalmente, leiam este trecho, altamente significativo, considerando a identidade de seu autor: "No curso de Estado-Maior, em Cuba, esmiuço a história da revolução cubana e constato evidentes contradições entre o real e a versão divulgada pela América Latina afora (...) Muitas ilusões foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que, graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas de distância de Miami. Balelas, falsificações (...) O poder socialista instituiu a censura, impediu a livre circulação de idéias e impôs a versão oficial. Os textos encontrados sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais, carentes de honestidade e aprofundamento teórico (...) O Partido Comunista é o único permitido, e em seus postos importantes reinam os combatentes de Sierra Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do movimento operário (...) Os contatos com as organizações de luta armada (de toda a América Latina) são feitos através do S2 (Inteligência), conseqüência das deturpações do regime. A revolução na América Latina não seria uma questão política e sim, usando as palavras do caricato Totem, "de mandar bala". Nos relacionamos com os agentes secretos, que tentam influenciar na escolha de nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros, isolam alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a aproximação, influência e recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua linha e fornecem informações da nossa Organização, concedem status que vão desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito à auto-determinação".
Totem, acima mencionado, é o general Arnaldo Ochoa, comandante do Exército em Havana, no início dos anos 70, fuzilado nos anos 80, sob a acusação de ser narcotraficante.
Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz ("Clemente") é o autor do texto acima transcrito, que está nas páginas 178 a 181 do seu livro "Nas Trilhas da ALN". "Clemente" foi o último dos "comandantes" da Ação Libertadora Nacional. Recebeu treinamento militar em Cuba e foi autor de vários assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e "justiçamentos". Ele próprio calcula que tenha matado dez pessoas, e já disse que não se lembra ao certo (!), como os "justiçamentos" de seu próprio companheiro Márcio Leite Toledo e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15 de abril de 1971.
Ao concluir o curso em Cuba, nos idos de 1973, "Clemente" desertou e foi viver em Paris, somente regressando ao Brasil após ter sido um dos anistiados pelo presidente Figueiredo, derrubando outro mito até hoje difundido pelas esquerdas de todos os matizes: o de que a Anistia não foi Ampla, Geral e Irrestrita. Hoje, vive no Rio de Janeiro. Dá aulas de violão para crianças, cujos pais nem desconfiam quem seja o "professor", e participa de eventos culturais organizados pelo Movimento dos Sem-Terra.
Este texto deveria ser remetido à Omissão da Verdade, mas não tenho o e-mail daqueles caras
MG