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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

11.17.2009

Apagão, eu só queria entender.

Se Angra 1 e 2 produzem juntas pouco mais de 2 Giga Watts e abastece mais de 70% da energia consumida no Rio de Janeiro e a linha de transmissão é pequeníssima de Angra ao Rio, por que as Usinas foram desligadas? Por que o Rio levou quase 4 horas para ser ligado? Foi para sincronizar? Houve pânico? Houve incompetência? Tem não profissionais indicados por políticos ocupando cargos eminentemente técnicos?
Basta compulsar as medições do fluxo de energia dos equipamentos de monitoramento do sistema interligado de fornecimento de energia elétrica naquele momento para ver onde e desde quando a malha estava sobrecarregada.
Porque ja apareceram tres versões diferentes do desgoverno menos os relatorios de monitoramento? Porque nada fizeram ate derrubar a distribuição inteira e parar a geração de energia. Quem é o responsavel pela lambança?


11.16.2009

O “TESTE DO PUDIM” E O MURO DE BERLIM

por:  Rubem de Freitas Novaes*

 "The proof of the pudding is in the eating" (é comendo que se prova o pudim) tem sido a frase síntese de toda uma metodologia positiva aplicada às Ciências Sociais, especialmente à Economia. Em poucas e singelas palavras, exprime a idéia de que teorias, ou mesmo simples argumentações, têm de passar pela confirmação prática para ganhar respeitabilidade e se firmar no campo intelectual, não bastando estar fundadas em pressupostos logicamente estabelecidos e corretos.

 No debate das idéias ao longo da História, o grande aliado do Liberalismo, ao se opor ao Socialismo, tem sido o confronto que se faz entre desempenhos de países passíveis de comparação entre si. O Socialismo ideal, com seu eloqüente apelo à solidariedade, parece vencer a disputa por mentes e corações de nossos jovens até que se esbarra na comprovação factual, onde o Socialismo real se apequena. Como não admitir o melhor desempenho, em termos de liberdade e prosperidade, de Alemanha Ocidental versus Alemanha Oriental, de Coréia do Sul versus Coréia do Norte, dos EUA versus URSS?  Assim, cidadãos, ao avançarem na experiência de vida e no conhecimento histórico, passariam a olhar com outros olhos para as teses liberais, justificando Roberto Campos quando qualificava de canalhas os indivíduos que não tivessem manifestado simpatias pelo socialismo na juventude; e de idiotas aqueles que mantivessem o credo intacto na idade adulta.

 Mas a discussão não poderia parar aí, naturalmente. Liberdade e desempenho econômico não esgotam o rol de fatores a serem considerados na argumentação dialética e a busca de maior equidade, consubstanciada na formação de uma rede de proteção social, teria de ser sopesada contra os melhores resultados do Capitalismo. É aí que surge a variante definitiva do "teste do pudim": o "teste da fronteira".  Para onde migram, ou fogem, os cidadãos? São os cubanos da Flórida que se dirigem a Cuba, ou são os cubanos da Ilha que se arriscam aos tubarões para chegar ao extremo Sul dos EUA? Quem tentava saltar o Muro de Berlim para o outro lado, com elevado risco de morte? Alemães ocidentais ou orientais? É a resposta definitiva da preferência efetivamente revelada, para a qual não cabe contestação.

 Acabamos de comemorar 20 anos da queda do Muro de Berlim num momento em que Chávez, da Venezuela, e outros governantes latino-americanos flertam com um "Socialismo Bolivariano do Século XXI", procurando recriar, aqui neste pedaço de mundo, o que já deu errado alhures. O autoritarismo e a desorganização econômica já dão mostras fortes de sua presença em países vizinhos, como sói acontecer quando saímos da teoria e entramos na prática dos regimes socialistas.  Não podemos perder de vista, neste momento, o significado da queda do muro e o exemplo daqueles que se sacrificaram tentando fugir da Alemanha socialista.  Vamos pular fora desta vanguarda do atraso cucaracha!

* O autor é economista.  E-mail: rfnovaes@uol.com.br   

11.04.2009

Uma patota chega ao poder e “privatiza” o Estado para si, locupletando-se através da “coisa pública”.

A entrevista de Armínio

por: RODRIGO CONSTANTINO

O jornal Valor Econômico publicou em 29/10/09 uma entrevista com Armínio Fraga que merece ser lida com atenção. Nela, o ex-presidente do Banco Central afirma que "é preciso reestatizar o Estado". Em outras palavras, Armínio está lutando contra o patrimonialismo que representa o câncer na política nacional. Uma patota chega ao poder e "privatiza" o Estado para si, locupletando-se através da "coisa pública". O governo atual parece mais faminto que o de praxe, e Armínio se mostra preocupado com a "postura agressiva" do governo Lula na ampliação da presença do Estado na economia. Naquele que talvez seja o principal trecho da entrevista, Armínio vai direto ao ponto:

"Vejo com preocupação a sensação de que o Estado passou a servir a interesses partidários, às vezes ligados ou à política ou a interesses privados, sindicais. Esses sinais não são de agora. Começaram bem antes da crise, com as tentativas de controlar a imprensa (com a proposta de criação do Conselho Federal de Jornalismo), os meios eletrônicos (tentativa de criação da Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual).

Defendo uma reestatização do Estado". Como homem público, Armínio deve sempre pesar bem suas palavras. Além disso, ele conhece os inimigos da liberdade, a esquerda organizada que busca rotular as pessoas e impedir um debate sério calcado em argumentos. Dito isso, sua entrevista merece aplausos, pela coragem de tocar na ferida, de chamar a atenção para a ameaça que o governo tem representado para a liberdade econômica. Armínio está condenando abertamente a tentativa do governo Lula de partir para uma receita já testada e comprovadamente falida, ou seja, transformar o Estado num agente executor, empresário. Outros empresários deveriam seguir o exemplo e tomar coragem para atacar esta postura também, que representa um enorme perigo para nossas liberdades.

Entretanto, dois pontos merecem ser criticados na entrevista. Em primeiro lugar, Armínio tenta evitar a dicotomia entre Estado máximo e mínimo, alegando que ninguém defende o último: "Nunca ouvi falar em alguém que defenda o Estado mínimo". Como assim? Armínio precisa escutar melhor. Entendo sua postura pragmática aqui, evitando o rótulo de liberal que a esquerda, de forma pérfida, usaria para encerrar o "debate". Basta vestir alguém com o manto de "defensor do Estado mínimo" para jogá-lo no ostracismo e fugir de seus argumentos. Mesmo assim, entendo que é saudável se manter fiel aos conceitos condizentes com os valores defendidos. Os liberais não deveriam ter medo ou vergonha de se assumirem como tal.

Em segundo lugar, Armínio contemporiza com a esquerda no final da entrevista de forma condenável, aceitando a versão mentirosa da história nacional. Ele diz: "É curioso ver que muita gente que hoje está no governo, que fez oposição heróica contra a ditadura e na época também defendia, de certa maneira, reestatização do Estado, hoje olha para trás e se identifica com muita coisa da época da ditadura". Como assim "oposição heróica"? Essa gente lutava por outra ditadura, aquela que até hoje existe em Cuba, e que seu colega Chávez tenta impor na Venezuela. Aceitar sem protesto essa inversão histórica foi uma concessão que Armínio não deveria ter feito. Claro que muitos hoje no governo se identificam com várias coisas da época da ditadura. Eles sempre lutaram pelo poder, e quanto mais concentrado este fosse, melhor. A esquerda não queria "reestatizar" o Estado, e sim tomá-lo na marra.

Não obstante essas duas falhas que destaquei, considero importante a entrevista de Armínio, e recomendo sua leitura na íntegra..