Ternuma Reginal Brasília
Caros amigos
Sempre acreditei que o mutismo e o imobilismo dos governos brasileiros da era pós-moral (1988 até nossos dias) com relação às violações dos direitos humanos em países como Cuba e Venezuela, para citar apenas dois, era devido ao respeito a preceito constitucional de não intervenção nos assuntos internos de países soberanos, mesmo que submetidos a governos tirânicos e totalitários, como é o caso dos citados.
Constato, hoje, à luz do caso de Honduras, que não se trata de obediência à Lei Maior, mas de pura conivência e de invejável fidelidade a acordos e planos traçados e tratados à sombra da liberdade democrática que fingem defender.
O bom exemplo dos poderes Legislativo e Judiciário de Honduras abre-nos os olhos para a necessidade de adotarmos, aqui no Brasil, procedimento semelhante em face de violações constitucionais correntes por parte do Executivo brasileiro, que se evidenciaram no imediato e orquestrado repúdio à atitude legal, independente, oportuna e soberana do Congresso e da Suprema Corte hondurenhos.
Com certeza os planos de expansão do socialismo bolivariano-chavista, arquitetados no Foro de São Paulo, não contavam com este percalço!
Todas as manifestações oficiais do governo brasileiro com relação a este incidente, desde o seu início, aliás, muito bem e legalmente administrado pelas autoridades hondurenhas, ferem a Constituição Brasileira, em particular a mais recente declaração do nosso itinerante primeiro mandatário, desta vez encontrado nos Champs Élysées.
O desrespeito à soberania de Honduras, evidenciado em declarações e manifestações exacerbadas de frustrados e consagrados tiranetes sul-americanos e outros oportunistas de plantão, é a única razão para a violência urbana, verificada nas últimas horas em Tegucigalpa e que resultou em choques e vítimas, até fatais.
Temos nas mãos a configuração ótima, de exemplo e circunstância, para fazer ver ao nosso Presidente Eleito que popularidade não é o mesmo que autoridade, cuja legitimidade repousa no cumprimento da lei, dentro dos limites estabelecidos por ela e não em arroubos demagógicos ao arrepio de preceitos constitucionais.
Vejam que em Honduras o Congresso e a Suprema Corte fizeram o que deveriam ter feito, cumpriram e fizeram cumprir a Constituição e livraram o país da pretensão deletérea de mais um candidato a ditador de meia tigela na busca de um passaporte para a perenização neo-comunista, com tudo que isto representa em termos de atraso, radicalismo, demagogia, apropriação indébita e confisco de bens e direitos.
O que falta a nós brasileiros para, como os cidadãos hondurenhos, defenestrar o usurpador dos limites de sua autoridade, arrogante, demagogo e canastrão, aboletado no Executivo desta desmoralizada Terra Brasilis? Exatamente isto: MORAL! Falta-nos moral para impor a moralidade! Escolhemos imorais para representar-nos no Congresso e aceitamos a presença de omissos e oportunistas na Suprema Corte.
No Brasil, e só no Brasil da era pós-moral, há leis que pegam e leis que não pegam. A Constituição Federal de 1988 é uma das que não pegou, aliás nasceu com este fim, sob a tutela daqueles que temiam a lei, a ordem, a moral, a ética e os bons costumes. Trata-se de uma obra de autoproteção, desmoralizada e inútil!
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