INSULZA, O SANGUINÁRIO, E A CONIVÊNCIA DE BARACK HUSSEIN
Há muita coisa inédita (ou quase) na crise hondurenha. O primeiro fato óbvio é que o chamado “golpe” foi desfechado para garantir a legalidade no país. Manuel Zelaya, o presidente deposto, é que havia jogado a Constituição no lixo. Outro elemento inusual é que o “civil” apeado do poder é que preparava uma ditadura, para a qual esperava contar com o apoio dos militares. Mas o mais surpreendente de tudo é haver no comando da OEA alguém como José Miguel Insulza.
Este senhor não tem competência intelectual e autoridade moral para ser o comandante de um organismo como a OEA. Onde já se viu um político na sua posição prever, antecipar e, de fato, insuflar um confronto armado? É o que ele está fazendo, atendendo, ademais, à convocação do próprio Manuel Zelaya.
Há um crime sendo preparada contra a população civil da Honduras. A imprensa do país denunciou há dias o tal Plano Caracas, segundo o qual Chávez, no comando da Alba, chefiaria um banho de sangue no país para permitir a reinstalação de Zelaya no poder. Notem: é o que está em curso. Todos os passos estão sendo dados nesse sentido. É um escândalo que o mundo não reaja a isso - ou melhor, reage: atua contra o governo interino, tentando desestabilizá-lo, a exemplo do que faz a União Européia, bloqueando recursos do país.
Honduras está cercada por governos delinqüentes, como os da Venezuela, Nicarágua, Equador, Bolívia e mais as entidades que deveriam atuar para evitar o conflito. Em vez disso, elas o estimulam. E tudo sob o silêncio cúmplice dos EUA. Barack Hussein está prestes a permitir um banho de sangue em Honduras. Tudo conforme Chávez prometeu e organizou. E a trágica ironia nisso tudo é que a ação se dá ao mesmo tempo em que Daniel Ortega se mobiliza para se perpetuar no poder em que o Beiçola de Caracas proíbe um desafeto seu de deixar o país, ameaçando-o com a expropriação de seus bens. Essa é a democracia que se prepara também em Honduras.
E quem é, de fato, José Miguel Insulza? É o homem que se mobilizou e se mobiliza para levar Cuba de volta à OEA - e atenção: ele é contra que se exija do governo cubano o cumprimento de qualquer cláusula democrática. Nesse caso, este escroque moral acredita que os demais países não devem se imiscuir na realidade política interna, entenderam?
Vocês já imaginaram o que aconteceria a um país ou a um líder de alguma entidade se insuflasse a luta armada em Cuba em defesa da democracia? E olhem que a ilha é o que Honduras não é: uma ditadura - não! Na verdade, é uma tirania.
A opinião de Insulza faz parte do lixo moral do nosso tempo. Que este senhor tenha chegado a tal cargo diz bem da qualidade dos governantes da América Latina.
Honduras está prestes a sofrer um assalto das forças da América Latina que hoje são aliadas objetivas do terrorismo e do narcotráfico. E tudo acontecendo debaixo do queixo erguido de Barack Hussein, este senhor dotado da suposta - e formidável - capacidade de iluminar o futuro, mas, tudo indica, conivente com as trevas do presente.
Blog Reinaldo Azevedo - 20 de julho de 2009 ( http://veja.abril.com.br/blog/
Importante, leia ainda: A DELINQÜÊNCIA POLÍTICA DO SECRETÁRIO-GERAL DA OEA
em tempo de servidão,
há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não.
(Manuel Alegre)
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