O sentido da vida, a essência eterna que perpassa cada forma, permanece imutável no tempo/espaço, na eternidade. Agora, as invenções e invencionices humanas são efêmeras, exercício de experimentação de gestos e sons variados, cores e sabores passageiros. Isto acontece desde o momento da concepção, até o retorno da forma de vida à matriz do “pulvis eris” – “és pó! E voltarás ao pó”.
Sobram registrados os valores, as experiências que ajudaram na travessia, como exemplos para os que estão no caminho. Nos muitos e variados caminhos, onde os contatos humanos são civilizados ou brutais. Costumes, idiomas, gestos mutantes, símbolos, tradições, conduzem ao entendimento ou à guerra.
Antes de antigamente, os padres entendiam mais que ninguém da alma humana. De tanto ouvir no confessionário e distribuir penitências, o instrumental coercitivo comportamental perdeu a eficácia: o temor ao pecado e ao inferno, saiu de moda, depois que inventaram o reino dos céus na terra e adotaram as idéias revolucionárias, pensando poder consertar o mundo, obra defeituosa, na concepção dos que se sentem mais onipotentes que Deus.
Agora são os médicos os confessores. Um deles, sobrinho por eleição do afeto, vasculha profissionalmente a alma humana, para reunir os traços de somatização, guias do diagnóstico das doenças auto infligidas, por desencanto, por abandono, por solidão, por medo, falta de amor, pela perplexidade diante das contradições mundanas. Não se receitam mais comportamentos, nem reflexão, nem orações. Agora são receitadas drogas, que aliviam dores físicas mas não curam a doença da alma!
Dando voltas, nem sei como dizer que ele, o médico, me enviou algumas dezenas de imagens de canibalismo, exercido por um grupo de homens e mulheres jovens, sorridentes. Do corte cirúrgico à seleção de “peças” e cozimento, até a degustação do alimento macabro. Texto: “Exercício de sobrevivência na China”.
Incrédulo, indaguei sobre a fonte. A resposta foi um açoite: “Séria e confiável. É um exercício para a nova ordem mundial”. Lembrei Swift, indicando à nobreza inglesa num artigo de jornal, como solucionar o incômodo problema das crianças pobres, que tomavam as ruas da City londrina. Os nobres poderiam adotá-las, alimentá-las bem, assá-las e comê-las nos banquetes, pois a carne humana tenra, segundo ele, era tão saborosa como a carne de porco.
George Orwell, também inglês, descreve a fábrica de reciclagem de corpos humanos, transformados em pílulas distribuídas como ração à população sob controle do Big Brother, o olho sem cara, ditador da única ordem mundial. (Para não dizer da nova ordem mundial).
Dizem os especialistas que o alimento que é colhido e processado no planeta, hoje, é suficiente para alimentar o dobro da população. Entretanto populações como a do Haiti, de países africanos e guetos de miséria espalhados pelo planeta, são vitimadas pela fome, drogas, guerras e morte prematura. Os bem nutridos civilizados, arquitetos das estruturas sociais escrevem suas teses, fazem seus discursos, mas de fato nem ligam. Estão voltados para concentrar poder. Um poder de vida e morte.
Um poder que muda os valores tradicionais, característicos do humanismo mais digno do rótulo de civilização evolutiva. Esses senhores buscam revolucionar, dominar, controlar, aterrorizando populações, para submeter toda gente à suas vontades, bem diferentes das diretivas e crenças religiosas ancestrais, que convidam e orientam para a compreensão e doçura.
Falam de solidariedade e omitem que em seus códigos, o significado exclui a maioria dos humanos e contempla apenas os discípulos, os seguidores, os escravos do seu terreiro. Falam de normas no sentido da obrigação para uns, sem o cumprimento pelos que ditam as regras.
O vocabulário esotérico e fechado dos grupos e corporações dominantes, tem a força de iludir, tem o poder de falsear verdades essenciais e direcionar para caminhos contrários à vida plena e saudável, contrários à liberdade e a busca da felicidade que mobiliza as pessoas.
Felicidade! Foi transmutada em posse de bens criados para o bem estar da maioria e o desejo de supérfluos acessíveis apenas para uma minoria. A felicidade do encontro entre sexos foi privada do sentido duradouro, da responsabilidade mútua dos casais, na construção e realização familiar gratificante. É percebida apenas como sexo, prazer sanitário, quase solitário.
A felicidade do sentimento amoroso foi desvirtuada pelos vícios implantados na linguagem conflitiva e desagregadora, pelos vícios que ironizam as virtudes. A felicidade como senso profundo de paz interior é conhecida por poucos, pelos que ousam desafiar os poderes temporais e mergulhar nas profundezas interiores, no encontro com a própria essência.
Esta busca fortalece a mente e pacifica os demônios implantados na paisagem. E mais que tudo, amplia a compreensão, fortifica moralmente e compromete com o próximo, facilitando a escolha entre o joio e o trigo. Entre a vida plena e o desencanto depressivo. Entre a ação construtiva e a passividade conformista. Os novos tempos ampliam estas percepções, para uns poucos que preservam a liberdade da comunhão eterna.
Jesus Cristo deu o bom exemplo. Vamos segui-lo para nossa verdadeira felicidade e liberdade. Feliz Natal!
Do: Alerta Total
MG > Levanta Brasil – União e clamor uníssono
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