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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

3.24.2009

Carta de médica ao Sergio Cabral, o vagabundo

Sabe, governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas
vivemos em mundos bem diferentes.
Sou classe média, bem média, médica, pediatra, deprimida e indignada
com as canalhices que estão acontecendo.
Não conheço bem a sua história pessoal e certamente o senhor não
sabe nada da minha também.
Fiz um vestibular bastante disputado e com grande empenho tive a
oportunidade de freqüentar a Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
hoje esquartejada pela omissão e politiquices do poder público estadual.
Fiz treinamento no Hospital Pedro Ernesto, hoje vivendo de esmolas
emergenciais em troca de leitos da dengue.
Parece-me que o senhor desconhece esta realidade. O seu terceiro
grau não foi tão suado assim, em universidade sem muito prestígio, curso
na época pouco disputado, turma de meninos Zona Sul ...
Aprendi medicina em hospital de pobre, trabalhei muito sem
remuneração em troca de aprendizado.
Ao final do curso nova seleção, agora para residência. Mais trabalho
com pouco dinheiro e pacientes pobres, o povo. Sempre fui doutrinada a
fazer o máximo com o mínimo.
Muitas noites sem dormir, e lhe garanto que não foram em salinhas
refrigeradas costurando coligações e acordos para o povo que o senhor
nem conhece o cheiro ou choro em momento de dor.
No início da década de noventa fui aprovada num concurso para ser
médica da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro'. A melhor
decisão da minha vida, da qual hoje mais do que nunca não me arrependo,
foi abandonar este cargo.
Não se pode querer ser Dom Quixote, herói ou justiceiro. Dói
assistir a morte por falta de recursos. Dói, como mãe de quatro filhos,
ver outros filhos de outras mães não serem salvos por falta de condições
de trabalho.
Fingir que trabalha, fingir que é médico, estar cara-a-cara com o
paciente como representante de um sistema de saúde ridículo, ter a
possibilidade de se contaminar e se acostumar com uma pseudo-medicina é
doloroso, aviltante e uma enorme frustração.
Aprendi em muitas daquelas noites insones tudo o que sei fazer e
gosto muito do que eu faço. Sou médica porque gosto. Sou pediatra por
opção e com convicção. Não me arrependo. Prometi a mim mesma fazer o
melhor de mim.
É um deboche numa cidade como o Rio de Janeiro, num estado como o
nosso assistir políticos como o senhor discursarem com a cara mais
lavada que este é o momento de deixar de lenga-lenga para salvar vidas.
Que vidas, senhor governador ? Nas UPAS? tudo de fachada para engabelar
o povão!!!!

Por amor ao povo o senhor trabalharia pelo que o senhor paga ao
médico ?
Os médicos não criaram os mosquitos. Os hospitais não estão com
problema somente agora. Não faltam especialistas. O que falta é quem
queira se sujeitar a triste realidade do médico da SES para tentar
resolver emergencialmente a omissão de anos.
A mídia planta terrorismo no coração das mães que desesperadas
correm a qualquer sintoma inespecífico para as urgências..
Não há pediatra neste momento que não esteja sobrecarregado. Mesmo
na medicina privada há uma grande dificuldade em administrar uma demanda
absurda de atendimentos em clínicas, consultórios ou telefones. Todos em
pânico.
E aí vem o senhor com a história do lenga-lenga.
Acorde governador ! Hoje o senhor é poder executivo. Esqueça um
pouco das fotos com o presidente e com a mãe do PAC, esqueça a escolha
do prefeito, esqueça a carinha de bom moço consternado na televisão.
Faça a mudança. Execute.

Lenga-lenga é não mudar os hospitais e os salários.
Quem sabe o senhor poderia trabalhar como voluntário também. Chame a
sua família. Venha sentir o stress de uma mãe, não daquelas de pracinha
com babá, que o senhor bem conhece, mas daquelas que nem podem faltar ao
trabalho para cuidar de um filho doente. Venha preparado porque as
pessoas estão armadas, com pouca tolerância, em pânico.
Quem sabe entra no seu nariz o cheiro do pobre, do povo e o senhor
tenta virar o jogo.
A responsabilidade é sua, governador.
Afinal, quem é, ou são, os vagabundos, Governador ?

4 comentários:

Anônimo disse...

Isso é um hoax: boato de internet. Só Mané acredita nisso aí.
Foi armado pelo Cesar Maia.

Anônimo disse...

Ainda ter que ler isso é dose. Mais uma carta de market feita pelo Cesar Maia?
Além do mais, Médico que não trabalha e deixa as pessoas morrendo nas filas tem mais é que ser chamado de vagabundo mesmo. Estão ali lidando com vidas e não com uma barraca de frutas. Quem freqüenta hospital publico sabe o descaso que é o atendimento e em muitas ocasiões porque os médicos simplesmente não aparecem.

Anônimo disse...

Anonimo, voce é um safado e deve estar sendo pago com as propinas do Sergio Cabral.
Voce é safado como ele, ordinário como ele, e se esconde sobre o pseudonimo anonimo, é porque é covarde, insignificante, como ele.
Quanto aos médicos, é isso aí mesmo, cada dia que passa, menos médicos no serviço publico. E a população, Ó!!!!

luciano disse...

O maldito Sergio Cabral tem que ser enforcado em Praça Pública.