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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

10.22.2008

Um Novo "Tempo" e as Regras de Bolsa

Por Rubem de Freitas Novaes

Poderíamos falar de um novo tempo que deverá resultar de lições a serem aprendidas da crise atual. Tempo de menos artificialismos impostos por governos em setores da economia, como o mercado imobiliário americano; tempo em que agências de classificação de risco terão de aperfeiçoar seus critérios de avaliação ou desmoralizar-se em definitivo; tempo em que assembléias de acionistas e conselhos de administração terão de estruturar, para executivos, esquemas de remuneração capazes de colocar em linha interesses de proprietários e gestores; tempo em que banqueiros centrais terão de aprender a evitar o aprofundamento de crises, sem lançar sementes para crises subseqüentes ainda maiores, etc. etc.Mas queremos falar é de um outro "tempo": o da velocidade dos ajustamentos e transformações.

Hoje é comum surgirem comparações com a Grande Depressão dos Anos 30, que durou praticamente uma década. Nada mais falso. A rapidez na transmissão de informações, o desenvolvimento das "tecnologias" de política econômica e a espantosa agilidade de ajustamento dos mercados globalizados comprimem fortemente o prazo de qualquer crise. Anos viraram meses, meses viraram dias e ficará para trás quem não se der conta da nova realidade.

Nas Bolsas de Valores de todo o mundo vemos o exemplo mais marcante deste novo "tempo". E, para as ações brasileiras, a história não é diferente. Faz poucos meses e nossos analistas se entusiasmavam com o "grau de investimento" concedido ao Brasil pelas agências de risco. Hoje, nossas principais empresas já valem em dólar apenas cerca de 35% do que chegaram a valer. E já tivemos dias piores!

Na lida do mercado acionário aprendemos três regras fundamentais. Uma, freqüentemente lembrada por investidores do calibre de Warren Buffet, é que "vende-se ao som dos violinos e compra-se no trovejar dos canhões", ou seja, nada de acreditar que estados de euforia ou depressão são permanentes. Nestes momentos, o conselho é agir na contra-mão dos ansiosos e apressados. Outra, é que "no mercado, come-se como pinto e defeca-se como pato", tradução do fato de que a perda da confiança se dá em velocidade bem maior do que a sua conquista. A terceira regra, finalmente, ensina que "compra-se no boato e vende-se no fato", refletindo a constatação de que a Bolsa lida com expectativas, antecipando-se de muito aos acontecimentos futuros.

É certo que da teoria para o "timing" perfeito vai uma grande distância. Mas fica a lembrança destas regras e de que vivemos em um novo "tempo", para que nossos investidores pensem com frieza e não se deixem tomar por momentos de depressão e pânico, efêmeros por natureza e, seguramente, maus conselheiros.

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