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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

10.23.2008

SELVA!

DRÁUZIO VARELLA - Folha de SÃO PAULO

Militares na Cabeça do Cachorro

A coluna de hoje é uma homenagem ao trabalho e à presença dos soldados
brasileiros na Amazônia

Perfilados, os soldados aguardaram em posição de sentido, sob o sol do
meio-dia. Eram homens de estatura mediana, pele bronzeada, olhos
amendoados, maçãs do rosto salientes e cabelo espetado. O observador
desavisado que lhes analisasse os traços julgaria estar na Ásia.

No microfone, a palavra de ordem do capitão: 'Soldado Souza, etnia tucano'.

Um rapaz da primeira fila deu um passo adiante, resoluto, com o fuzil no
ombro, e iniciou a oração do guerreiro da selva, no idioma natal. No
fim, o grito de guerra dos pelotões da fronteira: 'Selva!'.

O segundo a repetir o texto foi um soldado da etnia desana, seguido de
um baniua, um curipaco, um cubeu, um ianomâmi, um tariano e um hupda.
Todos repetiram o ritual do passo à frente e da oração nas línguas de
seus povos; em comum, apenas o grito final: 'Selva!'.

Depois, o pelotão inteiro cantou o hino nacional em português, a plenos
pulmões.

Ouvir aquela diversidade de indígenas, característica das 22 etnias que
habitam o extremo noroeste da Amazônia brasileira há 2.000 anos,
cantando nosso hino no meio da floresta, trouxe à flor da pele
sentimentos de brasilidade que eu julgava esquecidos.

Para chegar à Cabeça do Cachorro é preciso ir a Manaus, viajar 1.146
quilômetros Rio Negro acima, até avistar São Gabriel da Cachoeira, a
maior cidade indígena do país.

De lá, até as fronteiras com a Colômbia e a Venezuela, pelos rios
Uaupés, Tiquié, Içana, Cauaburi e uma infinidade de rios menores, só
Deus sabe. A duração da viagem depende das chuvas, das corredeiras e da
época do ano, porque na bacia do Rio Negro o nível das águas pode subir
mais de dez metros entre a vazante e o pico da cheia.

É um Brasil perdido no meio das florestas mais preservadas da Amazônia.
Não fosse a presença militar, seria uma região entregue à própria sorte.
Ou, pior, à sorte alheia.

O comando dos Pelotões de Fronteira está sediado em São Gabriel. De lá
partem as provisões e o apoio logístico para as unidades construídas à
beira dos principais rios fronteiriços: Pari-Cachoeira, Iauaretê,
Querari, Tunuí-Cachoeira, São Joaquim, Maturacá e Cucuí.

Anteriormente formado por militares de outros Estados, os pelotões hoje
recrutam soldados nas comunidades das redondezas. De acordo com o
general Francisco Albuquerque, ex-comandante do Exército, essa opção foi
feita por razões profissionais: 'O soldado do Sul pode ser mais
preparado intelectualmente, mas na selva ninguém se iguala ao indígena'.

Na entrada dos quartéis, uma placa dá idéia do esforço para construí-los
naquele ermo: 'Da primeira tábua ao último prego, todo material
empregado nessas instalações foi transportado nas asas da FAB'.

Os pelotões atraíram as populações indígenas de cada rio à beira do qual
foram instalados: por causa da escola para as crianças e porque em suas
imediações circula o bem mais raro da região -salário.

Para os militares e suas famílias, os indígenas conseguem vender algum
artesanato, trocar farinha e frutas por gêneros de primeira necessidade,
produtos de higiene e peças de vestuário. No quartel existe
possibilidade de acesso à assistência médica, ao dentista, à internet e
aos aviões da FAB, em caso de acidente ou doença grave.

Cada pelotão é chefiado por um tenente com menos de 30 anos, obrigado a
exercer o papel de comandante militar, prefeito, juiz de paz, delegado,
gestor de assistência médico-odontológica, administrador do programa de
inclusão digital e o que mais for necessário assumir nas comunidades das
imediações, esquecidas pelas autoridades federais, estaduais e municipais.

Tais serviços, de responsabilidade de ministérios e secretarias locais,
são prestados pelas Forças Armadas sem qualquer dotação orçamentária
suplementar.

Os quartéis são de um despojamento espartano. As dificuldades de
abastecimento, os atrasos dos vôos causados por adversidades climáticas
e avarias técnicas e o orçamento minguado das Forças Armadas tornam o
dia-a-dia dos que vivem em pleno isolamento um ato de resistência
permanente.

Esses militares anônimos, mal pagos, são os únicos responsáveis pela
defesa dos limites de uma região conturbada pela proximidade das Farc e
pelas rotas do narcotráfico. Não estivessem lá, quem estaria?

Como você deve ter percebido, leitor, a coluna de hoje é uma homenagem
ao trabalho e à presença dos soldados brasileiros na Amazônia.

'SELVA'!...

10.22.2008

Um Novo "Tempo" e as Regras de Bolsa

Por Rubem de Freitas Novaes

Poderíamos falar de um novo tempo que deverá resultar de lições a serem aprendidas da crise atual. Tempo de menos artificialismos impostos por governos em setores da economia, como o mercado imobiliário americano; tempo em que agências de classificação de risco terão de aperfeiçoar seus critérios de avaliação ou desmoralizar-se em definitivo; tempo em que assembléias de acionistas e conselhos de administração terão de estruturar, para executivos, esquemas de remuneração capazes de colocar em linha interesses de proprietários e gestores; tempo em que banqueiros centrais terão de aprender a evitar o aprofundamento de crises, sem lançar sementes para crises subseqüentes ainda maiores, etc. etc.Mas queremos falar é de um outro "tempo": o da velocidade dos ajustamentos e transformações.

Hoje é comum surgirem comparações com a Grande Depressão dos Anos 30, que durou praticamente uma década. Nada mais falso. A rapidez na transmissão de informações, o desenvolvimento das "tecnologias" de política econômica e a espantosa agilidade de ajustamento dos mercados globalizados comprimem fortemente o prazo de qualquer crise. Anos viraram meses, meses viraram dias e ficará para trás quem não se der conta da nova realidade.

Nas Bolsas de Valores de todo o mundo vemos o exemplo mais marcante deste novo "tempo". E, para as ações brasileiras, a história não é diferente. Faz poucos meses e nossos analistas se entusiasmavam com o "grau de investimento" concedido ao Brasil pelas agências de risco. Hoje, nossas principais empresas já valem em dólar apenas cerca de 35% do que chegaram a valer. E já tivemos dias piores!

Na lida do mercado acionário aprendemos três regras fundamentais. Uma, freqüentemente lembrada por investidores do calibre de Warren Buffet, é que "vende-se ao som dos violinos e compra-se no trovejar dos canhões", ou seja, nada de acreditar que estados de euforia ou depressão são permanentes. Nestes momentos, o conselho é agir na contra-mão dos ansiosos e apressados. Outra, é que "no mercado, come-se como pinto e defeca-se como pato", tradução do fato de que a perda da confiança se dá em velocidade bem maior do que a sua conquista. A terceira regra, finalmente, ensina que "compra-se no boato e vende-se no fato", refletindo a constatação de que a Bolsa lida com expectativas, antecipando-se de muito aos acontecimentos futuros.

É certo que da teoria para o "timing" perfeito vai uma grande distância. Mas fica a lembrança destas regras e de que vivemos em um novo "tempo", para que nossos investidores pensem com frieza e não se deixem tomar por momentos de depressão e pânico, efêmeros por natureza e, seguramente, maus conselheiros.

10.19.2008

O Sofrimento do Hipócrita - O titã-anão

0 hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga.
Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, acicionar açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso.
0 odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita.
Causa náuseas beber perpétuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento.
Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se.
0 traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. 0 hipócrita é um titã-anão.

Victor Hugo, in "Os Trabalhadores do Mar"

10.18.2008

O poder dos 'moneychangers' e a crise econômica mundial de 2008

A Maior Fraude da História. A verdade sobre os Bancos Centrais. O poder dos 'moneychangers' e a crise econômica mundial de 2008 (reficação)
por Nehemias Gueiros, Jr.

      “Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis”. – Mayer Amschel [Bauer] Rothschild

      “Todo aquele que controla o volume de dinheiro de qualquer país é o senhor absoluto de toda a indústria e o comércio e quando percebemos que a totalidade do sistema é facilmente controlada, de uma forma ou de outra, por um punhado de gente poderosa no topo, não precisaremos que nos expliquem como se originam os períodos de inflação e depressão”. – declaração do pres. americano James Garfield, 1881

Poucas semanas após proferir estas palavras (da segunda citação), dirigidas aos moneychangers, o presidente Garfield foi assassinado. E não foi o único presidente norte-americano morto por eles, como veremos adiante. Para podermos entender melhor quem são os moneychangers (ou argentários), é necessário retornar no tempo até cerca de 200 A.C., quando pela primeira vez tem-se registro da “usura”. Entre as várias definições do Aurélio para usura encontramos juro exorbitante, exagerado, lucro exagerado, mesquinharia. Dois imperadores romanos foram assassinados por terem pretendido implantar leis de reforma limitando a propriedade privada de terras ao máximo de 500 acres e liberando a cunhagem de moedas, que era feita pelos especuladores. Em 48 A.C., Júlio César recuperou o poder de emitir moeda, tornando-o disponível para qualquer um que possuísse ouro ou prata. Também acabou assassinado. Em seguida, as pessoas comuns perderam suas casas e seus bens, da mesma forma como temos assistido acontecer na crise americana das hipotecas.

Na época de Jesus, há dois mil anos, o Sanhedrin (a Suprema Corte da antiga Israel) controlava o povo através da cobrança de taxas representadas pelo pagamento de meio shekel. Vários historiadores estimam que os cofres dessa corte continham vários milhões de dólares em dinheiro de hoje. O povo judeu, totalmente oprimido e controlado pelo Sanhedrin, vivia escravizado pelos dogmas da religião imposta por esses líderes. Como todos sabemos, Jesus foi o primeiro a ousar desafiar esse poder e expor a conduta sacríleja de Israel e também acabou morto na cruz.

Nos séculos seguintes, os moneychangers continuaram a expandir a arte da usura em todos os segmentos da vida, criando expansões e contrações financeiras, de geração em geração enfrentando monarcas e líderes políticos que queriam erradicá-la. Sempre em vão. A cada bem-sucedida (e rara) tentativa de eliminá-la, a usura voltava com mais força ainda, respaldada pela ganância e o poder dos fortes e ricos contra os fracos e pobres. Na Idade Média, o Vaticano proibiu a cobrança de juros sobre os empréstimos, com base nos ensinamentos e na doutrina eclesiástica de Aristóteles e São Tomás de Aquino. Afirmou que “o propósito do dinheiro é servir à sociedade e facilitar a troca de bens necessária à condução da vida”. De nada adiantou, eis que a própria Igreja conspirava com o Estado para acumular dinheiro e poder através dos séculos e controlar os oprimidos com os “castigos” e as “bênçãos” do Todo Poderoso. Os argentários usavam os juros para praticar a usura, que hoje é consagrada por lei através da prática bancária. Já naquela época, vários religiosos e teólogos condenavam a escravização econômica resultante da usura mas como podemos observar a situação mudou muito pouco nos últimos 500 anos.

Na medida em que a usura foi se instalando em todas as camadas sociais, os moneychangers foram ficando cada vez mais ousados em suas manipulações financeiras e foi assim que surgiu o famigerado conceito do fractional reserve lending, ou “empréstimo baseado em reserva fracional” ou “empréstimo sem cobertura ou lastro”. Embora de enunciado complexo, a prática é muito simples. Significa emprestar mais dinheiro do que se tem em caixa e transformou-se na maior fraude de todos os tempos, principal responsável pela vasta pobreza que assola o mundo até hoje e pela redução sistemática do valor do dinheiro. A descrição dos economistas sobre os chamados “ciclos econômicos”, nada mais é do que a identificação dos períodos de expansão e retração determinados pelos bancos em todo o mundo, através do fractional reserve lending. Eles simplesmente adotaram as regras do passado e continuaram a praticá-las até hoje.

A prática do “empréstimo sem lastro” continuou se expandindo antes mesmo do surgimento dos bancos, alimentada pelos ourives e mercadores de ouro e prata, que guardavam os metais nobres da população em custódia para não serem roubados. Logo esses negociantes – na realidade meros agiotas – perceberam que a maioria das pessoas morria e não voltava para buscar seus bens, legando-os à herança familiar. Foi quando começaram a emprestar dinheiro a juros, geralmente em quantias muito superiores ao ouro e prata que possuíam guardados em custódia. O recibo da custódia foi provavelmente o primeiro embrião do dinheiro de papel que temos hoje, pois com ele, a pessoa podia adquirir mercadorias e bens no grande mercado. Com a contínua expansão desse negócio ilícito e usurário, logo os moneychangers puderam abrir lojas específicas para empréstimos, advindo daí a origem dos bancos modernos.

O primeiro banco central de um país a praticar o fractional reserve lending, ou FRL foi o Bank of England (Banco da Inglaterra), constituído em 1694 e de natureza privada. Era controlado por acionistas fraudulentos e mal-intencionados que utilizaram o mote “people’s bank” (banco do povo), para praticar toda sorte de fraudes visando unicamente o lucro. As dívidas com o Banco da Inglaterra de centenas de gerações posteriores, representadas ou pela própria monarquia inglesa ou pelo governo, foram asseguradas através da criação de taxas impostas à população, que viriam a se transformar no Imposto de Renda como hoje o conhecemos. O modelo do Banco da Inglaterra rapidamente se transformou no modelo para os bancos centrais de todos os países no mundo atual. Os agiotas descobriram que é muito mais lucrativo emprestar para monarcas e governos do que para cidadãos comuns. Através da dívida, tornavam-se literalmente credores e soberanos de nações inteiras.

Em suma: os argentários colocavam um banco privado a cargo de todas as finanças e operações econômicas de um país, o que equivale a entregar a nação a uma organização mafiosa que controla a economia com a finalidade de lucro e assim mantém a população totalmente refém de suas políticas financeiras.

No início do século XVIII, cerca de 50 anos depois que o Banco da Inglaterra já estava operando, um alemão chamado Amshel Moses Bauer1, ourives e agiota que vivia em Frankfurt, na Alemanha, começou um negócio a que denominou de Rothschild, pois a insígnia na porta da loja era uma águia romana sobre um escudo vermelho. Rothschild significa “escudo vermelho” em alemão. O negócio prosperou e em 1743 ele mudou seu próprio nome para Amshel Moses Rothschild. Ele tinha cinco filhos e, ao atingirem a maioridade, ele enviou cada um a uma capital comercial da Europa para emprestar dinheiro a juros, principalmente às monarquias e reinos. O mais velho, Amshel, ficou em Frankfurt; Solomon foi para Viena; Nathan para Londres, Jacob para Paris e Carl para Nápoles. Assim foram plantadas as sementes que permitiram à mais poderosa e rica família da história do mundo reinar nos séculos seguintes da evolução da humanidade, com o único propósito de lucro e poder, seja qual fosse o custo. Gerações seguidas dos Rothschild e seus correligionários exercem – e continuam exercendo – poder sobre a sociedade mundial, utilizando-se da antiga prática da usura e do fractional reserve lending.

Já donos de uma fortuna incalculável obtida com os empréstimos a todos os países europeus os Rothschild se envolveram vigorosamente nos financiamentos ao governo inglês para as colônias da América, acabando por indiretamente causar a independência americana quando restringiram o crédito e aumentaram salgadamente as taxas cobradas aos pilgrims. Mesmo após a independência, logo implantaram o modelo de banco central no Novo Continente, para expandir ainda mais os seus lucros. Durante a primeira metade do século XIX nos Estados Unidos, pelo menos três vezes os opositores do sistema agiotário lograram êxito em fechar o banco, entre eles os presidentes James Madison e Andrew Jackson, mas ele sempre ressurgia. Foi durante a Guerra Civil americana que os conspiradores lançaram o seu mais bem-sucedido esforço nesse sentido. Judah Benjamin, principal assessor de Jefferson Davis (na época presidente dos Estados Confederados da América), era um agente dos Rothschild. A família plantou assessores no gabinete do presidente Abraham Lincoln e tentou vender-lhe a idéia de negociar com a Casa de Rothschild. Lincoln desconfiou de suas intenções e rejeitou a oferta, tornando-se inimigo figadal da família e acabou assassinado a tiros num teatro. Investigações sobre o crime revelaram que o assassino era membro de uma sociedade secreta cujo nome jamais foi revelado pois vários altos funcionários do governo americano eram membros. O fim da guerra civil abortou temporariamente as chances dos Rothschild de por as mãos no sistema monetário dos Estados Unidos, como já faziam com a Inglaterra e todos os países da Europa. Mas apenas temporariamente.

Anos depois, um jovem imigrante, Jacob H. Schiff, chegou a Nova Iorque. Nascido em uma das casas dos Rothschild em Frankfurt, ele chegou à América com um objetivo definido: comprar ações de um grande banco para gradualmente adquirir o controle sobre o sistema financeiro americano. Schiff comprou quotas de participação numa empresa chamada Kuhn & Loeb, uma famosa casa privada de financiamentos. Entretanto, para cumprir sua missão, ele precisaria obter a cooperação de “peixes grandes” do segmento bancário norte-americano. Tarefa difícil para o humilde jovem alemão oriundo dos subúrbios de Frankfurt. Mas Schiff tinha trunfos: ele era enviado dos Rothschild e ofereceu ações européias de alto valor para distribuição no mercado americano. Foi no período pós-guerra civil que a indústria americana efetivamente começou a florescer para se transformar no colosso da atualidade. Com a decretação da paz e a expansão para o Oeste, havia estradas-de-ferro para construir, ligando as duas costas continentais do país, além da nascente prospecção petrolífera, das siderúrgicas e das empresas têxteis, para citar apenas algumas. Tudo requeria financiamento e não havia dinheiro suficiente no jovem país do Norte. A Casa de Rothschild ponteava no cenário europeu e tinha recursos abundantes, resultado da vigorosa especulação financeira empreendida em todos os centros comerciais da Europa nos 150 anos anteriores, emprestando dinheiro a monarcas, governos e parlamentares.

O jovem Schiff rapidamente se tornou padrinho de homens como John D. Rockefeller, Andrew Carnegie e Edward Harriman. Com o dinheiro dos Rothschild, ele financiou a Standard Oil Company (hoje a poderosa ESSO, acrônimo das duas letras que formavam a abreviação da empresa em inglês: S.O. – leia-se ESS-O), as ferrovias Union Pacific Railroad e Southern Pacific Railroad e o império do aço de Carnegie, com sua Carnegie Steel Company, que consagrou a cidade de Pittsburgh, no estado americano da Pennsylvania como a capital mundial do aço. Foi apenas uma questão de tempo para Jacob Schiff deter o controle da comunidade bancária de Wall Street, em Nova Iorque, que já incluía os Lehman Brothers2, Goldman-Sachs e outros grupos internacionais até hoje atuantes no mercado financeiro, todos eles desde aquela época controlados pelos Rothschild. É possível resumir a situação de forma bem simples: Schiff era o “chefe” do mercado financeiro de Nova Iorque e controlava o dinheiro dos Estados Unidos. Assim foi preparado o bote sobre o sistema financeiro americano. Com seus cinco filhos firmemente encastelados em todos os centros financeiros da Europa, a família Rothschild logo ascendeu à posição de mais rica família do planeta. Esta situação persiste até hoje, embora eles professem uma postura de discrição, avessa à mídia e à divulgação. Nenhuma família ou grupo empresarial possui tanto poder e controle financeiro em todos os países do mundo como os Rothschild. E isto há 250 anos.

Sua fabulosa fortuna foi conseguida através da prática do fractional reserve lending (“empréstimo sem lastro”), que consistia em multiplicar o dinheiro a partir das vastas somas de dinheiro depositadas pelas pessoas em suas casas de custódia (brokerage and escrow houses) espalhadas pela Europa através do empréstimo de dinheiro de papel a monarcas e governos. Uma de suas práticas mais determinadas era a de financiar os dois lados de uma guerra, garantindo assim, no mínimo, a duplicação de seus lucros com os juros cobrados, vencesse quem vencesse3.

Os moneychangers não se aliavam a determinado partido ou tendência política; para eles só existia a finalidade do lucro. Em algum tempo, a família Rothschild tomou conta de todos os bancos centrais do mundo – voltados unicamente para o lucro e não para a administração da economia dos seus respectivos países – e com a inteligente operação de sua inesgotável fortuna tornaram-se agentes determinantes na criação dos Estados Unidos da América, que viria a se tornar o pais mais rico e poderoso do mundo. Não se trata de mera coincidência, pois foi a opressão inglesa sobre o Novo Mundo com a cobrança de taxas pelo Banco da Inglaterra que acabou por desencadear a revolução que criou os EUA.

Benjamim Franklin, inventor, cientista, político e diplomata do século XVIII, artífice da aliança com a França que auxiliou a independência americana, afirmou o seguinte ao Banco da Inglaterra, que tencionava financiar a nova república americana através da estratégia da usura (fractional reserve lending): “É muito simples. Aqui nas colônias nós emitimos nossa própria moeda, que se chama Colonial Script4. Emitimo-la na exata proporção das necessidades do comércio e da indústria, para tornar os produtos mais móveis entre os produtores e os consumidores. Desta forma, criando nosso próprio dinheiro de papel, controlamos o seu poder de compra e não precisamos pagar juros a ninguém”.

O controle do sistema monetário dos EUA está totalmente investido no Congresso Americano, eis por que Jacob Schiff seduziu os parlamentares a bypassar a Carta Magna estadunidense e passar esse controle aos moneychangers. Para que essa transição fosse integralmente bem-sucedida e a população do país não pudesse fazer nada a respeito, seria necessário que o congresso americano promulgasse uma peça de lei específica. Como conseguir isso? Através de um presidente sem moral e sem escrúpulos, que assinasse o projeto de lei.

Nos quase 200 anos que se passaram entre a independência americana e a criação do Federal Reserve Bank (Banco Central dos Estados Unidos), popularmente conhecido como “Fed”, várias vezes a família Rothschild tentou controlar a emissão de moeda nos EUA. Em cada tentativa, eles procuraram estabelecer um banco central privado, operando apenas com a finalidade de lucro e não para administrar ou proteger a economia americana. Cada uma dessas tentativas até 1913 foi oposicionada por políticos decentes e honestos, a maioria dos quais acabou assassinada por encomenda dos moneychangers.

O Fed começou a operar com cerca de 300 pessoas e outros bancos que adquiriram quotas de US$ 100.00 (a empresa é fechada, não negocia ações em bolsa) e se tornaram proprietários do Federal Reserve System. Criaram uma mastodôntica estrutura financeira internacional com ativos incalculáveis, na casa dos trilhões de dólares. O sistema FED arrecada bilhões de dólares em juros anualmente e distribui os lucros aos seus acionistas. Some-se a isso o fato de que o congresso americano concedeu ao FED o direito de emitir moeda através do Tesouro Americano (Dept. of the Treasury) sem cobrança de juros. O FED imprime dinheiro sem lastro, sem qualquer cobertura, e empresta-o a todas as pessoas através da rede de bancos afiliados, cobrando juros por isso. A instituição também compra dívidas governamentais com dinheiro impresso sem lastro e cobra juros ao governo americano que acabam incidindo sobre as contas do cidadão comum pagador de impostos.

O Federal Reserve Bank (Banco Central Americano) é, na realidade, a ponta-líder de um conglomerado de bancos internacionais e pessoas físicas unicamente dedicados a perseguir o lucro, todos a seguir identificados, o que constituiu a revelação de um dos maiores segredos dos últimos 100 anos:

Rothschild Bank of London
 
Warburg Bank of Hamburg
 
Rothschild Bank of Berlin
 
Lehman Brothers of New York *
 
Lazard Brothers of Paris
 
Kuhn Loeb Bank of New York
 
Israel Moses Seif Banks of Italy

Goldman, Sachs of New York 
 
Warburg Bank of Amsterdam
 
Chase Manhattan Bank of New York
 
First National Bank of New York
 
James Stillman

 
National City Bank of New York
 
Mary W. Harnman
 
National Bank of Commerce, New York
 
A.D. Jiullard
 
Hanover National Bank, New York 
 
Jacob Schiff
 
Chase National Bank, New York 
 
Thomas F. Ryan 
 
Paul Warburg
 
William Rockefeller
 
Levi P. Morton
 
M.T. Pyne 
 
George F. Baker 
 
Percy Pyne 
 
Mrs. G.F. St. George 
 
J.W. Sterling 
 
Katherine St. George
 
H.P. Davidson
 
J.P. Morgan (Equitable Life/Mutual Life)
 
Edith Brevour
 
T. Baker

* a empresa Lehman Brothers pediu concordata em setembro de 2008, através da Seção Onze do U.S. Bankruptcy Code (Chapter Eleven)

Veio o Vigésimo Século e os moneychangers, sempre representados pelos Rothschilds e seus áulicos, já estavam firmemente estabelecidos com seus bancos centrais e sua prática do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro) em todas as grandes capitais européias. Era a hora de devotar atenção total aos Estados Unidos da América, a nova nação emergente do mundo. Ainda não existia um banco central americano, pois as várias tentativas de estabelecê-lo ao longo do século XIX foram infrutíferas. Finalmente, em 23.12.1913, durante um recesso de Natal do congresso em que apenas três senadores retornaram à capital, Washington, para votar, foi perpetrado um dos maiores atos de vilipêndio contra o povo americano de que se tem notícia. Sob a presidência de Woodrow Wilson, um democrata que chegou ao cargo alardeando a bandeira de nunca permitir a criação de um banco central, foi promulgado o Federal Reserve Act (Ato da Reserva Federal), que instituiu um banco central privado, “disfarçado”, não apenas para dominar a emissão de moeda mas também para cobrar juros sobre essa emissão. Nada mais do que a milenar prática da usura. Uma verdadeira quadrilha estava em ação naquela época, dedicada a alimentar o sucesso da prática do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro), que incluía J.P. Morgan (John Pierpont Morgan)5 e que serviria de fundamento para a passagem tranqüila da legislação que criou o Federal Reserve Bank, o banco central dos Estados Unidos. Todos foram escolhidos a dedo pelos Rothschild e preparados para esse desfecho em 1913. Já famoso e muito rico, J.P. Morgan, que circulava com desenvoltura em todos os altos escalões do governo americano, começou a procurar um futuro presidente que apoiasse as idéias dos moneychangers de criar um banco central privado, com a finalidade primígena de lucro. Foi assim que conheceu Woodrow Wilson, então reitor da universidade de Princeton, no estado de Nova Jérsei.

O Federal Reserve System foi o desdobramento direto dessa aproximação de Morgan com Woodrow Wilson, mesmo diante das várias e infrutíferas tentativas de criar um banco central nos EUA ao longo do século XIX e que resultaram em pelo menos dois presidentes assassinados por oporem-se a essa idéia. O simples apoio de Wilson às idéias dos moneychangers constituiu um ato de alta traição. Um dos comentários públicos de Wilson sobre o assunto teria sido o seguinte: “Todos os nossos problemas econômicos seria solucionados se apontássemos um comitê de seis ou sete figuras públicas e homens espirituosos como J.P. Morgan para cuidar dos assuntos de nosso país”. Essa assertiva confirmou as circunstâncias da verdadeira usurpação que os moneychangers estavam prestes a praticar para adquirir o controle fiscal e monetário dos Estados Unidos.

O deputado republicano Charles A. Lindbergh, do estado de Minnesota, declarou: “Aqueles que não simpatizam com o poder financeiro dessa turma serão banidos dos negócios e a população será atemorizada com as mudanças nas leis bancárias e monetárias”. Os inocentes cidadãos americanos foram mais uma vez tragados para a noção da criação de um banco central e a conseqüente escravização econômica. O senador Nelson Aldrich, de Rhode Island, se tornou o líder da National Monetary Commission, composta de moneychangers fiéis a J.P. Morgan. A finalidade desta comissão era estudar e recomendar ao congresso americano mudanças no sistema bancário do país para eliminar quaisquer problemas que surgissem da oposição à intenção primordial de lucro financeiro. O senador Aldrich era o porta-voz das mais abastadas famílias da América, estabelecidas na costa leste. Sua filha casou-se com John D. Rockefeller Junior e deles nasceram cinco filhos: John, Nelson (que se tornou vice-presidente em 1974), Lawrence, Winthrop e David, depois dono e chairman do Chase Manhattan Bank. Assim que a comissão foi instalada, o senador Aldrich embarcou num tour de dois anos pela Europa, para consultas com os bancos centrais do velho continente (Inglaterra, França e Alemanha). Somente a viagem custou aos cofres públicos americanos cerca de US$ 300,000.00, uma soma fabulosa para aqueles tempos.

Logo após seu retorno em 1910, Aldrich reuniu-se com alguns dos mais ricos e poderosos homens americanos em seu vagão ferroviário privativo e todos partiram secretamente para uma ilha na costa do estado da Geórgia, Jekyll Island. Junto com eles viajou um certo Paul Warburg, que recebia um salário de US$ 500,000.00 anuais pago pela empresa Kuhn, Loeb & Co. para conseguir a aprovação da lei de criação do banco central americano e era sócio de ninguém menos do que o alemão Jacob Schiff, neto do homem que se associou à família Rothschild em Frankfurt. Na época, Schiff estava envolvido na derrubada do czar russo, empreitada que custou uns US$ 20 milhões e iniciou a revolução bolchevique que desaguaria na União Soviética.

Essas três famílias financeiras européias, os Rothschilds, os Schiffs e os Warburgs estavam todas ligadas pelo matrimônio ao longo dos anos, assim como os Rockefellers, Morgans e Aldrichs nos EUA. O segredo desta reunião insular na Geórgia foi tão grande que os participantes foram instruídos a usar somente seus primeiros nomes para evitar que serviçais e criados descobrissem suas verdadeiras identidades.

Anos depois, um dos participantes dessa secretíssima reunião, Frank Vanderlip, presidente do National City Bank of New York e representante e protegé da família Rockefeller, confirmou a realização do evento. Citado numa reportagem do jornal Saturday Evening Post de 09.02.1935 ele disse: “Eu me portei secretamente e furtivamente como qualquer conspirador. Nós sabíamos que se vazasse qualquer informação de que estávamos impondo ao congresso americano uma nova legislação bancária não teríamos a menor chance de sua aprovação”.

A idéia principal da reunião em Jekyll Island era desdobrar a intenção principal de reintroduzir um banco central privado para controlar o dinheiro dos Estados Unidos. Não para o povo americano, mas para os moneychangers da Europa e de Nova Iorque. A atração do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro) era simplesmente irresistível para os gananciosos argentários. Essa conspiração dos banqueiros privados americanos para seqüestrar a economia americana se tornava cada vez mais importante diante da competição dos pequenos bancos estatais do país. Como o próprio senador Aldrich diria anos depois: “Antes da promulgação do Federal Reserve Act (em 1913) os banqueiros novaiorquinos dominavam apenas as reservas monetárias de Nova Iorque. Agora controlamos as reservas do país inteiro.” John Rockefeller disse a respeito: “A competição é um pecado, temos que demovê-lo”.

O crescimento da economia americana prosperou e as grandes corporações do país começaram a se expandir a partir de seus fabulosos lucros. Como os moneychangers não possuíam voz ativa sobre essa expansão, que se processava em nível corporativo longe de seus tentáculos pois a indústria estava se tornando independente deles, algo tinha que ser feito para mudar a situação. O nome do banco central americano consagrado naquela reunião secreta de Jekyll Island, na Geórgia, Federal Reserve Bank, foi escolhido para dar a impressão de que a instituição era pública, sem fins lucrativos e para administrar a economia americana em nome dos cidadãos contribuintes. Ledo engano. O nome foi apenas uma cortina de fumaça para esconder a intenção monopolista e opositora à concorrência da nova instituição, que tinha a exclusividade de imprimir as cédulas do dinheiro americano, criando dinheiro do nada, sem quaisquer lastro ou reservas e emprestando-o às pessoas sob juros.

Mas como é mesmo que o Fed cria dinheiro do nada? Comecemos com os bonds, ou letras do tesouro. São promessas de pagamento (ou IOUs, no acrônimo em inglês, originado de I owe you, “eu devo a você”). As pessoas compram esses títulos para garantir uma taxa de juros segura no resgate futuro. Ao final do prazo do papel, o governo repaga o valor principal mais juros e o título é destruído. Atualmente existem cerca de US$ 5 trilhões desses papéis em poder do público. Agora, eis os quatro passos adotados pelo banco central americano para criar dinheiro do nada:

O Federal Open Market Committee (Comitê Federal do Mercado Aberto) aprova a compra de letras do Tesouro Americano no mercado aberto. Esses títulos são comprados pelo banco central americano, o Federal Reserve Bank. O Fed paga pelos títulos com créditos eletrônicos emitidos em favor do banco vendedor. Esses créditos não têm origem, não possuem qualquer lastro. O Fed simplesmente os cria e os bancos utilizam esses depósitos como reservas. Como segundo a prática do fractional reserve banking6 ou FRB, os bancos podem emprestar dez vezes mais do que o valor efetivo de suas reservas e sempre a juros, rapidamente eles conseguem produzir dinheiro do nada quando os tomadores começam a pagar os seus empréstimos. Que por sua vez surgiram do nada. O sistema FRB permite aos bancos não ter lastro em caixa equivalente aos depósitos dos clientes, vale dizer, se todos os correntistas resolvessem sacar o seu dinheiro o banco não teria como pagá-los, como aconteceu no crash da bolsa de Wall Street em 1929, do qual os moneychangers foram os únicos beneficiários e retomaram todas as propriedades e os bens do povo americano para revendê-los nos anos seguintes com grande lucro.
Desta forma, se o Fed adquirir, digamos, US$ 1 milhão em títulos, este valor se transformará automaticamente em US$ 10 milhões, do nada, sem qualquer lastro ou cobertura. O Fed simplesmente aciona sua gráfica e “imprime” os outros US$ 9 milhões e começa a emprestar o dinheiro a juros no mercado, através da rede bancária comercial. Assim, o banco central americano cria 10% do total desse dinheiro novo e os demais bancos criam os 90% restantes. Isto expande a quantidade de dinheiro em circulação e amplia o crédito e o consumo, levando as pessoas a comprarem mais e gastarem mais, inflando as estatísticas de crescimento nacional. Mas a verdadeira intenção desta operação é mais sinistra. Pretende o controle absoluto sobre a economia. Para reduzir a quantidade de moeda circulante e provocar uma recessão, o processo é simplesmente revertido. O Fed vende os títulos ao público e o dinheiro sai dos bancos dos adquirentes. Os empréstimos têm que ser reduzidos em dez vezes o valor da venda porque, como vimos, o Fed criou US$ 9 milhões do nada.

Mas a duvida persiste: como estas operações deliberadas de inflação e deflação beneficiaram os grandes banqueiros privados que se reuniram secretamente em Jekyll Island para planejar a monopolização do sistema monetário americano e dominar a emissão de moeda? Simples. Modificou radicalmente a reforma bancária realmente necessária para criar um sistema de financiamento público livre de dívidas, como os greenbacks7 do pres. Abraham Lincoln, representados por papel-moeda impresso e emitido pelo governo americano durante a Guerra Civil americana (1861-1865), um conflito entre os estados do norte contra os do sul. Lincoln, tal como seus antecessores Jackson8 e Madison9, era radicalmente contra o estabelecimento de um banco central, pois já conhecia a estratégia dos moneychangers. Ele favorecia a emissão da moeda nacional diretamente pelo Tesouro, um departamento cuja função era exatamente essa, a de atuar como administrador da corrência do país. Quando o Tesouro emite moeda, cada dólar impresso vale exatamente isso: um dólar, pois nasce consagrado pela confiança da população e pela certeza de que o dinheiro está sendo emitido sem especulação, sem incidência de juros. O dinheiro emitido pelo Federal Reserve, por outro lado, é exatamente o oposto. Traz embutidos juros e tem a intenção firme de lucrar ao ser “emprestado” ao governo, pois é isso o que o banco central faz: empresta dinheiro ao governo americano a juros. Em outras palavras, a tão propalada missão de “guardião da moeda”, e “banco do povo”, conceitos consagrados lá atrás através da criação do Banco da Inglaterra, nada mais é do que lucrar a qualquer custo e ainda controlar a emissão de moeda de um país. A estrutura do banco central favorece a centralização da oferta de moeda nas mãos de algumas poucas pessoas, com pouquíssmo controle político exercido pelo governo estabelecido.

Desde a proclamação da independência americana que políticos sérios e comprometidos com o desenvolvimento e o bem-estar da população da América se insurgiram contra os moneychangers. Em carta dirigida ao secretário do Tesouro, Thomas Jefferson disse em 1802: “Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que exércitos armados. Se o povo americano autorizar bancos privados a controlar a emissão de sua moeda, primeiro através da inflação e depois pela deflação, os bancos e as grandes corporações que crescerão em volta deles gradualmente controlarão a vida econômica das pessoas, deprivando-as de todo o seu patrimônio até o dia em que seus filhos acordem sem-teto, no continente que seus pais e avós conquistaram”.

Basta examinarmos o sistema de indicação política do presidente do Fed, (atualmente Paul Bernanke). O chefe do Fed é indicado pelo presidente da república mas tem mandato de 14 anos, separado da autoridade eleita pelo povo, muitas vezes perpetuando-se no cargo. Notórios presidentes do banco como Paul Volcker e Alan Greenspan constituem os verdadeiros “xerifes” da economia americana, e, por conseguinte, exercem influência planetária.

A criação do Federal Reserve Bank em 1913, consolidou definitivamente o controle dos moneychangers sobre o sistema financeiro americano, impedindo o retorno de uma política monetária de financiamento público livre de dívidas como os greenbacks de Lincoln e permitindo aos banqueiros criar 90% do dinheiro dos Estados Unidos baseado apenas no conceito de fractional reserves (reservas fracionais, sem lastro que garantisse a totalidade dos recursos) e emprestá-lo a juros. Menos de duas décadas após sua criação, a grande contração de crédito realizada pelo Fed no início dos anos 30 do século XX causaria a Grande Depressão de 1929. A independência do Banco Central americano só aumentou desde então, através da promulgação de inúmeras novas leis. A estratégia para enganar o público e fazê-lo pensar que o Fed era controlado pelo governo foi a criação de uma junta governante (board of governors) apontada pelo presidente do país e aprovada pelo senado. Os banqueiros tinham apenas que garantir que seus correligionários fossem os escolhidos para a junta, o que não era difícil, já que os banqueiros tinham dinheiro e dinheiro compra influência política em qualquer lugar do mundo.

Logo após a reunião secreta de Jekyll Island, teve lugar uma verdadeira blitz de relações públicas. Os grandes banqueiros de Nova Iorque criaram um fundo educacional de US$ 5 milhões para financiar professores em universidades americanas importantes, em troca de apoio ao novo banco central. O primeiro a ser cooptado foi justamente Woodrow Wilson, de Princeton, que viria a ser tornar presidente dos EUA. Uma das primeiras ações legislativas dos moneychangers com o novo Fed foi uma lei conhecida como Aldrich Bill (”lei Aldrich”) que logo foi apelidada pelo público como Banker’s Bill, pois beneficiava apenas as grandes instituições financeiras. O congressista Lindbergh, pai do famoso aviador Charles Lindbergh que pela primeira vez cruzou o Atlântico sem escalas em 1927 voando num monomotor, disse: “O plano de Aldrich é o plano de Wall Street. Significa novo pânico financeiro, se necessário, para intimidar a população. O político Aldrich, pago pelo governo americano para representar o povo no congresso, em vez disso, está propondo um plano para o grande capital”.

A lei não foi aprovada. Os moneychangers então, através dos banqueiros novaiorquinos, financiaram Woodrow Wilson como o candidato democrata à presidência dos EUA. Coube ao filantropo e financista Bernard Baruch a tarefa de “doutrinar” Wilson nesse sentido, em 1912. Tudo estava pronto para o ataque final dos moneychangers europeus ao sistema financeiro do Novo Mundo. Essa luta já vinha desde os tempos da presidência de Andrew Jackson, ferrenho opositor da idéia de um banco central privado. Mas a capacidade de manobra do dinheiro logo se revelaria determinante, quando William Jennings Bryan, assessor de Jackson e vigoroso obstáculo entre os moneychangers e seu objetivo, sem saber da doutrinação empreendida por Baruch, apoiou a candidatura democrata de Wilson. Logo seriam traídos. Durante a campanha presidencial, os democratas tiveram o cuidado de “fingir” que oposicionavam a lei Aldrich. Vinte anos depois, o congressista Louis McFadden, democrata da Pennsylvania, diria: “A lei Aldrich foi abandonada no nascedouro quando Woodrow Wilson foi nomeado candidato à presidência americana. Os líderes democratas prometeram à população que se fossem guindados ao poder não estabeleceriam um banco central para controlar as finanças da nação. Treze meses depois esta promessa foi quebrada e a nova administração do presidente eleito Wilson, sob a égide das sinistras figuras de Wall Street, estabeleceu a monárquica instituição do “banco do rei”, nos mesmos moldes do Banco da Inglaterra, para controlar integralmente o sistema monetário dos Estados Unidos da América.

Após a eleição de Wilson, os magnatas J.P. Morgan, Warburg e Baruch apresentaram um novo projeto de lei, que Warburg denominou de Federal Reserve System. O partido democrata ovacionou o projeto, apontando-o como radicalmente diferente da lei Aldrich. Na realidade, a lei era praticamente idêntica em quase todos os seus aspectos. E foi assim que, no dia 22 de dezembro de 1913, às 11h da manhã, com um quorum ínfimo de apenas três senadores e apoiada pelo próprio presidente Woodrow Wilson, o Federal Reserve Act foi aprovado sem dissidências. Naquele mesmo dia, o congressista Lindbergh alertara: “Essa lei estabelece um mastodôntico feudo monetário (money trust) na Terra. Quando o presidente assiná-la, um governo invisível representado pelo poder monetário será legalizado em nosso país. As pessoas podem não perceber imediatamente, mas a verdade virá à tona no futuro. O pior crime legislativo da História está sendo perpetrado por essa lei dos banqueiros”.

Esse verdadeiro ato de ganância e traição ao povo americano foi o resultado de uma longa batalha entre os moneychangers da Europa e os políticos americanos honestos. O sistema de fractional reserve lending (empréstimo sem lastro) seria para sempre o desejo dos mercadores, agiotas e usurários e efetivamente nunca mudou desde o início do Renascimento quando começou a ser praticado. Outro ingrediente fundamental dessa equação era a taxação do povo e que foi consagrada na nova lei. A constituição americana, tal como foi redigida, não apenas precluía o governo de editar quaisquer leis (essa prerrogativa cabia somente ao congresso) como também vetava a imposição de quaisquer taxas sobre a população. Apenas os estados podiam criar taxas e emolumentos, como fora o desejo dos founding fathers. A curiosa coincidência é que apenas semanas antes da promulgação do Federal Reserve Act, o congresso havia aprovado uma lei criando o imposto de renda. Até hoje historiadores e estudiosos têm dúvidas se esta lei foi adequadamente ratificada antes de entrar em vigor.

O modelo de banco central criado pelos moneychangers nos Estados Unidos, com fundamento no pioneiro Bank of England, ganharia o mundo no século XX e hoje todos os países do planeta possuem um banco central igual ou similar, baseado num sistema de impostos como garantia do dinheiro que emprestam, a juros, aos governos de seus próprios países, literalmente mantendo esses governos e a população reféns de suas gananciosas políticas monetárias, expandindo e contraindo o crédito como melhor lhes apraz. O líder inconteste dessa atividade é o Fed americano, que “dita as regras” para seus congêneres em redor do mundo, mas o mecanismo é exatamente esse.

Como o Fed é um banco privado, sua intenção primordial é criar grandes dívidas junto ao governo e aplicar juros sobre elas e, como garantia de pagamento, precisa de um sistema de impostos à prova de erros. Desde os primórdios das atividades da família Rothschild na Europa que os moneychangers sabiam que a única garantia real de recuperar os seus empréstimos a reis, monarcas e governos era o direito do devedor de taxar a população.

Em 1895 a Suprema Corte americana considerou inconstitucional uma forma similar de taxação do público. Mais uma vez o senador Aldrich veio em socorro dos moneychangers e empreendeu vigoroso lobby no congresso para provar que a nova taxação era necessária. E sucedeu. Seus colegas congressistas acederam, sem se dar conta de que haviam votado o “elo perdido” do tabuleiro de xadrez dos moneychangers em sua jornada para dominar os Estados Unidos da América no século seguinte, bem como o resto do mundo com seu conceito de “bancos centrais privados”.

Em outubro de 1913 o senador Aldrich apresentou novo projeto de lei fiscal no congresso, dando ao governo federal o direito de cobrar impostos, o que era apenas permitido aos estados da união. Para os moneychangers era essencial que o governo federal pudesse taxar a população, sob pena de não conseguirem dar seguimento à estratégia de criação de dívidas crescentes com aplicação de juros. Essa estratégia foi repetida em todos os países do mundo durante o século XX até que todos se tornassem devedores de seus bancos centrais e garantissem os empréstimos através da cobrança de impostos ao público.

Revendo a história do Vigésimo Século e a dos Estados Unidos em particular, podemos observar claramente como a sombra gananciosa e sinistra dos poderosos moneychangers manipula a agenda planetária até hoje. A prática de financiar os dois lados de um conflito, por exemplo, tornou-se uma de suas atividades regulares, opondo o capitalismo ao comunismo e este ao socialismo, religiões contra religiões e raças contra raças. Durante todo o século passado, os moneychangers, que não têm país, bandeira, hino ou deus, tiveram o controle em suas mãos.

Eles financiavam um dos lados até que estivesse suficientemente forte e pronto para uma guerra, depois financiavam o lado oposto e deixavam ambos se destruírem até ficarem sem recursos. A solução para ambos os oponentes saírem do fundo do poço em que se haviam atirado era criar mais e mais impostos para satisfazer a ganância e a usura dos argentários10.

Não é difícil pintar o quadro real desta fraude. O risco que os moneychangers corriam era mínimo, pois os empréstimos que faziam eram apenas constituídos de cédulas de papel criadas do nada, através do sistema do fractional reserve lending (empréstimo sem lastro). A prática se tornou até mais fácil com o advento dos computadores, que simplesmente adicionaram mais zeros às operações. Os cidadãos dos países devedores eram a garantia dos empréstimos enquanto continuavam a pagar seus impostos e estavam submetidos às diretrizes de seus governos estabelecidos. Foi assim que os moneychangers europeus ganharam controle sobre as inocentes massas da civilização do planeta e continuam a detê-lo na atualidade.

Para termos uma idéia da ativa participação dos moneychangers na Primeira Grande Guerra (1914-1918) é preciso entender que o conflito era essencialmente entre a Rússia e a Alemanha. A França e a Inglaterra foram partícipes involuntários. Entretanto, ambos os países tinham membros da família Rothschild no controle de seus bancos centrais, mantendo-os reféns econômicos juntamente com suas colônias ultramarinas. Os moneychangers insuflaram a guerra sob o pretexto da defesa nacional, financiando todos os lados envolvidos até a exaustão física e material. Depois de quatro anos de derramamento de sangue, os argentários reuniram-se com todos os envolvidos e desenvolveram um sistema de taxação para pagar as dívidas de guerra, que acabaria por desencadear o surgimento do nazismo e a eclosão da II Guerra Mundial, que funcionou da mesma forma.

A grande restrição creditícia imposta pelo Fed no início dos anos 30 causou a quebra da bolsa novaiorquina de 1929, com impacto em todo o mundo. O presidente Roosevelt acabou por falir a economia americana ao ceder a todos os mandamentos dos moneychangers, inclusive confiscando todo o ouro em poder do público e aplicando severas sanções a quem não o entregasse. Foi assim que surgiu Fort Knox, um dos grandes embustes americanos, famoso na literatura e no cinema por guardar uma imensa fortuna em barras de ouro, mas, que, na realidade, nunca foi auditado desde sua criação há mais de seis décadas e suspeita-se que tenha pouco ou nenhum ouro guardado atualmente, que teria sido enviado aos bancos europeus como garantia de empréstimos feitos pelos argentários ao governo dos EUA.

Dez anos depois do crash, em 1939, todos os players de um lado e de outro do Atlântico estavam tão depauperados que uma nova guerra tornou-se iminente. Os moneychangers, principalmente através do Fed americano, financiaram todos os lados e aguardaram a eclosão do conflito. Até os nazistas receberam dinheiro deles. O projeto Manhattan, que deu aos Estados Unidos a bomba atômica, foi o coup de gras dos especuladores, viabilizando a emergência dos americanos como primeira potência mundial mas também criou as condições essenciais para a Guerra Fria entre os americanos e a União Soviética, mais um projeto de alta lucratividade para os moneychangers nas décadas seguintes com a corrida armamentista bipolar.

A Guerra da Coréia (1950-1953) e do Vietnam (1959-1975) são exemplos das práticas do fractional reserve lending praticada pelos bancos centrais para prover os governos de recursos para custear os conflitos, então já sob controle global dos moneychangers. O assassinato do presidente Kennedy em Dallas, Texas, em 1963, é uma repetição das circunstâncias envolvendo a era de Jesus há 2.000 anos. No dia 30.06.1963, Kennedy promulgou a Ordem Executiva número 11.110, retirando do Fed o poder de emprestar dinheiro a juros ao governo federal norte-americano. Com uma canetada, o pres. Kennedy criou as condições para encerrar as atividades do Banco Central americano. Essa ordem restaurou ao Depto. do Tesouro o poder de emitir dinheiro sem passar pelo Fed e, portanto, sem cobrança de juros. O dólar deixou de ser nomeado Federal Reserve Note e passou a ser emitido como United States Note e não seria mais emprestado ao governo, seria impresso por ele, sem juros. Essa lei foi sua sentença de morte. Cinco meses depois, em 22.11.63, Kennedy foi assassinado em Dallas por Lee Oswald, que por sua vez foi morto a tiros por Jack Ruby no dia em que daria seu primeiro depoimento público sobre o caso. Jesus também confrontou os moneychangers e o tribunal Sanhedrin do templo judeu revelando sua ganância monetária e acabou morto. Diante da possibilidade de perder o controle das massas e o direito de cobrar taxas e impostos, os moneychangers agem rápida e violentamente.

Alguém ainda tem dúvida sobre a origem da atual crise econômica que assola o planeta, iniciada com a retomada dos imóveis da categoria sub-prime e depois com o desmantelamento da “bolha” de investimentos de Wall Street, cujos efeitos irão impactar severamente todos os países do mundo, lamentavelmente os mais pobres com mais crueldade? Fica fácil compreender o papel dos bancos centrais mundiais, liderados pelo Fed em todas essas crises. Quem é mesmo que está emprestando cerca de US$ 850 bilhões ao mercado nos EUA, injetando dinheiro nas empresas e nos bancos? Ele mesmo, o Fed. Desta forma, expandindo e contraindo o dinheiro em circulação no mercado, os bancos maiores retomam ativos e o patrimônio das pessoas por uma bagatela e os revendem a preços usurários. Milhões de pessoas e negócios vão à falência, perdem suas casas e até a roupa do corpo, enquanto os moneychangers continuam sua opulenta trajetória de acumulação de dinheiro e poder.

Desconhecidas pela grande maioria das pessoas no planeta, essas informações estão a clamar uma decisão séria e definitiva da população diante desse cruel sistema de ganância e poder exercido por um pequeno grupo há mais de 300 anos, em contrapartida aos ensinamentos de amor ao próximo, irmandade e temor a Deus professados pela religião. Será que somos suficientemente civilizados para tomar esta decisão de forma adequada, quer individual ou coletivamente, para as futuras gerações? Ou também nós, diante do dinheiro e de todas as oportunidades e do poder que ele oferece, seremos tomados pela ganância e pela usura?

Uma coisa é certa. A civilização contemporânea, tal como está estabelecida, não subsistirá por muito mais tempo. Os problemas gerados pela cultura do dinheiro, do lucro, da ganância e do individualismo já estão destruindo a natureza do planeta de forma irreversível para os nossos descendentes. Aí reside o cerne da delicada decisão que nossa civilização terá que adotar, mais cedo ou mais tarde.

Se não enfrentarmos vigorosamente o embate milenar entre fortes x fracos e ricos x pobres, buscando ascender a uma consciência coletiva mais humana e amorosa e suprimindo os valores argentários, estaremos certamente acelerando nosso caminho para o fim.

É preciso que alcancemos sabedoria através de um renascimento espiritual, se quisermos deitar o pavimento para a sobrevivência das gerações futuras.

Todas as citações deste artigo, quer no texto principal, quer nos rodapés, podem ser conferidas em livros e matérias atuais e da época ou diretamente pela Internet, através de ferramentas de busca como o Google e outros.

NOTAS DE RODAPÉ E REFERÊNCIAS

1 Pai de Mayer Amschel [Bauer] Rothschild, autor da afirmação que abre o texto (acima).

2 Pela primeira vez em sua história, a empresa Lehman Brothers viu-se enredada em problemas especulativos e pediu concordata no início de setembro/2008 para evitar a falência.

3 A respeito, veja a história do conflito de Waterloo no Google, utilizando as palavras chave “Waterloo” + “Nathan Rothschild”. É importante realizar a pesquisa com as aspas e o sinal de mais para atingir o resultado esperado.

4 Veja no Google, sempre entre aspas para “focar” a pesquisa.

5 Banqueiro, financista e colecionador de arte americano que dominou o financiamento corporativo e a consolidação industrial no século XIX, ele articulou a fusão das empresas Edison General Electric e Thompson-Houston Electric Company que se transformou na General Electric, a conhecida GE. Também participou ativamente da criação da United States Steel Corporation, fruto da união da Federal Steel Company com a Carnegie Steel Company, que se tornou uma das grandes siderúrgicas americanas. Doou grande parte de sua fabulosa coleção de arte ao Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.

6 Fractional Reserve Banking = Sistema Bancário de Reserva Fracional, em que apenas uma pequena fração (às vezes até nenhuma, zero) dos depósitos bancários tem lastro em moeda corrente disponível para saque dos depositantes.

7 Greenback = verso verde. Os dólares impressos por determinação do presidente Abraham Lincoln tinham o verso em cor verde, para diferenciá-los das demais cédulas da moeda americana.

8 Do presidente Andrew Jackson, ao expulsar uma delegação de banqueiros internacionais do Salão Oval da Casa Branca: “Vocês são um ninho de vespas e ladrões cuja única intenção é acampar em torno da administração federal americana com sua aristocracia monetária perigosa para as liberdades do país”.

9 Do presidente James Madison (quarto presidente americano): “A história registra que os moneychangers se utilizaram de toda sorte de abusos, intrigas e de todos os meios violentos possíveis para manter o controle sobre governos através da emissão de moeda”.

10 A propósito, leia sobre “A República de Weimar”, período de inflação galopante na Alemanha entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, em que o poder de compra do marco alemão foi completamente pulverizado pela altas taxas cobradas dos países aliados vencedores do conflito.

Revista Jus Vigilantibus, Domingo, 12 de outubro de 2008

10.17.2008

Talvez precisássemos ponderar sobre essa "revolução".

Será que está mesmo vindo, do jeito que está sendo considerada pelo autor?

"Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e ainda não percebemos
que a Revolução, uma nova Era já começou!
As pessoas andam um bocado distraídas! Não deram conta que há cerca de 3
meses começou a Revolução! Não! Não me refiro a nenhuma figura de
estilo, nem escrevo em sentido figurado! Falo mesmo da Revolução "a
sério" e em curso, que estamos a viver, mas da qual andamos distraídos
(desprevenidos) e não demos conta do que vai implicar. Mas falo,
seguramente, duma Revolução!
De facto, há cerca de 3 ou 4 meses começaram a dar-se alterações
profundas, e de nível global, em 10 dos principais factores que
sustentam a sociedade actual. Num processo rápido e radical, que
resultará em algo novo, diferente e porventura traumático, com
resultados visíveis dentro de 6 a 12 meses... E que irá mudar as nossas
sociedades e a nossa forma de vida nos próximos 15 ou 25 anos!
... tal como ocorreu noutros períodos da história recente: no status
político-industrial saído da Europa do pós-guerra, nas alterações
induzidas pelo Vietname/ Woodstock/ Maio de 68 (além e aquém Atlântico),
ou na crise do petróleo de 73.
Estamos a viver uma transformação radical, tanto ou mais profunda do que
qualquer uma destas! Está a acontecer na nossa rua e à nossa volta, e
ainda não percebemos que a Revolução já começou!
Façamos um rápido balanço da mudança, e do que está a acontecer aos "10
factores":
1º- A Crise Financeira Mundial: desde há 8 meses que o Sistema
Financeiro Mundial está à beira do colapso (leia-se "bancarrota" e só se
tem aguentado porque os 4 grandes Bancos Centrais mundiais - a FED, o
BCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico - têm injectado (eufemismo
que quer dizer: "emprestado virtualmente à taxa zero" montantes
astronómicos e inimagináveis no Sistema Bancário Mundial, sem o qual
este já teria ruído como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que
virá, ou como irá acabar esta história !...
2º- A Crise do Petróleo: Desde há 6 meses que o petróleo entrou na
espiral de preços. Não há a mínima ideia/teoria de como irá terminar.
Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo jamais voltará aos
níveis de 2007 (ou seja, a alta de preço é adquirida e definitiva,
devido à visão estratégica da China e da Índia que o compram e
amealham!) e começarão rapidamente a fazer sentir-se os efeitos dos
custos de energia, de transportes, de serviços. Por exemplo, quem
utiliza frequentemente o avião, assistiu há 2 semanas a uma subida no
preço dos bilhetes de... 50% (leu bem: cinquenta por cento). É escusado
referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lembrar que
por exemplo toda a indústria de férias e turismo de massas para as
classes médias (que, por exemplo, em Portugal ou Espanha representa 15%
do PI irá virtualmente desaparecer em 12 meses! Acabaram as viagens de
avião baratas (...e as férias massivas!), a inflação controlada, etc...
3º- A Contracção da Mobilidade: fortemente afectados pelos preços do
petróleo, os transportes de mercadorias irão sofrer contracção profunda
e as trocas físicas comerciais (que sempre implicam transporte) irão
sofrer fortíssima retracção, com as óbvias consequências nas indústrias
a montante e na interpenetração económica mundial.
4º- A Imigração: a Europa absorveu nos últimos 4 anos cerca de 40
milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida e formação,
num movimento incessante e anacrónico (os imigrantes são precisos para
fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radicalmente a composição
social de países-chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a
Itália). Este movimento irá previsivelmente manter-se nos próximos 5 ou
6 anos! A Europa terá em breve mais de 85 milhões de imigrantes que
lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio-económico (até agora, vivemos
nós em ascensão e com direitos à custa das matérias-primas e da pobreza
deles)!
5º- A Destruição da Classe Média: quem tem oportunidade de circular um
pouco pela Europa apercebe-se que o movimento de destruição das classes
médias (que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal e à custa
deste governo) está de facto a "varrer" o Velho Continente! Em Espanha,
na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em França os problemas das classes
médias são comuns e (descontados alguns matizes e diferente gradação) as
pessoas estão endividadas, a perder rendimentos, a perder força social e
capacidade de intervenção.
6º- A Europa Morreu: embora ainda estejam projectar o cerimonial do
enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa moribunda já
não tem projecto, já não tem razão de ser, que já não tem liderança e
que já não consegue definir quaisquer objectivos num "caldo" de 27
países com poucos ou nenhuns traços comuns!... Já nenhum Cidadão Europeu
acredita na "Europa", nem dela espera coisa importante para a sua vida
ou o seu futuro! O "Requiem" pela Europa e dos "seus valores" foi chão
que deu uvas: deu-se há dias na Irlanda!
7º- A China ao assalto! Contou-me um profissional do sector: a
construção naval ao nível mundial comunicou aos interessados a
incapacidade em satisfazer entregas de barcos nos próximos 2 anos,
porque TODOS os estaleiros navais do Mundo têm TODA a sua capacidade de
construção ocupada por encomendas de navios... da China. O gigante
asiático vai agora "atacar" o coração da Indústria europeia e americana
(até aqui foi just a joke...). Foram apresentados há dias no mais
importante Salão Automóvel mundial os novos carros chineses. Desenhados
por notáveis gabinetes europeus e americanos, Giuggiaro e Pininfarina
incluídos, os novos carros chineses são soberbos, réplicas perfeitas de
BMWs e de Mercedes (eu já os vi!) e vão chegar à Europa entre os 8.000 e
os 19.000 euros! E quando falamos de Indústria Automóvel ou Aeroespacial
europeia...helás! Estamos a falar de centenas de milhar de postos de
trabalhos e do maior motor económico, financeiro e tecnológico da nossa
sociedade. À beira desta ameaça, a crise do têxtil foi uma brincadeira
de crianças! (Os chineses estão estrategicamente em todos os cantos do
mundo a escoar todo o tipo de produtos da China, que está a
qualificá-los cada vez mais).
8º- A Crise do Edifício Social: As sociedades ocidentais terminaram com
o paradigma da sociedade baseada na célula familiar! As pessoas já não
se casam, as famílias tradicionais desfazem-se a um ritmo alucinante, as
novas gerações não querem laços de projecto comum, os jovens não querem
compromissos, dificultando a criação de um espírito de estratégias e
actuação comum...
9º- O Ressurgir da Rússia/Índia: para os menos atentos: a Rússia e a
Índia estão a evoluir tecnológica, social e economicamente a uma
velocidade estonteante! Com fortes lideranças e ambições estratégicas,
em 5 anos ultrapassarão a Alemanha!
10º- A Revolução Tecnológica: nos últimos meses o salto dado pela
revolução tecnológica (incluindo a biotecnologia, a energia, as
comunicações, a nano tecnologia e a integração tecnológica) suplantou
tudo o previsto e processou-se a um ritmo 9 vezes superior à média dos
últimos 5 anos!
Eis pois, a Revolução!
Tal como numa conta de multiplicar, estes dez factores estão ligados por
um sinal de "vezes" e, no fim, têm um sinal de "igual". Mas o resultado
é ainda desconhecido e... imprevisível. Uma coisa é certa: as nossas
vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças
marcar-nos-ão (permanecerão) nos próximos 10 ou 20 anos, forçando-nos a
ter carreiras profissionais instáveis, com muito menos promoções e
apoios financeiros, a ter estilos de vida mais modestos, recreativos e
ecológicos.
Contrariamente a um comentador que muito estimo pelo seu brilho e
inteligência (Carlos Magno, programa "Contraditório" da "Antena 1", 13
de Junho) eu não acho que o Mundo está "a entrar num crepúsculo" (sic).
Espera-nos o Novo! Como em todas as Revoluções!
Um conselho final: é importante estar aberto e dentro do Novo,
visionando e desfrutando das suas potencialidades! Da Revolução! Ir em
frente! Sem medo!
Afinal, depois de cada Revolução, o Mundo sempre mudou para melhor!..."

Post Scriptum:- Teoria interessante... ou mesmo muito interessante
mas... reservo-me o direito de discordar da parte final. Após cada
Revolução o mundo nem sempre mudou para melhor. Apenas mudou... nada mais

10.16.2008

Coronel Ustra, o senhor não está só... Parte III...

Exacerba-se a vindita

Os vencedores da revolução anticomunista de 1964 concederam aos derrotadosuma generosa anistia - ampla, geral e irrestrita. Em outros países, na grande maioria dos casos, os vencedores de revoluções, como em CUBA, tão reverenciada pela esquerda brasileira, e na URSS e na CHINA, ao invés do perdão, concediam aos derrotados a honraria de um pelotão de fuzilamento

Os vencedores de 64 tiveram que defender alguns vencidos das ambições desmedidas de outros derrotados. O Presidente Figueiredo teve que ser duro com o deputado Ulisses Guimarães, com medo de perder liderança com o regresso de outros do exterior, como Leonel Brizola e Miguel Arraes. Pela vontade do deputado, tão louvado, hoje, apesar do caráter duvidoso, os que estavam no exterior não deveriam se candidatar a cargo eletivo.

Mas Figueiredo bateu o pé e afirmou: lugar de brasileiro é no Brasil. Bonito, mas deu no que deu! De nada valeu a grandeza do gesto. Passados alguns anos, os perdoados pagaram com um tapa na cara àqueles que lhes estenderam a mão trazendo-os de volta ao seu chão natal. Sedentos de ódio, vingança e ambição, após conquistarem o poder, partiram para uma revanche sem pudor.

Começaram a chover acusações levianas e mentirosas de prisões de inocentes, maus tratos a presos e assassinatos cometidos somente pelo lado do regime denominado por eles de "ditadura militar". O atual senador ROMEU TUMA, íntimo do PODER MILITAR, foi testemunha ocular do que se passava, no que eles alcunham de "porões da ditadura". Poderia dizer se presenciou a prática de tortura a que se referem e, se por acaso, dela participou. Não cremos que ficará calado para aparecer como bom moço.

Os inocentes "anjinhos" subversivos da época não cometeram nenhum crime, queriam apenas salvar a "democracia brasileira"... Que democracia queriam? Diz JACOB GORENDER - comunista - (pg. 248 do livro - Combate nas Trevas) o seguinte: "A esquerda brasileira de inspiração marxista pegou duas vezes em armas. Em 1935 e 1968-1974". Na pg. 235 do mesmo livro afirma:

"Organizações de esquerda praticaram atos aqui expostos sem subterfúgios: atentados a bombas e armas de fogo, assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas e de aviões, matanças de vigilantes, policiais e elementos das Forças Armadas, justiçamento de inimigos, guerrilha urbana e rural". Puro terrorismo. Vão também condenar os terroristas? Estão anistiados? Será que alguém foi plantar rosas em CHAMBIOÁ?

Pegaram o Cel USTRA como vítima e cada dia mais silentes ficam os chefes. É certo? Chefe defende o subordinado quando ele é acusado sem provas.

Agora, passados mais de 40 anos, acaba de ser considerado torturador, por um Juiz (também revanchista?), o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado levianamente de praticar tortura. Ele estava simplesmente cumprindo ordens superiores, inquirindo subversivos comunistas, num órgão legitimamente criado para se opor às forças do mal que estavam, naquela época, firmemente dispostas a transformar a nossa Pátria num satélite do comunismo internacional, ideologia contrária à índole do povo brasileiro.Mas não se podendo comprovar ter sido torturador.

As Forças Armadas foram ultrajadas e ofendidas pela sentença do Juiz Gustavo Santini Teodoro (também um revanchista?), da 23ª Vara Cível de São Paulo, pois os militares dessas Forças foram formados e orientados, desde os primeiros bancos escolares militares a cumprir ordens dos seus superiores, condição basilar da doutrina militar em qualquer parte do mundo. Caso não haja uma reação imediata e enérgica dos comandantes militares em defesa da honra do Cel. Ustra. as Forças Armadas Brasileiras estarão, irremediavelmente, caminhando para a sua desmoralização.

Será que a parcialidade do comunista ministro da justiça Tasso Genro, demonstrando alegria nas TV, será engolida sem uma reação? Ele deveria se dedicar mais a prender os ladrões do seu governo corrupto e com quem convive.

O GRUPO GUARARAPES não aceita, sem contestar, que um indivíduo desse venha, amanhã, a receber alguma medalha militar.

O CEL USTRA NÃO ESTÁ SÓ. OS QUE HONRAM A FARDA DEVEM ESTAR AO SEU LADO,SEJA NA ATIVA OU NA RESERVA. ELE TEM A CABEÇA ERGUIDA, POIS O CUMPRIMENTO DO DEVER É A MAIS NOBRE MISSÃO DO SOLDADO. USTRA É UM MILITAR DIGNO. MUITOS BAIXAM A VISTA - NÃO PODEM OLHAR NOS SEUS OLHOS.

Fonte: Grupo Guararapes

Transcrito do Ternuma


Um único comentário meu:

► Olha, eu não costumo criticar os artigos que provêem de fontes importantes como eu julgo que seja o Grupo Guararapes, mas hoje vou criticar... admiro demais o General Torres de Melo, que exerce um papel social jamais sonhado por seus poucos críticos... para quem não sabe o referido Oficial General detém os encargos de um lar de idosos em Fortaleza que cuida de centenas de pessoas, entre atendidos e familiares, numa obra de caridade que já garantiu a ele um lugar muito especial na morada do Grande Arquiteto, quando for sua vez de prestar contas com a Divindade... mas voltando ao brilhante texto digno de ser lido proveniente de um chefe militar, me cabe contestar tão somente os dois últimos parágrafos, pois eles não terão eco na atual conjuntura das legiões... o penúltimo parágrafo é absurdo no sentido de que a paparicação do Comando do Exército para com o poder executivo é sem precedentes... tudo que entra em conexão entre os poucos neurônios dessa gente, o EB já propõe soluções, muitas vezes em sacrifício da própria imagem da instituição, como comprovado naquele lamentável episódio da pseudo-obra do morro da providência... portanto, será impossível evitar a promiscuidade existente entre o EB e aqueles que nos apedrejam diuturnamente... quanto ao último parágrafo, o nobre Gen Torres de Melo, no alto de seu espírito de homem reto e justo, deve estar pautando suas expectativas quanto ao EB de seus tempos de militar da ativa, quando tínhamos homens corajosos na instituição... há 31 anos, o último homem corajoso a vestir uma farda na ativa foi jogado na masmorra de suas boas intenções para com a pátria... chamava-se Sylvio Couto Coelho da Frota... depois dele, alguns meio corajosos e hoje, alguma almas penadas gostariam de ter voz, mas esperam ir para a reserva e começam a esturrar tal onça no cio... de qualquer forma, concordando com tudo ou não, minha solidariedade ao Gen Torres de Melo, o qual vemos na foto acima e apresentar novamente minha intensa admiração pela sua cidadania, demonstrada não só no texto ora transcrito, mas por seu trabalho como guardião da terceira idade desamparada do Ceará...

10.15.2008

Capitão Charles Rodney Chandler: 40 anos da sua morte por terroristas brasileiros

Do Observatório de Inteligência


Carta ao meu caro capitão Chandler

Esteja onde estiver no infindável caminho das estrelas, não posso deixar de transmitir-lhe esta mensagem e lembrar que, hoje, Dia das Crianças, há 40 anos, naquela manhã da primavera de 12 de outubro de 1968, às 8hs e 15min, seus filhos Luane e Todd de 3 anos, Jeffrey com 4 e Darryl com 9 perdiam o pai, que saía de casa na rua Petrópolis para mais uma aula na Escola de Sociologia e Política.

Você foi uma das inocentes vítimas dos terroristas brasileiros, 8 tiros à queima roupa e uma rajada de metralhadora, morto em covarde emboscada, estúpida insanidade de terroristas assassinos, hoje, anistiados. Uns professores, outros pensionistas da ditadura, todos admirados e louvados pelo atual governo federal, contrariando a restante cultura judaico-cristã do meu país.

Lembro-me do nosso último aperto de mão, na manhã de inverno do Dia do Soldado, em solenidade do quartel do Exército no Ibirapuera, dias antes da sua partida para a eternidade. Ainda posso vê-lo com o impecável uniforme bege e as insígnias da US-Army, no garbo dos seus trinta anos de juventude, ao lado da sua linda esposa Joan.

Recordo-me da nossa época e da nossa amizade, quando você partiu da América para o Vietnan, nas primeiras convocações de combatentes de l966, e eu tive que deixar sua terra após meu curso de Defesa Nacional, pois receava ter que optar pela permanência definitiva em seu país e correr o risco de ir para o sudeste asiático. Você foi muito corajoso na sua missão, mas o Brasil naquelas circunstâncias necessitava da minha ajuda na educação para a democracia das novas gerações.


Você regressou como herói de guerra para usufruir a bolsa de estudos em minha pátria e sua morte foi justificada pelos insanos autores como um “justiçamento” pela sua ação no Vietnan.

O brutal acontecimento chocou o mundo, por ser o Brasil um país pacifico e não imperialista. Mas o presidente João Figueiredo já lhe contou que pretendeu a pacificação da nação ao promulgar a sua Lei de Anistia, queria passar uma borracha nessa história sangrenta e nojenta que a esquerda provocou. Esquerda que esconde da nação a verdade dos seus objetivos.

Creio que seus amigos e companheiros vítimas do holocausto devem estar envergonhados do Tarso Genro, ministro da justiça, o neto do judeu-alemão Hermann Hers, que emigrou para o Brasil e o viu nascer em l947. Os Hers foram enganados e se tornaram vítimas do Partido Trabalhista Nacional Socialista, o PT nazista, uns indo para os campos de concentração e outros emigrando para Inglaterra e América do Sul.

O Tarso Hers Genro não quer saber de suas origens, apenas aprecia a cultura judaica. Mas, aqui, a comunidade israelita não vai muito com a cara dele, dizem que ele tem sangue judeu e alma comuno-nazista, que aprecia e patrocina a malta de assassinos e terroristas anistiados que pretendiam a ditadura comunista. Bem, a esquerda usa o poder pelo facilitador atual, o Mr. Da Silva, mas sabe que terrorismo no Brasil, jamais.


Filho e neto do Capitão Charles Chandler

Capitão Chandler, só lamento que nesta data, quando estaria com 70 anos, você esteja sendo lembrado pela sua família e pelo “Brasil acima de tudo” por tudo o que poderia ter feito, dedicado uma longa vida para as boas relações da América com o Brasil. Você e sua família adoravam minha terra verde amarela. Você se deliciava com interesse nos estudos na Escola de Sociologia e Política, a mesma de FHC. Entre nós, aqui nos trópicos, poderia ter sido estimulante escrever livros como um notável brasilianista, admirador do Gilberto Freire, do Delgado de Carvalho, do Darcy Ribeiro, do Meira Mattos, do José de Castro, do Celso Furtado e do Cascudo, seus companheiros de bate-papo no cotidiano do oriente eterno.

Quer saber de uma coisa Chandler? Creio que você está muito bem junto às estrelas. Aqui na Terra, as coisas estão confusas, há uma grande desordem. Esteja certo de que está na companhia de grandes benfeitores e mentores espirituais da humanidade.

Para encerrar, sabemos que sua esposa Joan é líder de uma encantadora família que aprendeu a admirar o capitão Chandler da US-Army, do mesmo Exército que minha pátria se ofereceu e integrou com a FEB na II Guerra para livrar a Europa da escravidão do terror nazi-fascista. Sua foto permanece nos porta-retratos dos lares de todos seus descendentes.

Desculpe pelo que meus insanos patrícios fizeram com você neste dia, passados 40 anos, com a emoção da sua imagem e do último aperto de mão,

Orion Alencastro