Produzido com a grana dos trabalhadores, via contribuição obrigatória ao SESI, e também de uma penca de empresas que, para ganhar dinheiro grosso com as estripulias da quadrilha lulo-petista, dão com uma mão, para receber com duas, foi lançado, há pouco mais de uma semana, o filme "Lula, O Filho do Brasil".
AmBev – Em 2005, o BNDES destinou 319 milhões de reais para a empresa de bebidas.
Camargo Corrêa – A construtora participa das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, tendo recebido, em 2008, 102,7 milhões de reais.
CPFL Energia – O controle da distribuidora de energia está dividido entre a Camargo Corrêa, o BNDES e fundos de pensão de estatais.
EBX, do Eike Batista — aquele que queria um empurrão do Planalto para ficar com a Vale - "doou" 1 milhão de Reais. Os empréstimos feitos pelo BNDES às empresas de Eike Batista ultrapassam 3 bilhões de reais só neste ano.
GDF Suez – A empresa faz parte do consórcio responsável pelas obras da hidrelétrica de Jirau e recebeu do BNDES empréstimo de 7,2 bilhões de reais.
Grendene – O BNDES aprovou, em 2008, financiamento de 314 milhões de reais para a aquisição total do controle acionário da Calçados Azaléia pela Vulcabrás dos mesmos controladores da Grendene.
Hyundai – Em 2007, o governo federal deu uma mãozinha para a implantação da fábrica da montadora em Goiás.
Neoenergia – O Banco do Brasil e a Previ (fundo de pensão dos funcionários do BB) detêm, juntos, 61% da companhia. Em 2008, o BNDES aprovou crédito superior a 600 milhões de reais para a construção de usinas pelo grupo.
OAS – Foi uma das financiadoras da campanha de reeleição de Lula. Participa das obras do PAC, tendo recebido, em 2007, 107 milhões de reais.
Odebrecht – Venceu em 2007, em parceria com a estatal Furnas, a licitação para a construção da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. O valor do investimento foi definido em 9,5 bilhões de reais, com 75% do total financiado pelo BNDES.
Oi – O BNDES aprovou, na semana passada, financiamento de 4,4 bilhões de reais, o maior valor já concedido para uma empresa de telecomunicações. Desde a aquisição da Brasil Telecom (BrT), bancos públicos já aprovaram empréstimos de mais de 11 bilhões de reais ao grupo Oi. O BNDES e a Previ têm participação no bloco de controle da companhia de telefonia.
Volkswagen – Tem contrato com o governo para o programa Caminho da Escola para a renovação da frota de ônibus escolares. Em agosto, entregou o primeiro lote de 1 100 veículos, pelo qual recebeu 223 milhões de reais.
Os trabalhadores sindicalizados, ou seja, os que, indireta e obrigatoriamente, contribuíram com boa parte dessa montanha de dinheiro usado para a produção do filme, podem assistir ao filme, pagando meia entrada, e devem estar vibrando com essa bolsinha-cinema. Estão vibrando de raiva, certamente.
Agora, vejamos, em números, o retumbante fracasso do filme nas bilheterias dos cinemas, tomando por base os números informados pelo sita da Folha On Line, em
http://www1.
Em 7 dias de exibição, o filme foi assistido por 329.278 espectadores. Tendo sido lançado simultaneamente em 354 salas por todo o país, vale dizer que cada uma desses cinemas recebeu, em média, o resultado da divisão do total de expectadores pela quantidade de salas, logo, 329.278 / 354, o que dá, em números redondos, 930 pagantes em cada sala numa semana. Dividindo-se 930 por 7 (dias), teremos então a média diária de 132 pessoas por dia. Como os cinemas oferecem, pelo menos, duas sessões diárias, podemos dizer que cada sala recebeu 132/2, que dá 66 pessoas em cada sessão. Ora! Ainda que o dono do cinema seja um petista roxo, duvido muito que ele vai dormir feliz, sabendo da respeitável grana que estará perdendo em cada sessão se deixar o filme em cartaz.
O QUE DIZEM OS CRÍTICOS DE CINEMA:
Cineasta tremendamente limitado (e acreditem: acho triste ter que escrever isso sobre alguém que se encontra hospitalizado)
http://www.cinemaem
Se isso não bastasse, o principal ingrediente do filme parece ser o sentimentalismo barato daquelas produções “feitas para chorar”. Por tudo isso, e pelo simples fato de que teria sido mais decente esperar o fim da era Lula para rodar o filme, a produção da família Barreto não vale o ingresso nem a pipoca." (Leonardo Attuch, Revista Istoé)
http://fredburlenoc
O problema é que, passados os 25, 30 minutos iniciais, o capricho dá lugar à burocracia. Fabio Barreto, claramente inspirado em 2 Filhos de Francisco e seguindo o já comentado caráter oficialesco do projeto, liga o piloto automático e dirige tudo da maneira menos interessante possível. Nunca chega a fazer um filme ruim, mas não consegue mesmo fazer um bom trabalho. (Chico Fireman).
http://www.interney
Apesar de ter visto uma cópia ainda não finalizada, creio que não há como salvar um material arrastado, desinteressante e com várias seqüências dramáticas desperdiçadas pela falta de sensibilidade do roteiro e direção no conjunto da obra. O filme começa bem (no sertão), mas desenrola com pouca emoção sem divertir muito, limitando-se a contar uma estória linear como num documentário modorrento quebrando a regra básica que cinema é entretenimento. (Site "Minha Praia É O Cinema").
http://cinemaeaminh
Enfim, se você quer ver em que tipo de evento é empregado o seu suado dinheiro, via impostos que, no total, correspondem a mais de 4 meses de trabalho por ano — lembre-se que a dinheirama que a quadrilha entrega a essas empresas, seja via doação camuflada de empréstimo, seja para pagamento de obras super-faturadas, não cai do céu — vá ao cinema e assista a mais esse abuso. Pelo menos em dos aspectos, a sua excursão será proveitosa: para assistir à obra cinematográfica mais cara já produzida no Brasil, você poderá escolher, à vontade, onde acomodar-se na sala de projeção.
E não esqueça este detalhe: o filme foi feito com o seu dinheiro, mas você terá de pagar para assisti-lo. Se é sindicalizado, terá direito à nova modalidade de bolsa cata-votos: a bolsinha-cinema, que lhe dá direito a pagar meia-entrada. Portanto, sorria; "você está sendo filmado".
MG > Levanta Brasil – União e clamor uníssono
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