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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

12.31.2007

Ficamos mais bestiais

Luiz Moyses perdeu a mulher na tragédia da TAM. Na tragédia do Aeroporto de Congonhas. Na tragédia do Airbus. Na tragédia da Anac. Na tragédia da Infraero. Na tragédia de Lula. Chame do jeito que quiser.

 

Luiz Moyses era de Porto Alegre. Depois do acidente, a TAM o acomodou no Hotel Blue Tree, em Moema, perto de Congonhas. Em 31 de agosto de 2007, à noite, ele estava no bar do hotel, acompanhado por dois outros familiares de vítimas do Airbus. No mesmo dia, ocorrera a abertura do III Congresso Nacional do PT. Mais de 150 delegados do partido também estavam hospedados no Hotel Blue Tree. O PT sempre se deu bem com o Hotel Blue Tree. Um dos delegados petistas foi confraternizar com Luiz Moyses, imaginando que ele fosse um correligionário. Luiz Moyses repeliu-o dizendo que Lula era o culpado pela morte de sua mulher. O delegado petista tentou agredi-lo. Insultou-o. Disse que os parentes dos mortos da TAM estavam chorando demais. O agressor só foi contido pelo deputado baiano Joseph Bandeira e pelos guarda-costas do partido.
 
O próprio Luiz Moyses relatou-me o episódio alguns meses atrás. Nesta semana, à procura de uma imagem que sintetizasse o ano, lembrei-me dele. Mais do que pelo acidente de Congonhas, 2007 ficará marcado pela bestialidade que deflagrou. Da alegria indecente de Lula na posse de Nelson Jobim ao top, top, top de Marco Aurélio Garcia quando o Jornal Nacional falou sobre o reversor pifado, o Brasil desceu mais uns degrauzinhos na escala de civilidade.
 
Em 2005 e 2006, o conflito foi entre lulistas e antilulistas, entre achacadores e achacados, entre quadrilheiros de um bando e de outro. 2007 foi pior: o conflito passou a ser mais essencial, mais primário, entre a selvageria e a humanidade. Os fatos do Hotel Blue Tree resumem idealmente o que aconteceu no país nos últimos tempos. Num artigo pomposo como este, em que se analisa o passado em busca de ensinamentos para o futuro, cai bem citar um autor ilustre.
 
É kitsch, mas cai bem. Pensando em Lula, em Marco Aurélio Garcia e no agressor de Luiz Moyses, cito o autor mais manjado de todos, Samuel Johnson: "A piedade não é natural ao homem. Crianças são sempre cruéis. Selvagens são sempre cruéis. A piedade é adquirida e aperfeiçoada pelo cultivo da razão".
 
A mulher de Luiz Moyses chamava-se Nádia. Foi sua primeira namorada. Eram casados havia sete anos. Quando Nádia morreu, Luiz Moyses vendeu sua empresa e mudou-se de Porto Alegre. Atualmente, ele tenta reconstruir sua vida em outro lugar, ao mesmo tempo que coordena as atividades do grupo de parentes dos 199 mortos de Congonhas. Chegou a ser recebido por Lula no Palácio do Planalto. Perguntou o motivo do descaso do governo com a segurança nos aeroportos. Lula respondeu, segundo ele, que "o povo brasileiro nunca pediu segurança, pediu que modernizássemos os terminais". Lula teria acrescentado que o Brasil "possui os melhores terminais do mundo, com shopping center e tudo o mais".
 
O ano acabou. A tragédia da TAM ficou para trás. Menos para Luiz Moyses e todas as pessoas que perderam parentes ou amigos. Eles continuam a buscar respostas para os acontecimentos daquele fim de tarde de julho. Reúnem-se, confortam-se, trocam mensagens. A última suspeita que circula entre eles é que o piloto do Airbus teria pedido autorização para aterrissar no Aeroporto de Guarulhos, mas tivera seu pedido negado pelos controladores. Em 2007, o Brasil pediu para aterrissar numa pista longa e segura, mas acabou numa pista incerta e escorregadia, "com shopping center e tudo o mais".
Por Diogo Mainardi


Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

             


Chávez faz piada e volta a ridicularizar Lula

Veja o 'respeito" dedicado ao nosso governo, para  vergonha dos brasileiros que a possuem.... Culpa de quem?  Certamente, não faltará quem ache apenas engraçado!

        Chávez faz piada e volta a ridicularizar Lula e também Garcia
 - No melhor estilo Fidel Castro, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, falou ontem durante mais de duas horas com jornalistas no Palácio de Miraflores, no Centro de Caracas.

Entre um detalhe e outro sobre seu plano de libertação dos reféns das Farc, Chávez aproveitou para fazer piada sobre a fluência no idioma espanhol do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    "Eu conversei com o Lula ontem (sobre a participação do Brasil na entrega
dos seqüestrados) e ele está falando muito melhor o portunhol. Vocês não
acreditam. Quando ele assumiu, eu entendia só uns 40% do que ele falava.
Agora não, melhorou muito!", disse o líder venezuelano, arrancando
gargalhadas de jornalistas e assessores.

Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula para assuntos
internacionais, também foi alvo das brincadeiras de Chávez, que revelou que o brasileiro seria o representante do país na libertação dos reféns..

"Marco Aurélio é muito experiente em questões internacionais e já participou de algumas bem delicadas. Durante a revolução na Bolívia, há muitos anos, ele estava em Santa Cruz de la Sierra quando, por telefone, me falou: -'Chávez, estão lançando dinamites aqui. O que eu faço?' E eu respondi: -'Corre, Marco Aurélio, corre!'."


Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

         


12.29.2007

Argentina negocian con los EE.UU. la compra de aviones de combate



Argentina
Negocian con los EE.UU. la compra de aviones de combate
El Ministerio de Defensa está muy interesado en los cazabombarderos F-16
(El primer desafío para Cristina Kirchner)

Los diplomáticos argentinos definen que las relaciones con los Estados Unidos pasan por un muy mal momento. El fantasma de Guido Antonini Wilson se entromete en todo relato local que apunta a Washington. Sin embargo, otra agenda mantiene abiertos canales de interés común. La Argentina negocia con los Estados Unidos la compra de aviones de combate.

Importantes funcionarios argentinos y norteamericanos tuvieron en los últimos quince días reuniones para que nuestro país adquiera cazabombarderos F-16.

Tanto del lado argentino como del norteamericano confirmaron a LA NACION la apertura de las conversaciones. Los representantes de los Estados Unidos manifestaron su interés en que pueda concretarse la operación, cuyo valor no trascendió dado que Washington ofreció usar el sistema de venta de armas a países amigos, mecanismo que permite disminuir considerablemente los costos.

En el Ministerio de Defensa argentino tienen a los cazabombarderos F-16 como prioridad en aviones de combate, por sobre la oferta francesa de Mirage 2000. En ambos casos se trata de aeronaves usadas.

Hace una semana, un enviado del gobierno de Nicolas Sarkozy visitó el Ministerio de Defensa para renovar la propuesta que Francia había realizado durante la administración de Jacques Chirac: 12 Mirage 2000 a un precio total de 90 millones de euros. Se llevó la respuesta de que hoy el ofrecimiento norteamericano de F-16 presentaba mejores condiciones económicas para nuestro país. De todas maneras, la delegación francesa no se fue ofendida porque su cartera de propuestas era más amplia que el punto referido a los aviones.

Dos meses atrás, fueron los representantes de la industria militar israelí los que presentaron una carpeta comercial con F-16, momento en el que volvió a hablarse de ese avión de combate multipropósito. Entonces llegó la propuesta de los Estados Unidos.

Los tiroteos diplomáticos de los últimos días con los norteamericanos no alcanzaron a impactar sobre las negociaciones en marcha, más que nada porque la decisión argentina se tomaría en el final del primer semestre de 2008, tiempo de trabajo suficiente para colocar bajo un paraguas técnico al trascendental acuerdo militar. Aunque toda venta de sistemas de armas de los Estados Unidos debe contar con el acuerdo de los legisladores de ese país.

Un día antes de que estallase el escándalo judicial de Antonini Wilson en Miami, el Congreso norteamericano había destrabado la prometida venta de helicópteros de transporte Sea King para la Armada.

DEFESA@NET - NA FIDAE de 2000 a Lockheed apresentou uma montagem com os F-16 sobrevoando as cataratel com as cores da FAA

Necesidades

La Argentina busca ahora aviones de combate para reemplazar a las distintas versiones del sistema de armas Mirage, que opera en el país desde los años 70. El 1° de mayo último, uno de esos cazas se estrelló durante un vuelo de exhibición en Tandil y el piloto falleció. Esa situación y el antecedente del siniestro del rompehielos Irízar pusieron en evidencia la necesidad de modernizar los medios militares argentinos.

La última compra de aviones de combate se realizó a mediados de los años 90, cuando los Estados Unidos vendieron 36 cazabombarderos A4 para reemplazar a los perdidos en la guerra en las islas Malvinas en 1982. La falta de presupuesto no permitió sostener esos aviones y hoy son muy pocos los que están en capacidad de operar.

Uno de los intereses compartidos por funcionarios argentinos y norteamericanos tiene que ver con la posibilidad de homologar los sistemas de armas en la subregión, ya que el soporte de la defensa aérea de Chile lo representan, justamente, los cazabombarderos F-16.

Para los Estados Unidos se trata de un tema importante la unión castrense que alcanzan la Argentina y Chile, al punto que los jefes de la fuerza Cruz del Sur, el batallón integrado por soldados argentinos y chilenos, fueron invitados a dar una serie de conferencias en el Pentágono para explicar la forma en que dos ejércitos que estuvieron a punto de entrar en guerra pudieron unir sus tropas en señal de confianza mutua. Fuentes norteamericanas aseguran que ese batallón será mostrado como "un ejemplo para el mundo".

Con una relación militar importante - aumentaron en los últimos años los ejercicios conjuntos-, la agenda positiva que maneja la diplomacia norteamericana con nuestro país habilitó la posibilidad de que se obtengan los F16. El paso inicial fue dado, pese a Antonini Wilson y su valija.


Postado por MiguelGCF
Editor do Impunidade Vergonha Nacional


Nosso IDH - 2 BRASILEIROS JÁ DEIXARAM A MISERIA

Analise lúcida

É impressionante que uma critica dessas venha de um professor da USP, toda dominada pela esquerda e por pseudo intelectuais.


O professor vai comer o pão que o diabo amassou por dizer a verdade e pela ousadia de pensar diferente dos esquerdopatas de plantão. Parece que ainda há esperança para a USP.

Todos conhecem o filme Forrest Gump, que narra a história de um imbecil que sobe na vida auxiliado por circunstâncias a ele absurdamente favoráveis.

Pois nós brasileiros temos aqui nosso Forrest Lula, pelas razões que apresentarei abaixo.

1) Ele pensa que chegou a presidente pela competência, mas foi por uma junção entre sua persistência malufiana e o 'mudancismo' do eleitor, que só pelo desejo de mudar nem se sabe o quê vota alternadamente em candidatos como Collor e Maluf, e depois em Lula & companhia.

2) Ele pensa que é respeitado lá fora, mas não passa de uma curiosidade zoológica, como o mico-leão dourado. A esquerda romântica de lá acha lindo um operário do terceiro mundo ter virado presidente: Se ele é competente ou não, o terceiro mundo que se dane. Ele recebe essa corda toda e acredita.

3 ) Ele pensa que trouxe programas sociais, mas a única coisa que o PT fez foi proteger os terroristas sem-terra, e transformar o bolsa-escola em bolsa-esmola.

4) Ele pensa que faz sucesso com a imprensa, mas na verdade contou, pelo menos até os recentes escândalos, com uma imprensa domesticada e cordial.

5) Ele pensa que não existe ninguém que possa questioná-lo tanto em ética quanto em política, mas isso só acontece por que ele nunca se expôs a entrevistas coletivas sérias, com jornalistas especializados, onde teria de dar uma satisfação objetiva de seu desempenho.

6) Ele pensa que é imune a essa crise porque seu percentual de aprovação ainda é alto, mas as pessoas que ainda confiam nele são aquelas tão avessas à leitura quanto seu presidente, e por isso nem sabem o que acontece.

7) Ele pensa que é responsável pelo sucesso da política econômica , mas isso aconteceu porque a diretriz econômica foi a única herança do governo anterior que ele não estragou.

8) Ele pensa que causou o aumento das exportações, embora isso tenha sido conseqüência de uma série de fatores anteriores a seu governo, mais as circunstâncias favoráveis no cenário internacional.

9) Ele pensa que não sofrerá impeachment por estar acima de tudo o que acontece, embora Collor tenha sido defenestrado por muito menos. Na verdade, ele só vai ficar lá porque não interessa a ninguém transformá-lo em mártir, dando-lhe chance de retornar à cena política, ao mesmo tempo que ninguém quer ver o escroto do Alencar tomar o poder e arruinar a política macro-econômica.


 Wagner Valenti.
Professor da USP / Departamento de Biologia Aplicada.
(*) é um bom prof. de Biologia, pois, mostrou que entende bem de moluscos, vermes e parasitas...

“A natureza quando agredida não se defende; porém, ela se vinga.”
SE VOCÊ QUISER, PASSE ADIANTE!
 
Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional     

 



12.25.2007

MILITARES ALERTAM O POVO, SOBRE O GOVERNO LULA

Manifesto à Nação Brasileira

Cidadãos Brasileiros! Companheiros!

"... dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei com o sacrifício da própria vida".


Essas são as palavras finais do sagrado juramento à Bandeira que todo cidadão brasileiro faz ao ser incorporado às Forças Armadas.

Hoje, vemos a Pátria vilipendiada e seus valores morais sendo destruídos pela omissão e pela degradação moral que permeiam os bastidores do Poder constituído, numa afronta ao cidadão honesto e trabalhador, que já não tem exemplos a mostrar aos filhos, sobre os reais valores que devam ser cultivados.

A verdade histórica vem sendo deturpada por um revanchismo disfarçado e hipócrita, que nenhum benefício traz ao povo brasileiro. Serve apenas para confundi-lo, para desviar a sua atenção dos verdadeiros problemas do País.

As Forças Armadas, desde o governo antecessor, vêm sofrendo uma campanha de desmoralização e vêm sendo progressivamente sucateadas, para que o seu poder de reação seja enfraquecido, numa orquestração eficaz, ditada por interesses que não são os dos nossos cidadãos.

A grande massa do eleitorado, desinformada politicamente e revoltada com o caos social que tomou conta da Nação, foi habilmente trabalhada para optar por "vencer o medo", em proveito da "esperança" de reformas sociais e econômicas e de ações bem mais concretas, como a criação de novos empregos, prometidas durante a campanha de um governo que, até hoje, não se mostrou capaz de cumpri-las.

A propriedade privada, sagrado direito em uma Nação livre e democrática, vem sendo sistematicamente desrespeitada com a explícita omissão do Governo, que não age no sentido de impedir a ação criminosa dos movimentos chamados, tendenciosamente, pelas autoridades constituídas, de sociais, numa demonstração cabal de falta de autoridade ou vontade política.

A violência, rural e urbana, está completamente sem controle, e a população, refém dos criminosos, não tem mais a mínima segurança. A autoridade do Estado é posta à prova a todo o momento, levando aos marginais a sensação de liberdade de ação e de impunidade, numa escalada crescente de audácia e desafio à sociedade. Toques de recolher, fechamento do comércio e de escolas, cerceamento do direito de ir e vir demonstram sistematicamente o nível de poder do crime organizado.

O funcionalismo público está sendo responsabilizado por um déficit da previdência que, sabidamente, foi causado pela corrupção e pela incompetência do governo em gerir verbas públicas.

A impunidade, no nosso País, virou regra geral, e o crime do colarinho branco passou a ser altamente compensador.


Juros absurdos, tributos escorchantes e corrupção generalizada degradam todos os setores da Nação, inviabilizando-a no caminho do desenvolvimento, tão essencial para a geração de empregos, a qualidade de vida e a justiça social.
Pune-se o cidadão honesto em favor do sonegador e do esperto.

Leis são completamente desmoralizadas pela desobediência ostensiva e generalizada, com conhecimento e omissão do Poder Público.


Juízes e funcionários públicos de setores essenciais vêem-se na contingência de paralisarem parcialmente o Estado por meio de greves, porque colocar o Governo contra a parede configura-se como a única maneira de conseguirem que seus direitos sejam respeitados.

Com a criação de instrumentos coercitivos ditatoriais, pretende-se amordaçar a imprensa e a produção audiovisual, incluído aí o cinema.

Desarmam-se os cidadãos de bem, impedindo-os de fazer uso do recurso legal da legítima defesa, mas não se tomam as armas de guerra em poder dos bandidos.

Utilizam-se recursos de banco estatal em favor do partido político no Governo.

Como se os comensais dos palácios estivessem acima do bem e do mal, criam-se obstáculos à verificação da idoneidade de homens que exercem cargos públicos.

Pretende-se acabar com a independência dos Poderes, atribuindo-se a membros do partido-estado a incumbência do controle externo do Poder Judiciário.

Tenciona-se restringir a capacidade investigativa dos parlamentares e proibir a dos procuradores da República.

Estimula-se o culto à personalidade, na tentativa do ressurgimento de um Grande Timoneiro que, às custas do erário, divulga os seus desconhecimentos primários nos quatro cantos do mundo.

Por último, com uma visão tão equivocada que quase invade os limites de grave não-conformidade mental, pretende-se abrandar o cumprimento de penas decorrentes do cometimento de crimes hediondos!

Cidadãos Brasileiros!

Os signatários deste Manifesto, que conta com o apoio de civis patriotas e de parcela expressiva da reserva das Forças Armadas - a ativa é impedida por lei de se manifestar - vêm a, público, denunciar o atual estado em que se encontram a Nação Brasileira e a sua Instituição Militar.

Em um momento da vida nacional em que o povo mais precisa das Forças Armadas para o restabelecimento da ordem e da garantia das Instituições, fiquem certos de que elas não se acovardarão ante o processo de desvalorização dos seus integrantes e da premeditada ação de anulação de sua capacidade de reação e de cumprimento do seu dever, nem face a tentativas de implantação de regimens totalitários, contrários às nossas mais sagradas tradições.

Brasileiros, o quadro é grave.

A honra da Pátria, sua integridade e suas instituições estão definitivamente ameaçadas.
O Brasil pede socorro aos patriotas.

O honroso juramento à Bandeira exige que tomemos uma providência imediata e decisiva para que se restaure, ainda em tempo hábil, não somente a adequada capacidade operacional das nossas Forças Armadas, mas, sobretudo, o respeito às nossas Instituições, à irrestrita liberdade de expressão do pensamento, ao pleno exercício da democracia.

Só assim, teremos a capacidade de manter um Estado soberano e em condições de realizar as mudanças necessárias ao progresso e ao bem estar dos brasileiros.

Não se engane o povo com falsos argumentos de descarte do seu cidadão soldado e com falsas alegações de que não há inimigos nem guerras a serem travadas, pois se, aparentemente, não os vemos é porque ainda resta, nas nossas Instituições Militares, alguma capacidade de dissuasão.

Chegamos à crítica situação em que os profissionais militares têm de custear a saúde dos recrutas com descontos nos seus contracheques e acréscimos nas indenizações de atendimento médico-hospitalar.

Comandantes sem recursos, muitas vezes, tiram dinheiro, do próprio bolso, para evitar, por exemplo, que a sua viatura pare, comprometendo ainda mais a capacidade de sustento da família. Falta comida nos quartéis. Em última instância, até mesmo o recruta está pagando para servir à pátria.

Qualquer Nação tem, como condição para a manutenção da sua estrutura física, legal e social, a qualidade e a capacidade de ação e reação, tanto interna como externa, das suas Forças Armadas.

O processo de desestabilização de um País e o "status" de subserviência a interesses escusos e alienígenas começam, sempre, pelo aviltamento e pelo desmonte das suas Forças Armadas.

É hora de acordar. Em nome da democracia, da lei, da ordem e da manutenção das nossas Instituições, devemos agir e não calar, em atitude de omissão e covardia.

Não temos permissão para nos acomodar. Por juramento, somos obrigados a tomar uma atitude. Chega de chantagens emocionais - "quartelada", "golpe", "patrulhamentos".

Assim como, por vocação, não corremos do risco nem do perigo iminente, também não podemos, por obediência a princípios, ficar de braços cruzados diante da violação destes mesmos princípios por aqueles que também deveriam defendê-los!

Fazemos votos para que aqueles que, em dissonância com a história, ainda pretendem implantar no Brasil um Estado totalitário desistam da idéia, porque não é isso que os brasileiros querem, e, se eles não querem, nós não vamos deixar que isso aconteça.

O que todos querem é muito simples: imprensa livre, repetindo, IMPRENSA LIVRE, livre manifestação do pensamento por quaisquer meios, sem a tutela do Estado, juros e tributos razoáveis, probidade administrativa, independência dos Poderes, liberdade para investigar desvios de conduta, Forças Armadas e serviços públicos aparelhados e com o pessoal motivado, segurança pública e bandidos na cadeia, paz no campo, respeito à propriedade e Congresso soberano.

Por outro lado, se o Governo também vier a pensar como nós, pode convocar-nos para o bom combate, pois estaremos prontos.

Está dado o recado. Em nome do povo estamos prontos para o que for necessário.

BRASIL ACIMA DE TUDO!

Associação Nacional dos Militares das Forças Armadas - ANMFA

Grupo Marinheiros

Grupo Atitude Nacional

Grupo Anhanguera

Grupo Emboabas

Grupo Guararapes
 
Dezembro, 2007

 

  Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional            


12.21.2007

População brasileira (UOL News)

A população do Brasil chegou a 183.987.291 milhões de habitantes em 2007, segundo dados do divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). O número de habitantes cresceu 8,4% desde 2000, a uma média anual de 1,21% nos últimos sete anos. Em 2000, a população do país era de 169.799.170 milhões.

De acordo com os dados do IBGE, as maiores taxas foram registradas nas regiões Centro-Oeste e Norte, com destaque para o estado do Amapá (3,17% ao ano). O menor percentual de crescimento por ano foi verificado no Sul (0,95%). O Rio Grande do Sul é o Estado com o menor índice entre todos os estados (0,57%).


NÚMERO DE HABITANTES
Brasil 183.987.291
Região Norte 14.623.316
Região Nordeste 51.534.406
Região Centro-Oeste 13.222.854
Região Sudeste 77.873.120
Região Sul 26.733.595
Entre os municípios, 2.601 apresentaram população inferior a 10 mil habitantes, concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. As cidades que têm até 20 mil habitantes (4.004) representaram 72,0% do total de municípios do país. Já os com mais de 100 mil habitantes eram 253. Apenas 14 contavam com mais de um milhão de pessoas.


Mais mulheres do que homens
O IBGE constatou também uma mudança na proporção de homens e de mulheres no país. Em 2000 a proporção era igual, de 100 mulheres para cada 100 homens. Em 2007, a proporção caiu para 99,6 homens em cada 100 mulheres. Entre os Estados, o Pará é o que tem mais homens (107,3 para cada 100 mulheres) e a Paraíba é o que tem mais mulheres (100 para cada 94,6 homens).

A Contagem da População foi iniciada no dia 16 de abril em 5.435 municípios com até 170 mil habitantes. Eles correspondem a 97% dos municípios brasileiros. Cerca de 108,7 milhões de pessoas, número que equivale a 60% da população estimada, residentes em 30 milhões de domicílios (57% do existente no país).

O IBGE informou que os Censos 2007 foi realizado com uma grande "inovação tecnológica". Os trabalhos de pesquisa envolveram 90 mil pessoas e 82 mil computadores de mão (PDA's), em substituição aos tradicionais questionários de papel.

Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

    

12.16.2007

Mais um coronel de verdade

Atenção Congresso:

     Aviões da Venezuela atingem Brasília. A defesa anti-aérea é pífia. Os Carros de Combate da Venezuela chegam a Brasília como num passeio pela BR174. Resistência possível é muito pouca. Tomem jeito. Sua família agora está ameaçada diretamente. Voces, até agora, contribuiram para uma possível morte de vários brasileiros. 

     - Como passarão à história? Como traidores, omissos ou imbecis?
 
Senhores Sarney, Collor, FHC e Lula, olhem o que fizeram.

 
 Prevista uma guerra Venezuela x Colômbia

Mentor da doutrina brasileira de Guerra na Selva e um dos maiores especialistas em Amazônia, o Coronel Gelio Fregapani - gaúcho como o ministro Nelson Jobim Defesa), que o demitiu da Abin - acredita numa futura guerra entre Venezuela e Colômbia, que, apoiada pelos Estados Unidos, vencerá, extinguindo a barreira venezuelana para criação de uma nação indígena. Demonizando a Venezuela, os Estados Unidos forçariam a entrada do Brasil no conflito. Deveríamos ficar neutros, aconselha Fregapani. Ontem, curiosamente, o aprendiz de ditador Hugo Chávez ameaçou cortar relações comerciais com a Colômbia.

Da Coluna do Claudio Humberto


Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional

 

           



12.15.2007

Enorme falta de ação da oposição aos desmandos do governo petista

Foro de São Paulo e Diálogo Interamericano: pacto firmado em 1993
por José Carlos Graça Wagner em 25 de junho de 2005

Resumo: Os contatos entre o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano ajudariam a entender a enorme falta de ação da oposição aos desmandos do governo petista?

© 2005 MidiaSemMascara.org

8 de setembro de 2001

Senhor congressista:

Trata-se aqui de mensagem de cidadão. Por isso, este documento, pela via de E.Mail, está sendo enviado, hoje, para todos os senadores e deputados, sem quaisquer restrições, inclusive os do PT, que poderão se considerar atingidos pelas denúncias, mas tem o dever de esclarecê-las, para o que coloco, à disposição, toda a documentação que tenho em meu poder e o compromisso de indicar as testemunhas que confirmarão o que abaixo está descrito. Pela matéria envolvida, desejo dar ao presente documento o caráter de requerimento dirigido ã Mesa do Congresso, para que, pela gravidade dos fatos, tome as providências que achar adequadas ou assuma a responsabilidade de nada fazer, por motivos de conveniência.

Permita-me, assim, tomar o seu tempo, se houver disposição de sua parte, mas, como tal, me sinto na obrigação de transmitir o que me chegou ao conhecimento, por pesquisa e por informação de terceiros que chegaram a viver os fatos, para que, cada um, em sua consciência, faça o que julgar do seu dever.

Não pretendo fazer nenhum tipo de carnaval político sobre a matéria, até porque vai longe o tempo de minha militância política. Por outro lado, a minha avaliação sobre tais documentos, ainda que impossível evitar algum tipo de conclusões mais pessoais, não se baseiam em meras hipóteses.

Estou em Miami, por razões de saúde, pelo menos por um período de 40 dias. Tive um problema, bastante comum entre as pessoas, de qualquer idade, que, todavia, exige a prudência de exames cardiológicos ou talvez uma intervenção, sem, antes disso, assumir o risco de uma viagem de avião mais longa, segundo as opiniões médicas. Por isso adoto a presente via de comunicação, sem qualquer anonimato.

Mas quero deixar claro porque o faço e na base de que convicções, para que não se julgue que estou procurando ser autor de novelas ou historietas. Deixo também claro que, com 14 anos, me posicionei contra a ditadura do Estado Novo, tendo participado da manifestação do Largo de São Francisco, contra a ditadura, embora secundarista, quando houve a reação armada da chamada Polícia Especial ou boinas vermelhas, com mortos e feridos, em 1943. Por isso, quando a ditadura caiu, me filiei a UDN, só deixando a política em virtude do fechamento dos partidos, pelo AI-2, quando foram criados os arremedos de partido da Arena e MDB. Minha posição sempre foi de centro, de tal modo que, o que vem a seguir, não é movido por nenhuma intenção de qualquer anti-isso ou anti-aquilo para impressionar a gregos e troianos.

Meu anti-marxismo, mais do que anti-comunismo, decorre de minha condição de católico, que procurou conhecer a essência do pensamento de Marx, que não era, como se julga, provocada pela questão social, mas religiosa.

Entendia que o homem, ao colocar Deus como autor de sua existência, abria mão de sua natureza materialista, que, para ele, era materialista, como tudo que existe no mundo. Ao atribuir o seu ser, e o seu fim último, a Deus, estava renunciando a si mesmo. O marxismo, antes de tudo, é uma negação radical de Deus e, portanto, dos valores da moral natural inerente ao homem. O marxismo vai além do ateísmo, pois considera que negar a Deus é insuficiente. Negar, para Marx, ainda é uma forma de afirmar, porque exige a defesa da Sua não existência e, para isso, é necessário pensar nela, para rebatê-la.

Para Marx, o homem novo, concebido em sua filosofia, sequer cogitaria da existência ou não de Deus. Simplesmente, nesse mundo de Marx, nem sequer existiria a idéia de Deus. O Comunismo, como instrumento do marxismo, ainda teria, para construir o mundo novo, de conseguir o desaparecimento da idéia de Deus.

Para mim, desde jovem, formado pelos irmãos maristas de Santos, na mesma classe que Mário Covas, o meu anti-comunismo não era para defesa de privilégios de natureza econômica ou social, ainda que eles existam longe do conceito de justiça inerente ao catolicismo, mas, pelo contrário, decorria da própria necessidade de defender a doutrina católica, na qual Deus é o Criador e Redentor de todos os homens, sem qualquer distinção, inclusive do terrorista que se arrepende sinceramente e busca reparar o dano feito, e, portanto, sem quaisquer exclusões. Todos estão salvos, pela espontânea crucificação de Jesus Cristo, mas o homem tem a triste liberdade de se excluir da salvação. Tal como Judas, por aqueles que crêem na Revelação contida nos Evangelhos.

Esta colocação, apesar de parecer impertinente, é necessária para evitar a acusação costumeira de que, quem pensa assim, é porque defende a exploração do homem pelo homem, quando não há maior exploração dessa natureza do que pelos regimes totalitários, que exploram a vontade humana, pela exclusão da liberdade de pensar e de fazer. Para esses, os católicos deveriam também Fazer o Grito dos Excluídos, como também de fazer o Grito dos Excluídos, da vida, pelo aborto.

Sempre imaginei, permita-me dizê-lo, que o ser humano é como uma mesa de quatro pés, no sentido comum da vida, sem levar em conta as distorções, queridas ou não (por isso, entendo que são quatro pés e não quatro patas). O primeiro pé se refere à família, que é onde surge a pessoa que somos, desde o momento da concepção, na qual já recebemos a alma que Deus nos dá, com a vocação que lhe é inerente. É, na família, onde, com o nascimento, tomamos consciência, pouco a pouco, de nossa existência e dos que foram responsáveis diretos por ela e pelos valores que ela comporta, queiramos ou não aceitá-los.

O segundo pé, diretamente vinculado ao dom da liberdade, que é a razão de ser da dignidade e da responsabilidade de cada ser humano, e que vem logo a seguir ao dom da vida, que podem ou não, ser bem ou mal usados, com as naturais conseqüências do caminho que se segue, com eventual desequilíbrio da vida e de seu fim último. É a religião. No meu caso, sou católico, apostólico, romano e papista. Para mim, a atual atuação de certos círculos que se denominam católicos, advindos da Teologia da Libertação, que nada mais é do que a tentativa de levar o marxismo para dentro da doutrina de sempre da Igreja, com maior ou menor consciência disso, tende a configurar tais grupos, independente das funções que exercem na hierarquia, mais como um partido político ou um apêndice de um determinado movimento.

É um direito de qualquer um, atuar politicamente, mas, em certos casos, deve, para fazê-lo, deixar atividades que lhe são incompatíveis, como a de ministro da doutrina cristã, quando, como agora, passa a ter um caráter partidarista, sob a capa do social, ainda que o problema social exista, decorrente do pecado original, que gera o egoísmo, além da inveja e ódio.

Como de hábito, em qualquer setor da vida brasileira, os audaciosos fazem o que querem e os outros, sob a alegação de evitar conflitos, acostumados ao jogo das influências no poder de qualquer natureza, optam pela omissão.

O terceiro pé, é a tomada de consciência de que não somos isolados dentro de uma família, mas vivemos junto com muitos outros seres humanos, ou seja, com a sociedade, e, por isso, somos, também, cidadãos. Nessa sociedade, devemos encontrar o ambiente destinado, ainda que não consumado, em que devemos encontrar os momentos e as circunstâncias para realizar os talentos recebidos e ser útil ao Bem Comum. É também elemento fundamental da liberdade humana.

O quarto pé é a profissão, ou seja, o trabalho humano, que é necessário para formar e sustentar uma família e ser útil a si, à família e à sociedade. Ser, afinal, útil `concretização do Plano de Deus a respeito a cada um de nós, sem exceção de ninguém, nem dos que tem a enorme tarefa de conduzir o povo de Deus para o seu fim último.

Permita-me dizer, senhor Congressista, sobre os comentários acima, que, desde cedo, com cerca de oito anos, com a guerra mundial e com a ditadura do Estado Novo, senti-me engajado, por dentro e por fora, na importância de cada ser humano, a assumir a responsabilidade de pré-cidadão, de quem vê, na sociedade, o ambiente natural da busca da Justiça. Talvez por isso vim a ser advogado. Por isso, este foi o quarto pé para mim, ou seja, a minha profissão, onde somos, qualquer que ela seja, úteis a nós, à família e à sociedade, conforme a encararmos com pleno sentido de responsabilidade, e sem a qual somos marginalizados, por nossa culpa, ou pela má estruturação da sociedade, da própria razão humana de viver, pois o homem foi feito para trabalhar como a ave para voar.

Como desejo, como cidadão que se preza, antes de tudo, a verdade, porque ela é o caminho e a vida, não posso deixar de registrar que, depois de 50 anos de profissão, o quarto pé da vida humana, por razões que serão expostas num capítulo próprio (sei que lhe estou sugerindo muito trabalho de leitura, mas um parlamentar, que tem a noção claro do momento que vive o país e o mundo, às vésperas de uma terceira guerra mundial, com a característica de terrorismo infiltrado em todas as nações), sofri e venho sofrendo de empresas estrangeiras, uma delas ligada a um laboratório nacional que vem sendo apontado como fraudador, inclusive do período de validade de seus produtos, revelando um precário quadro da advocacia e da Justiça, mesmo depois de CPIs, que não chegaram ao fundo da questão.

Mas não quero esconder nada que sirva para que os que participam desses movimentos estratégicos, a que me refiro no título do presente trabalho, à revelia do conhecimento do povo, reservados os fatos apenas a alguns dirigentes da oposição e do governo, pois ambos fazem parte dos referidos movimentos, de tal modo serão detalhados em capítulo próprio, tornando-se claro que não são poucos os advogados que estão sendo submetidos a esse tratamento desmoralizante de um grupo de empresas, sem maior vínculo com a vida e o futuro do país, senão na busca do lucro que pretendem, sem que a OAB defenda os advogados, mais preocupada em ser uma OAB de passeatas.e de ocupação de posições em clubes esportivos...

Desde bem cedo, desculpe-me a afirmativa, vivo essas quatro realidades, e as considero, todas, essenciais, ao equilíbrio da vida e da sociedade onde se vive, com ou sem globalização, que não é necessariamente econômica, mas que decorre do fato de sermos, no conjunto de todos os homens, a humanidade. De um modo ou de outro, sempre somos globalizados, porque não há nada que alguém faça que não se transmita, como uma pedra no lago, até o final das suas margens, delimitada pela humanidade.

Daí, entender que devo tecer as considerações abaixo, às quais se seguirão os capítulos concernentes a cada episódio, para que cada um avalie como queira e faça o que queira.

O COMEÇO

O passado tem a natureza de ensinamento; o presente, serve de base de lançamento do futuro e, este, ainda que desconhecido em cada momento da vida, se destina a construir a vida e a sociedade, a partir das circunstâncias que encontramos e dos talentos que possuímos. Somos atores e autores da nossa vida. Parte do “script” é de nossa autoria e parte de autoria dos demais. Depois dessas considerações, de tintura filosófica de uso comum, a descrição sintética dos fatos, no que diz respeito ao tema, com algumas das razões que me levou a transmitir o que chegou ao meu conhecimento, ou pela via da pesquisa ou porque foi enviado por aqueles que tomaram conhecimento da minhas pesquisas.

A DESCRIÇÃO

Em agosto de 93 estava, posto em sossego, em Miami, aguardando a recuperação de um pequeno acidente sofrido por minha esposa. Para aproveitar o tempo, visitei a firma de um amigo cearense, já falecido, que tinha lá, um estabelecimento complementar de sua fábrica de roupas. Não estava. Seu gerente, um cubano, cuja família apoiara Castro, a ponto do avô, médico, ter arriscado a sua vida e a de toda a família, por ter organizado um hospital clandestino, em sua fazenda, para os “revolucionários” de Fidel.

Tinha tido, depois da vitória de Castro, de sair de Cuba, com toda a família, por ordem de Fidel, porque sua mãe, uma líder política comunitária, tinha procurado a Comissão Militar encarregada do julgamento de militares acusados de apoiarem Batista, e protestado contra a condenação dos mesmos ao “paredón”, pois conhecia, a grande maioria, como militares profissionais, sem envolvimento político.

Como tudo que Castro faz, até hoje, o silêncio dos políticos, da América Latina e do Brasil, com exceção recente do presidente de El Salvador, que enfrentou Fidel na Cúpula das Américas, de igual para igual, e continua a estar à disposição para enfrentá-lo, para o que der e vier, sempre foi e é revelador do grave pecado da omissão, dos governantes mundiais e latinos. Essa atitude foi e é geral, apesar dos pruridos que revelam em relação a qualquer violação aos direitos humanos, inclusive a ponto de até receberem medalhas...

Castro, num repente de gratidão, contrário ao seu estilo, apenas expulsou toda a família do gerente do meu cliente, ao invés de mandá-la para a cadeia ou para o próprio “paredón”, mas não sem antes exigir que todos, sem exceção, mesmo menores de idade, pertencentes à família, assinassem a doação, de todos os seus bens, ao Estado cubano (ainda não haviam começado os confiscos generalizados).

Casado, depois, com uma brasileira e falando português, pois esteve no Brasil por algum tempo, esse gerente me afirmou, sem ter qualquer prova, mas apenas por ouvir dizer, que Lula tinha estado em Havana, na semana anterior, onde fizera um Pacto de Ação Continental com Fidel Castro. Isto teria ocorrido na última semana de julho de 93. Na época, tudo indicava que Lula ganharia as eleições de 94 (e eu não tinha conhecimento, ainda, do compromisso de FHC de apoiá-lo para presidente, assumido em Princeton, em inícios de 93).

Para mim, embora não fosse do meu agrado, aceitava a regra do jogo, que representaria a eleição de Lula, ainda que tivéssemos, a meu ver, de passar por muitos problemas, tendo em vista o pensamento político dos que formavam o PT. A informação do gerente, porém, mexeu com o pé da mesa relativa à cidadania, e com a veia de cidadão.

Uma coisa, para mim, era Lula presidente, pelo jogo político interno; outra, era ser eleito e atuar, na presidência, em Pacto político com Fidel, que, quando advogado, ainda recentemente formado, havia simpatizado por achar que, de fato, desejava, com sua “revolução”, a liberdade dos cubanos, mas, logo depois, também me insurgi contra o “paredón”, especialmente quando, a ele, também foi condenado, apesar de ter apoiado Castro, o presidente da FEU, correspondente à entidade brasileira UNE, onde eu havia militado, e da qual havíamos afastado o controle então exercido pelos comunistas, e seus aliados.

Na época, fiz uma publicação, em “O Estado de S. Paulo”, pelo fato de Frei Josaphat não ter aceito publicar a minha carta, na qual, como acionista do “Brasil Urgente”, da ainda incipiente esquerda católica, ligada ao PDC, mas que havia conseguido induzir as equipes de casais de Nossa Senhora, a subscrever o capital desse jornal interno, eu tinha direito, assegurado pelos estatutos. Nele, eu exigia um pronunciamento, daquele órgão, contra o fuzilamento do presidente da FEU, tendo, como resposta, apenas em carta, que também não foi publicada na revista, como também era o compromisso que havia sido assumido, pelos seus empreendedores, com os acionistas.

A carta, que estava assinada pelo diretor Ruy do Espírito Santo, então do PDC, sustentava que, “o fuzilamento, por motivos políticos, algumas vezes, era necessário.” Publiquei esta resposta no jornal “O Estado”, pois o Frei Josaphat, alter-ego de Frei Beto, que escreveu o Paraíso Perdido, Nos Bastidores do Socialismo”, (e que acabou sendo utilizado na armadilha contra Marighella), onde defende o regime de Fidel, e todos os outros que se instalaram na AL, sob a alegação de “Teologia da Libertação”, que de estudo de Deus (Teologia significa “estudo de Deus”) nada tem, mas, na realidade, como constata quem o ler, é pura defesa de uma ditadura coletivista, distributivista para “inglês ver”, pois os que dão suporte ao regime, enquanto o são, até pelo medo da conseqüências, tem todas as regalias.

Como disse, o Frei Josaphat, não havia concordado na publicação, no jornaleco desse grupo, do qual fui acionista, chamado “Brasil Urgente”, apesar de ter tentado, antes, que eu ingressasse na Ação Popular, ainda em esboço, a partir da JEC e da JUC, integradas , na época, ao PDC, e, depois, à Ação Popular.

Resolvi pesquisar se a informação dada pelo gerente do meu cliente cearense, sobre a estada de Lula em Havana, tinha fundamento. Procurei, por indicação desse gerente, o Bispo Auxiliar de Miami, Monsenhor Agustin Roman, cubano, narrando e ele a razão pela qual desejava ter certeza do fato que me havia sido narrado pela pessoa atrás mencionada, sustentando que, se verdadeira, a eleição de Lula representaria um imenso reforço para Fidel, que adiaria bastante a época de concretização do desejo dos exilados de retornar a seu país, já livre da ditadura.

Por apresentação dele, fui, no mesmo dia falar com Jorge Mas Canosa, que dependia, todavia, para a pesquisa, que eu pretendia, de “Pepe” Hernández, vice-presidente, que estava em Washington. O certo é que a Fundação Nacional Cubano-Americana, surpreendentemente, não sabia nada sobre a fundação do Foro de São Paulo.

Na saída do encontro com o Bispo, ele me indicou o Prof. Juan Clark, como o maior estudioso dessas questões e que, talvez, pudesse ser útil. Um primo de minha esposa, que estava conosco, Orlando Lovecchio, que havia perdido a perna num ataque terrorista ao Consulado Americano em São Paulo, no início da luta armada no Brasil, encontrou, em uma livraria, o livro de Juan Clark, sob o título de “Cuba, Mito y Realidad”.

Procurei o autor, que me deu indicação do Centro Norte–Sul da Universidade de Miami, onde tive toda a colaboração de Guillermina Carrandi, também cubana, e que, tinha, no Departamento dela, exatamente o que eu procurava: as coleções do jornal “Granma”, edição interna de Cuba, onde, quase certamente, haveria alguma notícia sobre essa visita.

De fato, tinha estado duas semanas a procura do local onde poderia encontrar a coleção desse jornal, órgão do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, ( o primeiro Partido Comunista foi arquivado e substituído pelo novo partido comunista, organizado por Fidel, por ordem da URSS, depois que Castro declarou o regime de Cuba comunista, pois o partido pré-existente ao formado por ele, sempre tinha apoiado Batista e sempre tinha sido contra Castro. Esta posição continua sendo a do filho do Secretário Geral do PC da época, já falecido, Blas Rocca. Tudo indica que o filho está preso ou esteve até há pouco. Enfim, esta também era a atitude de Luiz Carlos Prestes, que não morria de amores por Fidel, cujo comunismo achava que era fruto de mero oportunismo, ou seja, da necessidade de se contrapor aos Estados Unidos, para o que nada melhor do que, em plena “guerra fria”, com a ameaça atômica, se “unir” a URSS, ou seja, em português claro, se submeter a ela, na época de Kruschov.

O meu faro de advogado me sugeria que, se Lula tivesse estado em Havana na época referida, teria havido algum tipo de registro no referido jornal, porque interessava ao regime mostrar, ao povo cubano, as dimensões internacionais do prestígio de Fidel. O departamento Norte-Sul da Universidade possuía, de fato, a coleção do jornal, e ajudado pela minha esposa e pelo seu primo, acima citado, iniciei a pesquisa, começando pelos jornais da última semana de Julho de 93, que tinha sido a indicada como a da visita de Lula a Fidel.

Para surpresa minha, não era uma reunião de Lula e Fidel. Mas de uma organização da qual não se tinha qualquer idéia, denominada “Foro de São Paulo”, que não era secreta mas não era para conhecimento de gregos e troianos. Só era publicado o noticiário a ele referente, internamente, em Cuba. Havia uma edição internacional, do “Granma”, em várias línguas, que, entretanto, não publicavam os assuntos relativos à estratégia da esquerda latino-americana, patrocinada pelo Foro, depois de fundado, sob as “benções” e inspiração de Fidel Castro. Mais tarde, o Foro passou a ter algum tipo de noticiário restrito em alguns jornais de alguns países, e, até, uma revista, quase de circulação interna, chamada “América Libre”, dirigida por Frei Beto, editada na Argentina.

Estavam presentes, nessa reunião, 112 organizações de esquerda de toda a AL, além de observadores convidados de organizações de esquerda de outros continentes. Era o seu IV Encontro Internacional. A primeira, tinha sido quando da fundação em São Paulo, no Hotel Danúbio, nos inícios de 90, logo após a vitória de Collor sobre Lula, como estava previsto que deveria ser feito, se isso acontecesse, desde uma reunião em 8 de janeiro de 89, em Havana, também publicada no “Paraíso Perdido”, com a presença de Fidel, de Lula, Frei Beto, (atual assessor de Lula, residindo no Palácio do Planalto), de José Genoino, (atual presidente do PT), e do jornalista Kroscho, (atual assessor de imprensa do presidente Lula.)

A finalidade, nessa ocasião, era fixar as estratégias para as eleições nos países do continente, que iriam se realizar desde dos fins de 93, no México, até as eleições de inícios de 95, na Argentina, num total de 14. Estavam presentes, nesse IV Congresso, as organizações guerrilheiras e toda a cúpula do PC cubano, inclusive, logicamente, Castro, bem como toda a cúpula internacional do PT, com Lula à frente e, naturalmente, Frei Beto, que é o único que fala, praticamente de igual para igual, com Castro.

Eu não sabia, ainda, do Pacto estabelecido na Universidade de Princeton, em inícios do mesmo ano, no qual, um dos compromissos assumido pelo Foro de São Paulo, com o Diálogo Interamericano, fundado em 1982, sendo vice-presidente e principal representante da entidade na América Latina, Fernando Henrique Cardoso, então senador. (atualmente FHC é co-presidente do Diálogo, juntamente com Peter Hankim). O Pacto de Princeton era abrangente, mas, para a esquerda orientada por Fidel, era uma mera forma de obter apoios adicionais, sem afetar a estratégia básica do Foro, embora este se utilizasse do Pacto com o Diálogo, em tudo quanto lhe era favorável, e cumprisse os diversos pontos, enquanto eram do seu interesse ou da estratégia estabelecida pelo Foro de São Paulo, que poderiam influenciar o Diálogo, dando-lhe a impressão de uma efetiva disposição de cumprimento da estratégia comum.

Não vale a pena maior referência, agora, ao documento do Departamento de Estado, assinado por Kissinger, em fins de 74, inicialmente sigiloso, mas tornado público por Reagan e constando da Biblioteca do Congresso Americano, porquanto, em grande parte, está superado. O ponto de partida era considerar a questão da imigração latina como um caso de segurança nacional, pelo potencial de alteração da cultura americana.

A idéia era reduzir a referida imigração ao mínimo. Na verdade, hoje, a imigração latina é praticamente incontrolável, e até fundamental para o futuro dos Estados Unidos. A política do Diálogo, fundado em 82, com Fernando Henrique na vice-presidência, como principal participe da AL, que visava cumprir a estratégia do documento de 74, do Departamento do Estado, acabou por atingir objetivo inteiramente contrário, como será possível verificar mais adiante, inclusive no Brasil e, na Colômbia, nem se fala, acrescentando-se a Venezuela e, de certo modo, o Equador.

Mas, muitas vezes, essas evidências não são fáceis de serem alcançadas pela mente daqueles que as conceberam, aferrados que ficam às suas verdades dogmáticas, caiam tantos Muros quantos caírem. Até que, nisso, têm uma certa razão, porque os muros não carregam, nem o de Berlim, na sua queda, as utopias, ainda que derrube governos, ou nem acabam com as idiossincrasias daqueles que não aceitam os que não são frutos da mesma árvore ou do mesmo solo, pois os considerarem “inimigos de classe”.

Mas há que voltar ao Foro de São Paulo, que nasceu em julho de 90, mas foi concebido, tendo Fidel por pai e Lula por mãe, em janeiro de 89, em reunião de cúpula do PC de Cuba e PT do Brasil. José Genuíno estava presente, conforme descrição do livro de Frei Beto (irmão terceiro dominicano, que não é sacerdote), com o título de “O Paraíso Perdido” - Nos Bastidores do Socialismo”.

Nela, ficou estabelecido que, se Lula não ganhasse as eleições em novembro de 89, deveria ser formada uma organização para coordenar toda a esquerda continental e que a liderança do processo caberia a Lula.

Collor não tinha surgido. O receio, na ocasião, era de uma reviravolta a favor de Brízola, não confiável para o projeto que estava delineado para que “fosse conquistado, na AL, uma espécie de contrapartida, do que já se antevia, nessa reunião, ou seja, que a URSS iria perder o leste europeu”. Para Fidel, o Muro já estava balançando, com o que estava ocorrendo na Polônia, depois da eleição do Papa João Paulo II.

Com a vitória de Collor, a esquerda continental, mesmo a de características guerrilheiras, foram, em número de 48 entidades , para a reunião de fundação do Foro, em julho de 90, no Hotel Danúbio, com algumas reuniões secretas, anteriores, em Itaici.

Este dado foi obtido quase por acaso, pois ao se localizar a reunião realizada em 93, em Havana, do IV Encontro do Foro, lia-se que Balaguer, do Comité Central do PC Cubano, iniciava o discurso de saudação com elogio a Lula, dizendo que, quando, há três anos, tinha sido fundado o Foro, para o qual o Frei Beto deu imensa contribuição (ficou sendo diretor continental de revista do Foro “América Libre”, impressa na Argentina), não se podia imaginar que, em tão pouco tempo, teria obtido tal desenvolvimento, como provava aquela reunião de Havana, com 112 organizações (afora os convidados de outros continentes) e já com candidatos a presidente na maioria dos países onde haveriam eleições nos seguintes 20 meses.

Com a coleção de Granma à disposição, a pesquisa recuou em três anos, que tinham sido mencionados por Balaguer, e lá estava toda a história da formação do Foro, inclusive de certas visitas estratégicas feitas na ocasião, articuladas por Frei Beto, levando à cúpula do partido comunista cubano, vinda à fundação do Foro, em São Paulo, a uma reunião ao Cardeal Arns, da qual veio a ser enviada carta de simpatia ao ditador Fidel Castro. E, assim, seguiu a pesquisa por diante. Numa reunião se falava da próxima e, de tal sorte, foi possível ir pesquisando o que foi feito pelo Foro nos anos que se seguiram, com reuniões sempre onde, de algum modo, entidades do Foro tinham presença forte, como México, Nicarágua, Montevidéu, Porto Alegre, El Salvador, etc. A próxima, novamente, será em Havana. Há informações substanciais sobre reuniões em Manágua, na ocasião da derrubada dos aviões dos “Hermanos en Resgate” perto de Cuba, de vez que considerei tarefa minha a pesquisa referente a 94, embora tenha também tomado conhecimento das reuniões de 95, no Uruguai, e 97, em Porto Alegre, nas quais o MST foi apontado como a ponta de lança da revolução socialista na AL, devendo ter a cooperação dos zapatistas e das Farc. (havia a possibilidade de colaboração do Comando Vermelho, fundado sob a inspiração de documento da guerrilha urbana no Vietnã, mas para uso de criminosos comuns)

Mas, sem dúvida, o VI Encontro, em 93, foi o mais importante, feito depois do Pacto com o Diálogo Interamericano, realizado na Universidade de Princeton, com o beneplácito de Warren Christhofer, secretário de Estado de Clinton, no início do mesmo ano, em que algumas estratégias para toda a AL tinha sido ajustadas entre as partes.

O ponto de partida, para o Diálogo, era a certeza de que, com o desmanche da URSS, a esquerda da AL teria necessidade um novo ponto de apoio, principalmente de natureza política, enquanto, para o Diálogo, fazia falta, uma força com capacidade mobilizadora, que a chamada social democracia agnóstica não tinha para dar suporte ao pontos essenciais de seu projeto continental, inclusive porque alguns dependiam diretamente da concordância entre a teoria e a capacidade de mobilização do povo, que FH não tinha.

Para o Diálogo, a eliminação das causas da imigração menos desejada, de latinos, impunha conseguir que as forças guerrilheiras, ligada ao Foro, se transformassem em partidos políticos e passassem a disputar o poder pelo voto, imaginando que assim eles, ganhando algumas eleições, apoiados pelo Diálogo para tomarem posse e se manterem no poder, se convenceriam da vantagem do jogo democrático, e se tornariam civilizados, mesmo depois de conquistar o poder.

Isto, apesar de diversos exemplos históricos, inclusive o de Hitler, em que as eleições serviram para chegar ao poder, sendo, posteriormente, transformados em sistemas totalitários ou similares, com a ingenuidade dos ocidentais, sempre dispostos a imaginar que os ideais democráticos, com sua base de sustentação no voto popular, acabem por conquistar os que só estão dispostos a governar pela força. O Diálogo, todavia, acreditava na sua força de manter o voto como um fator de democracia e, portanto, sem provocar o êxodo das populações atingidas por regimes de força, da esquerda ou da direita.

A tolerância inglesa com Hitler eleito, que vem se repetindo com a tolerância, dos Estados Unidos e outros países, com Chávez, pelo fato de ter sido eleito na Venezuela, mas na qual se prepara claramente um sistema ditatorial, baseado na “revolução” bolivariana, numa nova e bastante repetida demonstração da ingenuidade anglo-americana, que, depois, é obrigada a pagar o preço de uma guerra absurda, como já admitiu Kissinger, em relação a um segundo Vietnã na Colômbia, com o fracasso, que ele entende inevitável, do Plano Colômbia. Sem esquecer que foi ele quem assinou o documento de 74...

Na realidade, o voto é apenas um meio de exercer a democracia, mas não é ele que define a sua essência, mas, fundamentalmente, o respeito, pelos detentores do poder, da dignidade e da liberdade do homem.

E, agora, com o covarde ataque que os Estados Unidos vêm de sofrer, em Nova York e Washington, que só não atingiu a Casa Branca porque, por força de ligações de celulares, pelos passageiros, já se sabia que o avião em que estavam seria utilizado pelos terroristas, que já tinham dominado a tripulação desse quarto avião, para um alvo importante, e que todos seriam mortos, de tal modo que os tripulantes e passageiros entraram em luta contra os que dominaram a direção do avião e este acabou se estatelando no chão em Pittsburg, sem cumprir a missão dos loucos que planejaram a operação. Todos morreram, mas evitaram morrer no alvo dos terroristas...

Volto ao assunto: voto é forma; democracia é conteúdo. E conteúdo representativo, que ainda não foi alcançado, com a plenitude e suficiência necessárias, na AL. Mas, enfim, foi o que propôs o Diálogo: que a esquerda, mesmo radical e guerrilheira, revolucionária e marxista, abandonasse a forma atual de tomar o poder, pela revolução e optasse pela participação em eleições, tendo como contrapartida o apoio o Diálogo para nele permanecer, pensando que, assim, evitariam as imigrações, pois não haveria repressão interna de caráter totalitária. Será que vão apreender com Chavez? E também, agora, com o Haiti?

Com isso, também em contrapartida, haveria reação do Diálogo e de suas imensas influências nos Estados Unidos, a qualquer tipo de repressão militar ou policial à esquerda, que também resultava em imigração indesejada, forçada. A tudo, se acrescia um esforço para que os governos fizessem acordos de paz com os que atuavam revolucionariamente, colaborando por todas as formas, para que a paz fosse obtida, de modo a permitir a formação dos partidos políticos de esquerda revolucionária, como aconteceu com o M-19 e outros movimentos, até quando não se sabe. Esta aí a causa do acordo de paz com a Farc, entregando-lhe um território à sua administração, sem conseguir o objetivo.

De qualquer forma, também o auto-golpe de Fujimori, eleito, já gerou certas desconfianças, mostrando que a estabilidade pode ser atingida, tanto de fora para dentro como ao contrário, e de forma a se tornar difícil uma ação coletiva eficaz. Além disso, não se pode esquecer que o auto-golpe foi, em suas conseqüências, muito menores do que a luta armada levada a cabo pelos Senderos, com milhares de mortos e que agora volta a ameaçar o Peru.

A outra questão para o Pacto de Princeton, onde também FHC foi professor, durante seu exílio voluntário, durante o regime de 64/68, era o controle populacional, mas através, agora de parte também do Diálogo, por formas radicais, mas em uso em alguns Estados americanos, ou seja, pela legalização, na América Latina, do aborto, da esterilização e da união de homossexuais. Nos EE.UU. existem 600 mil lares constituídos por homossexuais, mesmo que ainda não oficializados por leis civis ou atos oficiais, que, todavia, já vem acontecendo em certas regiões.

As forças de esquerda, no compromisso com o Diálogo, dariam a sua colaboração para atingir a legislação necessária a oficializar essas questões, que, evidentemente, teriam, previsivelmente, a oposição da Igreja Católica, que precisaria ser enfraquecida com a noção de um misticismo individualista, que seria o determinante nas relações de cada um com Deus, sem necessidade de Igreja, sacramentos ou sacerdotes, ou, pelo menos, minimizando a presença desses elementos na população. Frei Beto e Frei Boff escreveram um livro defendendo esta tese.

De outra parte, as questões levantadas, impunham também o enfraquecimento das elites, ou seja, dos partidos que sempre deram sustentação às elites dos países, responsáveis pela pobreza, que, no caso do Brasil, por conclusão não declarada, eram o PFL, PPB, e seus líderes, como ACM, Maluf, etc., além de empresários e suas bases de sustentação na estrutura de governo.

Não podia se deixar de ter presente que, nos quinhentos anos de civilização no continente, os pretendidos suportes dessas elites, nessa visão de Princeton, eram as Forças Armadas e, especialmente a Igreja Católica, com a exceção da Teologia de Libertação, que só se diz católica por necessidade de permanecer atuando dentro dela. Há exceções de praxe, daqueles que se preocupam com a questão social, sem se recordar da doutrina social da Igreja e da sua atuação através dos séculos, na defesa da vida, da liberdade e da dignidade do homem, muito acima do que hoje se entende por direitos humanos. As Santas Casas e as escolas espalhadas por todo o país, fizeram mais pelo país do que as estruturas governamentais.

Isto implicava noutro ponto do Pacto, que era o enfraquecimento das Forças Armadas, pela sua redução, de um lado, e por nova destinação, de outro, e pela redução da capacidade de decisão das referidas Forças, por elementos a elas pertencentes, além de reduzir seus quadros e usá-las nas Forças de Paz da ONU. As Forças Armadas tem sua origem na necessidade, em certos momentos, de dar suporte para a diplomacia ou para ataques, como o que acaba de sofrer os Estados Unidos. Há também situações internas, que dizem respeito a manutenção da ordem e da lei, que ultrapassam as condições das policias, que obrigam a presença das Forças Armadas.

Quem é o ingênuo que sustentará que qualquer outro país da AL não poderá passar por situações semelhantes, como já sofreu na luta armada desencadeada por Castro no Brasil e outros países da América Latina? Inclusive na Bolívia, onde morreu o argentino-cubano Che Guevara.

Como afirmar que, dentro dessa missão, não tenham de influenciar a política interna em razão de uma política de defesa, que exige debates internos, entre civis e militares? Como afirmar que a tradição da AL não exija, especialmente como mostra a história do Brasil, a necessidade de se fazer ouvir em certas ocasiões, especialmente em face da qualidade sofrível da classe política brasileira.? Ninguém quer regimes militares, mas ninguém quer regimes civis que deixem o brasileiro sem esperanças de construir um futuro adequado para seus filhos. A classe civil que ponha a mão na consciência antes de criticar os pronunciamentos militares em prol de um país que é de todos e em que todos são cidadãos. A AL não é os EE.UU. e, por isso, os EE.UU não deve querer impor a sua visão sobre o assunto, na AL, sob pena de desestabilizá-la.

De parte do Foro, na reunião de Princeton, foi colocada a questão do Haiti, onde Aristide, eleito, tinha sido retirado do poder pelas Forças Aramadas, devendo retornar a ele, o que redundou num fracasso, que agora se tenta corrigir, inclusive com envio de contingentes das FFAA brasileiras, dentro da nova destinação...

Também, foi assumido, na reunião de Princeton, o compromisso de contribuir para a abertura de Cuba, em aspetos comerciais, inclusive turismo, em maior escala, desde que essa “abertura” ficasse dentro dos limites que assegurassem que o regime fosse mantido, sem riscos, apesar de não ter sido eleito, há já 42 anos, como agora afirmou Fox, presidente do México, além do presidente de El Salvador, que só admite restabelecer relações diplomáticas com Cuba, após a adoção do regime democrático. O certo é que, depois disso, a ONU aprovou a intervenção no Haiti. Não fez o mesmo em relação a Cuba, apesar de Fidel não ter sido eleito.

O Diálogo, mais recentemente, formou uma Comissão Parlamentar, do qual José Genoíno e dois outros parlamentares brasileiros, inclusive um do PSDB, fazem parte, certamente com vistas à alteração da legalização do aborto, esterilização e união civil de homossexuais. O programa do PT não incluiu estes pontos, mas permitiu aos parlamentares agirem como entendessem, no Encontro Nacional que se seguiu ao Pacto com o Diálogo.

Dentro desse contexto, realizou-se a reunião de Havana, de Julho de 93. As decisões foram, fundamentalmente três, afora o habitual dos manifestos da esquerda continental. Primeiro, decisão incondicional de todas as forças ali reunidas, no sentido de dar todo o apoio à Cuba, durante o período especial, decorrente da cessação do auxílio soviético e do leste europeu, inclusive com a compra de remédios e estímulo ao turismo. Itamar, visitado por Lula, adquiriu 300 milhões em remédios de Cuba, para entrega parcelada. Convênios de assistência médica familiar com Municípios, etc. Agora se pretende que os médicos formados em Cuba não tenham que passar por cursos de adaptação, a que são obrigados os formados em outros países.

Segundo, concentração de esforços de todas as forças do Foro para eleger Lula, tendo em vista a necessidade de uma base territorial e de um governo de expressão, para dar suporte ao que viria a ser uma espécie de União ou Federação (nome dado por Chávez), das Repúblicas Socialistas da AL, (URSAL no lugar da URSS...) facilitada pela quase unidade lingüística. No âmbito da imprensa atuaria, como atuou, escrevendo a favor de Lula, inclusive, em Clarin, de Buenos Aires, Jorge Castañeda, atual ministro de Relações Exteriores de FOX, mas assessor, na época, de Cárdenas, um dos líderes do Foro e ligado aos zapatistas.

O terceiro objetivo definido na reunião do Foro, em Havana,, seria impedir o desenvolvimento da Nafta, que iria entrar em vigor no dia primeiro de janeiro de 94, no México, com provável expansão para outros países, colocando-se a luta dentro do tema do combate ao neo-liberalismo, por todas as formas possíveis. Nesse mesmo dia, houve o levante zapatista...

Não houve, na reunião de Havana, qualquer referência, pelo menos pública, ao acordo com o Diálogo Interamericano, nem aos compromissos assumidos, inclusive sobre a transformação das guerrilhas em partidos ou a cessação de levantes ou luta armada, tanto que, logo a seguir, houve o levante de Chiapas (1/1/94), sem que, naquela época, os zapatistas, de caso pensado, não participassem do Foro, o que só veio a ocorrer mais tarde.

Se algumas forças do Foro se tornaram partidos, outras, como a FARC e o ELN fazem “cenas” de participação em negociações de paz, que nunca chegarão ao um final, a não ser com a tomada do poder por eles. O MST também faz parte do Foro e da estratégia deste para toda a AL. Tudo indica que os Senderos estão de volta, bem como os Montoneros, enquanto a Frente Ampla e o Movimento Sandinista se preparam para ganhar as eleições. em seus países, e a Frepaso rompe com o governo de la Rua, que acabou na rua.... Todos integram o Foro.

Por final, Lula aceitou, em 93, convite de Fernando Henrique para entrar no Diálogo, de que faz parte, com restrições, enquanto o seu introdutor não consumou a expectativa de apoiar Lula em 94, que estava no bojo deste Pacto continental, com repercussões na vida dos países do continente, embora não implicasse em união forçada dos seus participantes. Na verdade. Com sua nomeação para o Ministério da Fazenda e o Plano Real, FHC anteviu a possibilidade de se candidatar, deixando Lula a ver navios, mas só decidiu faze-lo, em fevereiro de 94, quando teve certeza do apoio de ACM e do PFL.

O Pacto continua de pé, embora fragilizado, inclusive porque, com a eleição de Chávez, e a atuação da Farc, o Diálogo se sente falando sozinho, embora, em suas análises, sustenta que agora Lula é confiável e até democrata, como se não continuasse o seu compromisso fundamental com Fidel Castro, o maior ditador totalitário já visto na AL. Ao mesmo tempo, os principais representantes de ambas, FHC e LULA, para a AL, não estão rezando pela mesma cartilha, pelo menos por enquanto. Desde que mantenham certos princípios do Diálogo, podem brigar, um com o outro, à vontade, sem causar maiores danos aos objetivos estratégicos do Diálogo.

De outro lado, o instrumento fundamental do chamado neo-liberalismo, ou seja, a globalização, oferece dificuldades que sequer exige muito empenho da esquerda para pô-lo em cheque. Tudo indica que, neste início do Milênio, a América Latina vai ter um papel de grande relevância para o mundo futuro e quem mais parece saber disso é a China.

Já agora, com os novos acontecimentos nos Estados Unidos, que mudaram o mundo, que vai obrigar à tomada de posição de parte de gregos e de troianos, como na 2ª Guerra Mundial, creio que cumpri meu dever, em época oportuna, de transmitir a análise que fiz em pesquisas documentadas e, evidentemente, algumas conclusões de minha autoria. Em 94, quando escrevi a “Estratégia da Utopia”, antes da pesquisa, e, depois um relato de parte dos fatos acima, enviei, por dever de consciência, para todos os Bispos Brasileiros, para os principais jornais, dentro os quais ‘O ESTADO”, “A FOLHA, ‘O GLOBO”, este entregue ao advogado, na época, de Roberto Marinho, para a ABRIL, e “ISTO É”, tendo alguns jornais enviado jornalistas em casa, para aprofundar a matéria.

Os únicos que publicaram algo, foram “A TRIBUNA”, de Santos, que provocou processo eleitoral do PT contra mim, inadmitido pelo Juiz, e o “CORREIO BRASILIENSE”, que, inclusive pesquisou na Argentina e no Uruguai e entrevistou Lula, que não rejeitou a sua ação de coordenação da esquerda latino-americana, publicando duas páginas inteira sobre o assunto, na época e que, certamente, continua à disposição de quem tenha interesse pela matéria,

Cumpro a minha tarefa de cidadão, ficando o resto por conta de V.Sas., sem que eu faça distinção de qualquer natureza entre os destinatários.

E, para ficar claro a quem ler este documento, ele foi atualizado, da data original em que foi escrito, para o ano de 2004, em alguns de seus tópicos.


Postado por MiguelGCF
Editor do  Impunidade  Vergonha     Nacional