Tanto a direita, quanto a esquerda, quando se colocam em prática, tendem ao totalitarismo, pois não se sustentam, como foi o caso do Brasil em sua história mais recente, ou como será caso o apedeuta seja reeleito.
“Não se conhece nação que tenha prosperado na ausência de regras claras de garantias ao direito de propriedade, do estado de direito e da economia de mercado.” (Prof. Ubiratan Iorio de Souza)
Abraços,
Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8411-9500
Políticas (neo)liberais?
Arthur Chagas Diniz
Tenho lido, com alguma surpresa, que alguns colunistas respeitáveis se referem às políticas econômicas de Lulla e de Fernando Henrique como sendo neoliberais e, por isso, hostilizadas pelas esquerdas, tanto a que integra o governo atual como a dos petistas. Noto, com certa estranheza, que os colunistas tendem a concordar com essas análises, não necessariamente se aliando às críticas da esquerda.
Em primeiro lugar, estranho muito ser chamado de neoliberal. Ninguém, até hoje, me disse, com clareza, a diferença entre “neoliberal” e “liberal”.
Voltando ao caso das políticas econômicas dos dois governos alcunhados de neoliberais, não vejo como aceitar o cognome. O que os dois governos fizeram foi combater a inflação, sabidamente um benefício para as classes sociais de baixa renda. O combate à inflação não é de esquerda nem de direita. A forma com que se combate a inflação sim, pode ser liberal, fascista ou comunista. Por exemplo, nós, liberais, acreditamos que a liberdade é o bem maior, que a economia de mercado dá aos cidadãos direito a um referendo diário quando compramos bens e serviços. Nós acreditamos que um Estado pequeno, mas forte, é necessário. Para isto, é indispensável a existência das instituições fortes como a justiça, a segurança, o mercado, enfim, o Estado de direito. Todos devemos ser julgados de maneira igual por crimes iguais. Não é isso que existe aqui.
Voltando ao problema econômico, antes de definir qualquer orçamento, é preciso que se defina, com precisão, o que cabe ao Estado. Nós liberais acreditamos que o Estado só deve fazer o que os cidadãos não podem. Há regras claras para se definir isso. Nós também achamos que o Poder deve estar perto do indivíduo. Assim, o município deve ter preferência na realização de tarefas que o indivíduo não possa fazer. As unidades estaduais, preferência em relação à União. Não é nada disto o que vem acontecendo. O Estado, a quem cabe prover a segurança dos cidadãos, se preocupa em monopolizar uma educação de má qualidade e um ensino pior ainda. A qualidade do ensino público só melhora na Universidade porque nela estão os formadores de opinião pública e um seleto público votante.
Se a política fosse “neoliberal”, os impostos seriam muito menores, os indivíduos teriam poupanças individuais e seriam, naturalmente, investidores. Nós pagamos mais de 40% do PIB a título de impostos e contribuições. Essa percentagem só vem subindo na era dos esquerdistas (Lulla e FHC). A esquerda, ao contrário dos liberais, gosta de engenharia social e participação na vida pessoal dos cidadãos.
Por favor, senhores colunistas, não adjetivem as políticas de FHC e Lulla de neoliberais. Nem eles nem nós gostamos do equívoco.
Presidente do Instituto Liberal
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