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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

10.07.2007

Liderança, Comando e Administração



Segundo Murphy, “todos somos promovidos até atingir nosso nível de incompetência”. É um dito extremo, que, por ser radical, não deve ser levado em conta.
 
A liderança, apesar de ter mecanismos para seu aprimoramento, é nata. A liderança de um grupo surge naturalmente entre este e é pautada pelo exemplo, de tal forma que todos os liderados desejem ser a imagem do líder. Não existe outra forma de escola. A liderança não é imposta de fora para dentro de um grupo por qualquer outro critério. Ela é natural e espontânea.  A liderança pode ser usada para o mal ou para o bem, dependendo apenas do objetivo do grupo.
 
Comandar, que não é meramente atribuição militar, é exercer a função de mando.  O comando pode ser em cima de equipamentos, instrumentos ou pessoas. Quando com estas, por terem emoções, torna-se uma ciência.  Pela própria palavra, comandar é “mandar com”. Você manda sempre em função de um objetivo. Manda tendo por base a justiça, a honra, a ética, a boa intenção e outras virtudes, em proveito dos indivíduos, do grupo, da nação.
 
Para comandar, você tem que ter a ascensão de forma legal e reconhecida, para, sob estas, ser perfeitamente aceito pelos comandados. O bom comando se faz com a coesão de todos. A coação é desgastante e não leva a bom termo nem uma simples missão.
 
O comandante devidamente empossado no cargo é o responsável único pelas ações de todos sob sua égide. O comando é solitário. O comandante é, antes de tudo, um defensor do patrimônio, dos interesses de seus subordinados, da sua instituição e da área sob sua influência. Quando é escolhido um comandante, deve-se levar em conta a vida pregressa do indivíduo, seu conhecimento, sua possibilidade de levar a bom termo as missões da área e sua probabilidade de poder vir a tornar-se líder da fração a que se destina.
 
Administrar é uma arte. Administrar bem é um dom. Para se administrar qualquer coisa, é essencial conhecer a área com suas peculiaridades.  Não existe indivíduo suficientemente eclético, cohecedor de todas as áreas. A administração não pode ser loteada, pois se corre o risco de levar uma área ao caos, à falência ou à baixa produtividade. O administrador sábio se cerca de bons, leais e competentes assessores. Quanto maior o domínio das particularidades da área por este grupo, mais fácil será o bem administrar.
 
Não se deve nunca esquecer que qualquer administrador não deve ter menos que três, ou mais que sete departamentos subordinados diretamente.  Se o numero de departamentos for dois, cabe a fusão dos dois. Se for mais do que sete deve-se dividir em grupos de departamentos (nunca maior que sete) com um sub-administrador para cada grupo. Neste caso, o administrador só se reúne com seus sub-administradores. Quem tenta administrar 38 departamentos diretamente, não tem a menor chance de ser bem sucedido.
 
O administrador foi nomeado por alguém. A ele, portanto, deve satisfação. Deve administrar os bens e objetivos de seu empregador, obedecendo às diretrizes gerais deste. Num exemplo mais simples, vejamos o caso de um síndico de um condomínio. A ele não foi dado o poder de vender uma área comum do edifício. Ele foi nomeado para administrar o condomínio. Se for expressamente necessário vender algo, uma reunião de condôminos deve ser eita para se votar tal proposição.
 
É claro que, neste caso, caberá ao sindico estar muito bem fundamentado para submeter sua proposta à assembléia e tentar aprová-la. Quem tenta o contrário expõe sua própria ignorância ou a má fé.
 
Um administrador pode ser levado, por assessores ou por sua própria observação, à necessidade de extinguir uma organização. Antes, ele deve analisar se o problema é a rganização ou é devido a uma má gerência. Se, após trocar vários gerentes, ainda assim a organização não estiver funcionando a contento, em relação às diretrizes do empregador, o administrador deve verificar o conhecimento dos gerentes colocados e ou o processo de escolha deles.
 
Numa  auto-análise, o administrador deve verificar se o erro é seu de não ter conseguido aquilatar a missão da organização. Se for de sua atribuição, deve tomar as medidas que lhe cabe. Caso contrário, deve submeter ao empregador a proposição mais cabível.
 
Cabe ao administrador verificar se a proposta não tem origem de uma empresa (organização) concorrente. Deve-se lembrar que uma estratégia dela pode ser a de destruir a sua empresa. Deve levar em conta que uma empresa externa pode utilizar vários meios para eliminar uma organização que a incomoda. Ou seja, utilizar os métodos clássicos: o de levar o administrador a dissolvê-la, arrendá-la, dividi-la ou dar-lhe tantas missões que a mesma torna-se ineficaz; e o de cooptar os seus principais funcionários ou, até mesmo, eliminá-los.
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Se um administrador tem problemas com diversos componentes da organização, o primeiro passo é verificar se tem a capacidade de entendê-los. Se tais componentes produziam no passado e são necessários para o empregador, os problemas provavelmente decorrem da falta de diálogo e da sua própria compreensão das funções deles.
 
Se os gerentes dos componentes aparentemente não são eficientes, o administrador deve rever o processo de indicação ou verificar se lhes deu metas, meios necessários e respaldo legal e ético para cumpri-las.
 
Cabe um dever ao empregador, que é o de acompanhar permanentemente as ações do administrador. Se o administrador não está trabalhando sob suas diretrizes, está se apropriando do cargo ou está demolindo a empresa, o empregador tem pleno direito de trocar o administrador.
 Por IBERÊ MARIANO DA SILVA (*)
Disponibilizado pelo Monitor Mercantil Digital em 05/10/2007 e publicado no Monitor Mercantil de 06, 07 e 08/10/2007, pág. 2 (Opinião).
(*) General-de-brigada engenheiro militar na reserva, pós-graduado pelo Instituto Miitar de Engenharia (IME) e pela Ecole Nationale Supérieure de l’Aéronautique et l’Espace (França) e diplomado pelo Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAEx).

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