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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

10.29.2007

Quo Vadunt, Forças Armadas?,



O Editorial que apresentamos hoje foi escrito em janeiro de 2005, pelo General da reserva do Uruguai Iván Paulós. Entretanto, por todas as agruras e perseguições que vêm sofrendo as Forças Armadas dos países latino-americanos, sua atualidade permanece intacta e o texto permanece irretorquível.

Cabe salientar que as denúncias feitas pelo Gen Iván Paulós não se prendem a um fato isolado de seu país, Uruguai, mas também ao Chile, Brasil, Bolívia, Venezuela e, principalmente a Argentina, onde os julgamentos àqueles que salvaram o país do terrorismo comunista nas décadas de 70/80, estão mais acentuadas, levando os combatentes da subversão a julgamentos torpes – semelhantes aos “tribunais revolucionários” onde a sentença estava determinada antes do julgamento -, com testemunhas falsas, onde alguns deles foram condenados a prisão perpétua e nem mesmo um Capelão – Pe Christian Federico von Wernich – escapou à sanha vingativa dos derrotados de então.

É importante destacar ainda que essas ações não são meras coincidências nem se dão aleatoriamente mas obedecem a um plano global que tem inspiradores, executores e, acima de tudo, um organismo coordenador cujo nome é Foro de São Paulo, cujo objetivo é “conquistar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu”, segundo palavras de um dos seus fundadores, Fidel Castro. Registre-se ainda que, a evolução revolucionária neste processo de aniquilamento das Forças Armadas e de Segurança dos países latino-americanos difere apenas na velocidade com que estão ocorrendo, mas isto deve-se às diferenças geo-políticas, culturais e sociais de cada um deles.

Atualmente o Gen Iván Paulós encontra-se detido e irá a julgamento no dia 30 de outubro, acusado dos crimes de “violação aos direitos humanos” durante o período em que combateu a subversão e o terrorismo em seu país.

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Quo Vadunt, Forças Armadas?

General Iván Paulós

À diferença do que ocorreu na República desde 1830 até o presente, o próximo governo será de ideologia marxista-leninista. A maioria de seus integrantes é formada por componentes do movimento terrorista Tupamaro e por integrantes do partido comunista que, na década de 1970, levantaram-se em armas contra um governo democrático, legalmente constituído.

Na circunstância de uma guerra interna, decretada pelos órgãos competentes do Estado, foram militarmente derrotados, restabelecendo-se a paz que haviam alterado. Duas décadas depois, facilitado pela “miopia política” dos partidos supostamente tradicionais e por uma conjuntura nacional e internacional favorável, ascendem legalmente ao poder, pela via política, transformando-se em governantes e, portanto, exercendo autoridade sobre as Forças Conjuntas que militarmente os derrotaram.

O que podem esperar essas Forças dos que exercerão sobre elas o comando superior, quando a essência de sua ideologia e sua pregação coincidem em destruí-las e substituí-las?

Seus integrantes disseram:

Em Lenin, Obras Completas, Editorial Cartago: “... a demolição da máquina burocrática-militar do Estado é condição prévia a toda verdadeira revolução popular”.

Em Lenin, Obras Escolhidas, Tomo II, pág. 129: “Os grandes problemas da vida dos povos somente se resolvem pela força”; e na pág. 557: “Nossa palavra de ordem tem que ser armar o proletariado para derrotar, expropriar e desarmar a burguesia”.

Na Revista Internacional, fevereiro de 1971, pág. 26: “Conserva seu valor de atualidade a atividade de Lenin e do partido bolchevique, os quais realizaram um trabalho inflexível e sistemático no Exército, para ganhar as tropas, demolir o Exército burguês e criar posteriormente as Forças Armadas da revolução socialista”.

Em setembro de 1971, o alto dirigente comunista soviético Boris Ponomariov assinalava que “... o avanço do partido comunista no Chile estava vinculado à aplicação da doutrina marxista-leninista sobre o Estado, o que exige todo o poder, à destruição do Estado democrático e, particularmente, das Forças Armadas”.

Em “Chile: uma economia de transição?”, de Sergio Ramos, pág. 155, ano de 1972, este membro da Comissão Técnica do Partido Comunista expressa: “... a conquista do poder político passa necessariamente pela destruição do Exército Permanente e da Polícia”.

Antonio Gramsci, importante ideólogo marxista italiano, fundamenta que “a intelligentzia tem que se apoderar da educação, da cultura e dos meios de comunicação social, para desde aí apoderar-se do Poder Político e com ele dominar a sociedade civil”.

Em 1967, como derivação da organização revolucionária Tricontinental que, com o apoio da Rússia e da China realizou-se em Cuba, criou-se a OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade), que foi a encarregada de organizar, apoiar e coordenar os movimentos revolucionários marxistas de natureza armada no continente americano. Na ocasião, integravam nossa numerosa delegação subversiva dos próximos ministros do governo marxista-leninista: José Díaz Chaves, no Ministério do Interior e Reinaldo Gargano Ostuni, no Ministério de Relações Exteriores. A declaração final da OLAS contém 20 pontos, entre os quais destacam-se:

- Que constitui um direito e um dever dos povos da América Latina fazer a revolução.

- Que os princípios do marxismo-leninismo orientam o movimento revolucionário na América Latina.

- Que a luta revolucionária armada constitui a linha fundamental da revolução na América Latina e que todas as demais formas de luta devem servir e não atrasar o desenvolvimento da linha fundamental, que é a luta armada.

- Que para a maioria dos países do continente, o problema de organizar, iniciar, desenvolver e culminar na luta armada constitui a tarefa imediata e fundamental do movimento revolucionário.

Como conseqüência e derivação lógica dos antecedentes referidos, se instalou e desenvolveu em nosso país a revolução armada anteriormente assinalada, que foi militarmente vencida.

Neste mês de dezembro passado, dois meses antes que o conglomerado marxista-leninista ascendesse ao governo, houve ao menos duas declarações públicas significativas, referentes ao tema que tratamos. Foram ditas por José Mujica Cordano, integrante da Direção Central do movimento terrorista Tupamaro e futuro Ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, que recomendou a agremiação nos quartéis, com o qual o comando das Forças passaria, nas ações, ao PIT-CNT; e pela futura Ministra da Defesa Nacional, Drª Azucena Berruti, aludindo a necessidade de aumentar o soldo dos Soldados (não dos Oficiais), para o qual seria necessário diminuir os efetivos, o que constitui uma solução aritmética simplista, porém fiel à sua ideologia de discriminar hierarquias, distanciando os Soldados de seus Oficiais e captá-los em detrimento da disciplina.

Declarações posteriores de Berruti determinaram sua intenção de transformar as Forças Armadas, para o qual será necessário “modificar seu estatuto e as pessoas”. Quanto a transformar as pessoas, isto deve ser feito “através de mudanças em sua formação, o que implica modificar e revisar os planos de estudo dos Oficiais”. As modificações apontariam a integrá-los a uma organização “com maiores características civis na direção” e “que se formem com os conceitos democráticos que pretendemos sejam regidos em todo o país”. O futuro sub-secretário de Defesa Nacional, Bayardi, entende que a investigação dos desaparecidos deva ser feita de forma pública, indicando também os nomes e sobrenomes dos implicados.

O que podem esperar as Forças Armadas, senão sua gradual destruição material e ideológica e a criação simultânea da Força paralela que a substitua, que seria marxista-leninista e, como tal, o braço armado do partido governante, alterando sua missão essencial que é servir à Pátria?

Como alcançarão este objetivo, fundamental para seus fins?

- Pela via legal, baseados nas maiorias legislativas:

- Modificando as disciplinas e programas de estudo.

- Utilizando professores e conferencistas nacionais e estrangeiros de sua ideologia.

- Modificando para seus fins os temas de concursos para ascenções.

- “Ressuscitando” o movimento reservista, com o qual distintas agremiações concorrerão para instruir-se militarmente em Unidades militares.

- “Ressuscitando” o CGIOR (Centro Geral de Instrução para Oficiais da Reserva), com instrutores nacionais e estrangeiros.

- Tentando criar agremiações do pessoal de tropa, discriminando remunerações.

- Utilizando para seus fins e/ou destruindo os arquivos de inteligência.

- Diminuindo os efetivos e dispersando as Forças, para debilitá-las.

- “Decapitando” as Forças dos Chefes e Oficiais opositores gravitantes.

- Legislando em causa própria para neutralizar os opositores ou os que possam sê-lo, como os Centro Sociais de Oficiais e de pessoal subalterno.

- Recebndo um rico assessoramento e apoio de governos com ideologias afins, particularmente Cuba.

- No momento adequado, substituindo definiticamente a “Força Antiga” pela “Força Nova”.

- Utilizando os “Direitos Humanos”, aprofundando, por essa via, a perseguição vigente.

- Manobrando com retribuições e atribuições, para enfrentar a Polícia com as Forças Armadas.

- Através da deformação histórica que levem a cabo na educação, capitalizando para seus fins os heróis nacionais, em atos pseudo-políticos.

- Tentando dividir o Exército, separando os “militares maus do passado” dos “militares bons do presente”.

- Pela via legal, baseado no exitoso trabalho político de seus quadros.

- Infiltrando as Forças Armadas e Policiais, corroendo seu moral e disciplina.

- Preparando secretamente um aparato armado, com base no pessoal e experiência existente, como já o fizeram em condições menos favoráveis.

- Criando enfrentamentos e/ou distanciamento entre as Forças ou dentro delas, fomentando a delação e a indisciplina, captando-as progressivamente para si.

- Fomentando “destruição” em domicílios de opositores.

Conclusão:

O próximo governo marxista-leninista tem na essência de sua ideologia e compromisso político a destruição gradual das Forças Armadas e Policiais existentes e sua substituição pelas que criará, completando a “demolição” que iniciaram os governos anteriores.
Junto à ideologia e compromisso, o governo tem os meios de fazê-lo porque os partidos conhecidos como tradicionais, salvo excessões individuais, no espaço de duas décadas lhes deram todos os apoios imagináveis, o que possibilitou seu formidável triunfo eleitoral.

Nesta conjuntura histórica tão especial, em que o fracasso e o descrédito do poder político, outrora tradicional, põe em risco a identidade nacional e a de órgãos naturais que a sustentam, é necessário que as Forças Armadas e, em particular, o Exército, fixem limites às pressões e transformações previsíveis.

Esses limites devem pô-las a salvo do revanchismo, de transformações que desvirtuem sua missão e tradições, que vulnerabilizem a dignidade de seus componentes, ou que as humilhem ou menosprezem como instituição fundacional da Pátria.

General Iván Paulós
Montevidéu, 12 de janeiro de 2005.

Tradução: Graça Salgueiro

MG
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