Hoje, numa sociedade dita “civilizada” e moderna, seria como se os novos escravos (contribuintes), pagassem impostos de todos os naipes (IPTU, IPVA, Imposto de Renda, CPMF, etc.), sem receber contrapartida em serviços.
Que fazer se os hospitais públicos não funcionassem, se a maioria das estradas estivesse esburacada, intransitável e até um apagão aéreo impedisse aviões de decolar? Imagine-se o cidadão comprar passagem aérea e não embarcar. O ministro da Defesa dizer que quem comprou corre o risco de perder o dinheiro. Capitalismo?
Em lugar algum, sem respeito aos contratos, uma sociedade poderia funcionar. Não funcionaria um país onde um banco quebrasse e o cidadão perdesse todas as suas economias, sabendo-se que, se ao contrário (alguém devesse ao banco), seu nome seria vilipendiado e sujo como se o do próprio anticristo.
Pois bem, a grande massa de miseráveis vivia em função da direita, recebendo migalhas de suas mãos, inteiramente dependente e subjugada. As classes médias, cumprindo o papel de colocar tais miseráveis “nos eixos”, derramando um leque de preconceitos e os tratando com superioridade absoluta.
Aí, aparece no continente o líder populista, eleito com o apoio dessas classes médias balizadoras que enxergaram no fato a oportunidade de purgar parte dos pecados. Livrando-se de sentimento de culpa que as castiga desde tempos imemoriais, por conta de cruel massacre infligido aos miseráveis. Lembrando ainda o ranço religioso.
Só que o líder populista, considerado de esquerda, aprendeu toda a malandragem com a direita proprietária dos cargos do Estado, para se perpetuar num sistema que não mais representa a sociedade e, sim, os interesses de quem se aboleta nos cargos.
Nossos mandatários alcançaram a perfeição: eles se servem do Estado. O Estado é verdadeiro prêmio lotérico para servi-los. Proporcionando mordomia, riqueza e abrigo aos apaniguados, como nos regimes totalitários.
Recursos financeiros são distribuídos em pretensos programas sociais, criando vínculo direto de dependência entre os novos dirigentes e velhos miseráveis surrupiados do guarda-chuva da direita. Dessa forma, grupos sociais vão sendo divididos: seguindo concreta possibilidade de mergulharem num inevitável confronto.
Os acontecimentos na Venezuela podem ser pequena prévia do que deverá zoar por aqui. Existe ar de certo cansaço entre a população, no referente ao nível de corrupção generalizada. As instituições se encontram desacreditadas. E o país transformado também em bordel.
Hoje, qualquer impedimento de atitude esdrúxula, como no caso da foto do púbis do travesti Rogéria (em desarmonia com a instituição legislativa), e eis a divisão acentuada com oportunistas de plantão posicionando-se de forma interesseira, querendo preencher a lacuna deixada pelo PT - Partido dos Trabalhadores.
São tempos bicudos os que se aproximam de um continente cansado da escravização e das mesmices que tudo revezam, tornando a existência insuportável. É uma ausência de credibilidade que gera stress e desconforto na eterna suspeição.
A dita esquerda roubou os miseráveis da direita e conta agora com volumosa massa de manobra. É bom ficar de olho no que acontece na Venezuela.
Por Márcio Accioly - Jornalista.
Do Alerta Total
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