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Agradeço as oportunas e coerentes intervenções dos comentaristas criticando o proselitismo irresponsável do globoritarismo apoiado pela mídia amestrada banalizando as Instituições e o Poder do Estado para a pratica sistemática de crimes. Os brasileiros de bem que pensam com suas próprias cabeças ja constataram que vivemos uma crise moral sem paralelo na historia que esgarça as Instituições pois os governantes não se posicionam na defesa da Lei e das Instituições gerando uma temerária INSEGURANÇA JURÍDICA. É DEVER de todo brasileiro de bem não se calar e bradar Levanta Brasil! Cidadania-Soberania-Moralidade

11.29.2007

O Brasil roubado sem reação do seu povo

Não se sabe bem que nova indumentária o ministro Nelson Jobim (Defesa), irá utilizar desta vez. É possível que sua excelência se arme até com borduna, adornado com cocar e outros apetrechos indígenas. Mas, certamente, não deverá abrir mão de vistoso cachimbo da paz, no caso de bem sucedido. O que se tem como inegável é que a situação requer paciência e apurada reflexão.


As Forças Armadas se mostram muito preocupadas com a situação das reservas indígenas no estado de Roraima, com a iminência de retirada dos não-índios da Raposa/Serra do Sol. O secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, general de Exército José Benedito Barros Moreira, defende a integração entre índios e não-índios para evitar o que classifica como “retrocesso”.

Barros Moreira, que esteve recentemente na Região Amazônica, visitando pelotões de fronteira (e observando “iniciativas realizadas em convênio com o Programa Calha Norte”), disse acompanhar “com preocupação qualquer tipo de situação que possa trazer antagonismo social dentro do país”.

A Amazônia tem 11 mil km de fronteiras internacionais, “quase que totalmente ocupados por reservas indígenas”. O que mais chama a atenção nessas reservas é o fato de estarem situadas em locais que abrigam as maiores jazidas de minerais raros do planeta.

Na Raposa/Serra do Sol, por exemplo, situa-se a segunda maior reserva brasileira de nióbio. Em artigo no Alerta Total (15/10/07 – Perdemos Roraima?), a jornalista Rebecca Santoro informou ser o nióbio “um mineral praticamente imprescindível à indústria aeronáutica, à aeroespacial e à de tubos para a construção de gasodutos”.

E disse existir, dentro das reservas, “laboratórios experimentais, muito bem aparelhados, sem mencionar a ação de contrabandistas e de traficantes de drogas e de armas”. O artigo merece ser relido (http://alertatotal.blogspot.com/2007/10/perdemos-roraima.html).

No Congresso Nacional, o deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR), repercutiu o posicionamento do general Barros Moreira, apontando o perigo de fragmentação do território brasileiro, “se não houver revisão dessa política suicida e entreguista por parte de vários governos”.

Junqueira condena com veemência a retirada que se pretende promover dos arrozeiros da região, “especialmente agora que Roraima se tornou pólo de exportação e o produto espécie de arrimo de nossa atividade econômica”.

O deputado, que vem sendo continuamente ameaçado de morte por conta da defesa da integridade territorial do país, comunga com o posicionamento do general Barros Moreira que acha ser necessária a preservação da cultura indígena, mas integrando o índio aos valores culturais nacionais.

O Exército Brasileiro não está disposto a participar da retirada dos produtores de arroz da Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol. “Este é um problema muito sério”, segundo o comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira. A reserva foi criada na gestão FHC, em portaria assinada pelo então ministro da Justiça, Renan Calheiros (PMDB-AL).

FHC, que não tem perdido a oportunidade de fustigar seu sucessor, Dom Luiz Inácio (PT-SP), trabalhou com esmero pela alienação de importantes nacos do Brasil. Ele também quis entregar a Base de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão, mas não conseguiu concretizar em função da grande reação que levantou.

O ex-presidente, que gosta de se gabar de falar milhares de línguas e ser recebido por reis e rainhas, não gosta, no entanto de assumir questões polêmicas: além de não se referir ao assunto da reserva e da Base de Lançamentos, ele também não assumiu um filho que teve com a jornalista Miriam Dutra (Rede Globo), a quem mandou para verdadeiro exílio na Espanha, em 1993.

Coitado de quem imaginou que Dom Luiz Inácio fosse dar um basta à questão de segregação dos índios. Ele cuidou de dar seqüência ao mesmo tipo de ação política de seu antecessor.

Certa feita, ao governador de Roraima, Ottomar de Sousa Pinto (PSDB), o atual presidente declarou estar de “saco cheio com pressões internacionais recebidas”. E homologou a reserva.

por Márcio Accioly é Jornalista.

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