A superjazida de petróleo é bem-vinda, claro, nem se discute. Mas é possível que só se consiga enxergar uma gota de todo o óleo, ora anunciado, lá por volta de 2017 e bote força. O que surpreende é o fato de que já se sabia de sua existência há pelo menos dois anos. Então, por que a ênfase atrasada?
Tanto se falou em auto-suficiência, redenção e outros sinônimos nos últimos dias, que muitos imaginaram acordar no final de semana com as bombas dos postos de distribuição anunciando redução de preços na gasolina e no álcool. Que nada! Olhe lá se não vier aumento.
A riqueza produzida por um país não pertence necessariamente à sua população. Os colonizadores estão sempre buscando forma de lançar mão, carregando tudo aquilo que estiver ao alcance da noite para o dia.
Os estrategistas dos países do chamado primeiro mundo pensam tudo com muita antecedência. Para isso, investem na educação e importam cérebros dos mais diversos continentes. Sua vanguarda intelectual política, a intelligentsia, suborna, ameaça e faz pressão, levando de roldão o que lhe interessa.
Para isso, existem os “empréstimos”, através do FMI e Banco Mundial, com imposições de procedimentos e taxas de juros impossíveis de saldar. O país é escravizado e sua população jamais se liberta. Os políticos passam a ser, em sua maioria, marionetes corrompidas, dispostas a qualquer ação moralmente desqualificada.
Daí, a percepção de como é interessante tal jogada engendrada no laboratório presidencial (a da barulheira sobre a superjazida). Tanto que quem a anunciou foi a ministra Dilma Roussef (Casa Civil). Ela é uma das candidatas à sucessão de Dom Luiz Inácio (PT-SP).
De repente, numa jogada assim, a ministra consegue deslanchar. É bom não esquecer que FHC (PSDB), antes de chegar à Presidência da República, foi derrotado pelo ex-presidente Jânio Quadros na disputa municipal de São Paulo, em 85.
Vaidoso como um pavão, FHC, o rei da sociologia, às vésperas da eleição municipal concedeu entrevista sentado na cadeira de prefeito e terminou sendo engolido pelo populista. Mas, nove anos mais tarde, navegando nas águas do Plano Real (durante a gestão Itamar Franco), conseguiu alcançar a Presidência da República.
De maneira que não custa nada ensaiar umas coisas e ver como se consegue viabilizar qualquer um desses novos cristãos que por aí vagueiam. Como, por exemplo, o ex-ministro da Fazenda e agora deputado federal Antônio Palocci (PT-SP). Dom Luiz Inácio já pensa em reconduzi-lo ao mesmo Ministério e tem trabalhado nesse sentido.
Como o Brasil é país de memória fraca, e a vergonha não é exatamente uma de suas características mais destacadas, o presidente tem sondado banqueiros e industriais brasileiros nessa busca de soerguimento do frio e impassível deputado.
A reportagem, assinada por Ugo Braga, saiu no Correio Braziliense de sexta-feira (09), deixando bem claro que a ética e os chamados valores morais repousam no esgoto e/ou na lata de lixo do Palácio do Planalto.
Nada como fazer zoada e tentar levantar o ânimo de um povo espezinhado e desmoralizado pelas autoridades. Quem sabe (?), ele se ilude e elege qualquer figura, mesmo que podre, para continuar o serviço da administração petista.
Por Márcio Accioly - Jornalista.
Postado por MiguelGCF > IMPUNIDADE > VERGONHA NACIONAL
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